RECORDE UMA PARTIDA ENTRE FERROVIÁRIO E ABC NO PASSADO

Ferrão e ABC de Natal voltam a se enfrentar em 2024. O primeiro confronto entre ambos data de 1955. Em 2019, teve até quebra de tabu! Por sua vez, o último aconteceu em 2023, pela Copa do Nordeste. Porém, na temporada de 1984, em Fortaleza, as duas equipes fizeram um jogo no Castelão em que o Tubarão da Barra não conseguiu ser competitivo e perdeu por 3×0 dentro de seus próprios domínios. A partida foi válida pela Série A do Campeonato Brasileiro e contou com a presença de 4.371 pagantes. Treinado por Antonino, o Ferrão perdeu com Dário, Tuca, Israel, Nilo e Birungueta; Doca, Barga (Edson) e Paulinho Lamparina; Sussu, Escurinho (Dario) e Jorge Veras. O ABC do técnico Erandy Montenegro venceu bem com Rafael, Vassil, Joel Celestino, Sérgio e Dudé; Baltazar, Dedé de Dora e Marinho; Curió (Noé), Silva e Severinho. Os gols foram de Marinho, Vassil e Silva. O árbitro do jogo foi Lineu Lisboa. O adversário coral tinha um ótimo time. Vassil e Silva chegaram a vestir a camisa da Seleção Brasileira Olímpica. O primeiro, inclusive, foi contratado pelo próprio Ferroviário na temporada seguinte. O autor do primeiro gol, Marinho Apolônio, brilhou depois no Bahia e chegou a ser especulado para a Copa do Mundo de 1986. Na temporada anterior, o ataque do ABC chegou a marcar 100 gols na temporada. O vídeo acima foi extraído dos “Gols do Fantástico” na voz de Fernando Vannucci.

DERROTA EM SÃO BERNARDO FOI A SEGUNDA PIOR EM BRASILEIROS

Torcedores corais assistiram incrédulos à segunda pior derrota do Ferroviário em edições do Brasileiro

A maior vergonha do Ferroviário em edições do Campeonato Brasileiro ocorreu no dia 16/04/1980. O time coral foi ao Estádio Couto Pereira e perdeu por 7×1 para o Coritiba/PR. O gol de honra naquele vexame coube ao lateral esquerdo Ricardo Fogueira. O Ferrão não vivia bom momento na 2ª fase daquela competição, havia demitido o treinador Aristóbulo Mesquita na rodada anterior, e passou vergonha em Curitiba. Quatro anos depois, em 23/02/1984, outro vexame aconteceu, só que no Castelão, diante do excelente time do Santos/SP, vice-campeão brasileiro do ano anterior. O placar apontou 5×0 para o elenco santista, que tinha nomes como o goleiro uruguaio Rodolfo Rodrigues, o volante Lino e o craque Pita. Os dois jogos destacados foram pela Série A nacional. Quarenta anos depois, tivemos outro vexame de perder por 5×0, só que pela Série C, o que só agrava historicamente o peso da derrota para o São Bernardo/SP na terceira rodada da edição desse ano, e credencia essa debacle como o segundo pior resultado em jogos válidos pelo Brasileiro. Vida que segue.

O PENOSO CAMINHO PARA ENTRAR NO CAMPEONATO BRASILEIRO

Campanha para ter o Ferrão no Brasileirão mereceu até placa da FCF fixada no Presidente Vargas

Vai começar um novo Campeonato Brasileiro para o Ferrão! Ao contrário de hoje em dia quando os Estaduais regulam a entrada de clubes a partir da quarta divisão nacional, houve um tempo em que os bastidores políticos escolhiam as indicações para a competição. Foi assim que o Ceará foi apontado para a primeira edição do certame brasileiro em 1971. O alvinegro foi para a gloriosa Série A da disputa. Para a Série B, uma espécie de consolo para as equipes que ficaram de fora da elite nacional, no caso do Estado do Ceará, houve um democrático torneio seletivo que reuniu Fortaleza, Calouros do Ar, Guarany de Sobral e Ferroviário. Os dois últimos ficaram com as duas vagas existentes. Coube ao Ferrão enfiar 3×0 no Fortaleza em jogo extra que foi exclusivamente realizado para definição da segunda vaga. Apesar da honra de ter participado da primeira edição do Campeonato Brasileiro, mesmo que numa segunda divisão, o Ferrão teve que esperar 8 longos anos até sua segunda participação, ocorrida somente em 1979, quando o número de clubes participantes foi exageradamente aumentado para 94 times de futebol em todo país. O retorno coral à competição, dessa vez na divisão de elite de 1979, mereceu até uma placa que está até hoje fixada no Estádio Presidente Vargas. Se esta mesma divisão de elite, em 1971, reunia somente 20 clubes, um ano depois já eram 26 com a inclusão de equipes de Sergipe, Alagoas, Amazonas, Pará e Rio Grande do Norte. Em 1973, com o aumento expressivo para 40 clubes, o Fortaleza foi politicamente indicado como o segundo representante cearense, apesar da veemente contestação do Ferroviário e dos outros times alencarinos, que ansiavam por um novo torneio seletivo, nos moldes do realizado em 1971 em âmbito local, opção inclusive seguida por outras Federações.

Até o Papa João Paulo II tomou conhecimento das demandas do glorioso Ferroviário Atlético Clube

Vivia-se a era da nefasta Ditadura Militar, que em frangalhos, iniciava um processo de derrocada em termos de apelo polular e, ano a ano, ampliava bionicamente o número de times no Campeonato Brasileiro para tentar preservar alguma popularidade. Foram 8 anos em que o Ferroviário vivenciou as sequelas da penúria, enquanto Ceará e Fortaleza se esbaldavam com rendas extravagantes em grandes jogos contra times importantes do Brasil, se apresentando para muitos em um recém-inaugurado Castelão invariavelmente lotado. Durante aqueles anos de chumbo para o Tubarão da Barra, importantes nomes corais chegaram a empreender esforços junto a Governadores, Senadores e Deputados de plantão para forçar a inclusão do Ferrão no Nacional. Frustrado com a série de tentativas infrutíferas, o saudoso Zé Limeira perambulava pelas rádios brigando pelo direito coral de participação. Na mesma época, chegou a escrever e enviar uma carta para o Vaticano, pedindo uma audiência com o Papa João Paulo II, que foi educadamente negada pela assessoria papal. Foram tempos dolorosos que nos ensinaram uma poderosa mensagem: sempre que o Ferrão iniciar uma nova campanha no prestigioso Campeonato Brasileiro de Futebol, é recomendável nunca esquecer os dias e caminhos penosos percorridos durante 8 anos da década de 1970. Dizem que era bom, mas foi bom pra quem? É bom sempre apenas para os amigos do poder, para aqueles que se deleitam com os prazeres do que é roubado do direito alheio e quando a noção de grandeza nunca é o que se verdadeiramente é, e sim o que se tem ou o que se pode oferecer em troca. Foi um tempo de muita vergonha, que somente os idiotas ousam exaltar. E vamos de mais uma Série C em 2024, entre os 60 principais times do Brasil, sem esquecer de prestar atenção no retrovisor do passado.

FERRÃO GANHA NOVA MÚSICA EM SEU REPERTÓRIO DE COMPOSIÇÕES

No ano em que conquistou de forma invicta o seu segundo título em nível nacional, o Ferroviário Atlético Clube ganhou mais uma música em seu repertório de composições históricas. O torcedor e compositor Virgílio César, criador de várias canções que cantam e encantam o universo coral, lançou uma nova composição que abrilhantará eternamente o cancioneiro do Tubarão da Barra. O nome da música recentemente lançada é “Ferroviário Bicampeão Brasileiro” e faz alusão aos dois títulos nacionais do clube, citando inclusive o nome dos técnicos e artilheiros protagonistas nas duas campanhas: Marcelo Vilar, Edson Cariús, Paulinho Kobayashi e Ciel. Acima, você pode curtir o vídeo da nova música de Virgílio César, que tem inúmeras contribuições musicais em seu currículo, entre elas o lançamento, no ano de 2012, do CD “Barra Coral: Documentário Musical” trazendo 16 músicas que cantam em prova e verso os fatos, conquistas e personagens da história coral.

A CAMISA DE TRÊS LISTRAS UTILIZADA NO BRASILEIRO DE 1982

Ferroviário em 17 de Janeiro de 1982 – Em pé: Giordano, Paulo Maurício, Darci Munique, Zé Carlos, Augusto e Roner; Agachados: Paulo César Cascavel, Ednardo, Roberto Cearense, Meinha e Babá

O registro fotográfico acima mostra o Ferroviário com sua famosa camisa de três listras, utilizada com frequência a partir de 1979 e durante boa parte do período em que o clube disputou a chamada “Taça de Ouro”, que seria o equivalente hoje à Série A do Campeonato Brasileiro. A foto foi tirada no Castelão momentos antes da estreia coral no certame nacional, contra o Náutico/PE. Repare na zaga formada pelo experiente zagueiro gaúcho Darci Munique e o jovem Zé Carlos, egresso da base coral. O Tubarão da Barra tinha ainda o excelente volante Augusto e o meio campista Meinha. O jovem Roberto era o grande nome da equipe coral e pouco tempo depois foi negociado com o Sport/PE, passando a ser chamado de Roberto Cearense em Recife para diferenciá-lo de outro centroavante que também se chamava Roberto, que acabara de se transferir para o Internacional/RS e que chegou a ser convocado, por Telê Santana, para a Seleção Brasileira. Diferente do padrão da camisa de três listras utilizada em 1979, que trazia duas listras vermelhas e uma preta, a utilizada no Campeonato Brasileiro de 1982 trazia duas listras pretas e uma vermelha.

RECORDE UM JOGO CONTRA O CRUZEIRO/MG NO ANTIGO CASTELÃO

Como mostramos em publicação anterior, o Cruzeiro/MG é um dos times mais famosos do futebol brasileiro que enfrentaram o Ferroviário, no Castelão, mais de uma vez. O vídeo acima é um resgate de uma partida entre ambos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 1981, quando a equipe mineira bateu o Tubarão da Barra por 2×1. Foi a partir desse jogo, que os dirigentes mineiros começaram a monitorar o craque Jacinto, negociado com o Cruzeiro cerca de um ano depois. Antes desse embate, os dois times já haviam jogado dentro do Estado do Ceará na inaguração do Romeirão, em 1970, e no PV, em 1978. Naquele 21 de março de 1981, o volante Baltazar abriu o placar no Castelão, enquanto Edmar e Mauro decretaram a virada da Raposa. Treinado por Lucídio Pontes, o Ferrão formou com Salvino, Jorge Luís (Jeová), Nilo, Zé Carlos e Jorge Henrique; Baltazar, Doca, Ednardo e Jacinto; Jangada e Haroldo. O técnico Procópio Cardoso formou o Cruzeiro de Belo Horizonte com Luiz Antônio, Nelinho, Zezinho Figueroa, Calu e Luís Cosme; Serginho, Mauro e Alexandre (Roberto César); Eduardo (Carlinhos), Edmar e Jesum. O árbitro foi o paulista Nilson Cardozo Bilha, já falecido. O gol do Tubarão da Barra foi marcado pelo experiente volante Baltazar, que chegou a ser treinador do próprio Ferroviário na temporada de 2003.

NOVIDADES NA 2ª EDIÇÃO DO ALMANAQUE DO FERRÃO: PARTE 2/5

Nova metodologia exclui o maior e o menor público da temporada para cálculo das médias de público

Além da atualização natural dos jogos entre 2013 e 2023, o que tem de novo na nova edição do Almanaque do Ferrão em relação à impressão de dez anos atrás? Eis a segunda matéria sobre as novidades da nova publicação! Uma delas diz respeito às médias de público por temporada. Desde 1967, os jornais passaram a publicar com regularidade o número de expectadores nas partidas. Na nova edição, as análises de público começam em 1967 e seguem até 2023, perfazendo mais de meio século de dados. Diferente da 1ª edição, que levou em conta as médias aritméticas de todos os públicos para definição da média anual simples por temporada, a 2ª edição do livro adota uma nova metodologia de tratamento de dados e exclui, a cada ano, o maior e o menor público, definindo a partir daí, além da tradicional média anual geral, a média segmentada dos públicos divididas em três diferentes tipos de competição, a saber: competições estaduais (Campeonato Cearense e Copas Estaduais), competições regionais (Nordestão e Copa do Nordeste) e competições nacionais (Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil). De forma semelhante à 1ª edição, a análise continua levando em conta somente os jogos em que o Ferroviário é mandante e exclui partidas contra Ceará e Fortaleza, visto que essas equipes também levam seus públicos aos estádios e o objetivo do estudo é apontar e explorar as médias a partir da presença de torcedores genuinamente corais. Na nova edição do Almanaque do Ferrão, que está disponível na seção ´comprar` desde blog, as médias estão compiladas e muitas inferências podem ser feitas a partir dos dados, entre elas, a evidência de que o público coral prefere comparecer em jogos de competições nacionais em detrimento aos estaduais. São números que podem servir para decisões estratégicas de gestão.

DIVULGADA CAPA OFICIAL DA NOVA EDIÇÃO DO ALMANAQUE DO FERRÃO

Capa da nova edição do Almanaque do Ferrão foi divulgada para os apoiadores da publicação

Na semana passada, os apoiadores da campanha de Financiamento Coletivo para a publicação da 2ª edição do Almanaque do Ferrão tiveram o privilégio de conhecer, por e-mail e em primeira mão, a capa da obra. A edição já está em fase de impressão na gráfica e reunirá as fichas técnicas de 3.935 partidas oficiais e amistosas do Ferroviário em seus 90 anos de existência. Na segunda quinzena de outubro, os compradores passarão a receber seus exemplares. Ao todo, 2.456 jogadores aparecem na publicação, de A a Z, com suas respectivas estatísticas (número de jogos, gols e títulos) no time profissional do Ferrão, além de nome completo, estado de origem, data de nascimento, clubes anteriores e data de estreia na equipe principal. A obra histórica reúne ainda, de forma inédita, um balanço geral sobre as médias de público nos jogos do Ferrão desde 1967, onde além da média anual geral, a análise contemplou ainda as médias separadas por competições estaduais, regionais e nacionas. As páginas do livro trazem ainda um balanço das relações de parentesco familiar envolvendo os pais, filhos e irmãos que defenderam o clube desde 1933, todos os presidentes, os 100 maiores recordistas em número de jogos, os 100 maiores recordistas em número de gols, as maiores sequências de invencilidade em número de jogos na história, as maiores goleadas, recordes, os gols simbólicos como o gol nº 1, 1000, 2000, 3000 até o 7000, entre outras atrações e curiosidades como um balanço geral envolvendo todos os jogadores em campanhas vitoriosas do Ferroviário Atlético Clube desde edições do Torneio Início nos anos 1940 até o recente título de Campeão Brasileiro Invicto em 2023. Se você ainda não garantiu o seu exemplar, a seção “Comprar” do blog pode resolver o seu problema. Aproveite!

BICAMPEÃO BRASILEIRO INVICTO NA MAIOR SEQUÊNCIA DA HISTÓRIA

Timaço do Ferrão no Brasileiro de 2023 é campeão invicto numa sequência de 24 partidas

Foi lindo! Foi histórico! Se o título brasileiro em 2018 já havia sido mais que emblemático, o bicampeonato nacional em 2023, conquistado ontem na vitória de 2×1 em cima da Ferroviária/SP, é digno da página mais linda da história do Ferroviário Atlético Clube e representa simplesmente a maior conquista coral em todos os tempos, justamente no ano de seu aniversário de 90 anos. Foram 24 jogos na campanha e o Tubarão da Barra sequer enfrentou o gosto amargo da derrota. Tivemos 15 vitórias e 9 empates, com 43 gols marcados e apenas 12 sofridos. Os números do brilhantismo coral vão além. Primeiro que o Ferroviário termina o Campeonato Brasileiro, entre todas as divisões, como o único clube invicto, e segundo que se levarmos em conta todos os campeões brasileiros invictos em todos os tempos, o Ferrão é o que detém simplesmente a maior sequência de partidas invictas, ultrapassando a marca do Internacional/RS, na Série A de 1979, de 22 jogos. Os 24 jogos corais são também muito superiores às marcas de todos os outros poucos campeões nacionais invictos como o Vila Nova/GO, campeão da Série C de 1996, com 14 jogos; o Sampaio Corrêa, na Série C de 1997, com 18 jogos; o próprio Sampaio Corrêa na Série D de 2012 com 16 jogos; e o Volta Redonda/RJ, na Série D de 2016, com 16 jogos. Desde ontem, você pode dizer: o Ferrão é bicampeão brasileiro! Desde ontem, o Ferrão é simplesmente o maior de todos entre todas as campanhas dos campeões nacionais invictos! O ranking abaixo é mais que histórico. Ele é simplesmente lendário:

1) Ferroviário – Campeão Invicto – Série D 2023 – 24J – 15V – 9E – 43GP – 12GC
2) Internacional – Campeão Invicto – Série A 1979 – 22J – 15V, 7E, 40GP – 13GC
3) Sampaio Corrêa – Campeão Invicto – Série C 1997 – 18J – 12V – 6E – 33GP -11GC
4) Sampaio Corrêa – Campeão Invicto – Série D 2012 – 16J – 11V – 5E – 37GP – 8GC
5) Volta Redonda – Campeão Invicto – Série D 2016 – 16J – 10V – 6E – 29GP – 8GC
6) Vila Nova – Campeão Invicto – Série C 1996 – 14J – 11V – 3E – 29GP – 8GC

FERROVIÁRIO E FERROVIÁRIA FAZEM A “FINAL DOS TRILHOS” NA SÉRIE D

Livro lançado em 2002 relata a história do surgimento de todos os clubes ferroviários no Brasil

Não dá pra chamar de “Clássico dos Trilhos” porque o termo ´clássico` é o jogo que é posto à prova do tempo, de forma repetida, ao longo das décadas. O fato é que os finalistas da Série D desse ano nunca se enfrentaram em suas longas existências, então “Final dos Trilhos” vem bem a calhar como algo que é pontual na história. Outros fatores interessantes cercam a decisão entre Ferroviário e Ferroviária/SP: é a primeira vez que o time coral atua na cidade de Araraquara e também é a primeira vez que a finalíssima de um campeonato brasileiro é realizada na capital cearense. Os dois times têm história e tradição para dar e vender. É só folhear as páginas do famoso “Quando o Futebol Andava de Trem“, de Ernani Buchmann, para comprovar toda a memória e grandeza do surgimento de times de origem ferroviária a partir do processo de crescimento econômico buscado no Brasil com a expansão das estradas de ferro, no início do século passado. O livro faz uma viagem do Oiapoque ao Chuí e, quando passa pelos casos nordestinos, qualifica o Tubarão da Barra da seguinte forma: “Este Ferrim não só é um dos maiores vencedores entre todos como é o que demonstra hoje maior vitalidade“, fazendo ainda um destaque a nomes como o ídolo Pacoti e Lima, volante do time campeão estadual de 1994, que tem uma foto sua estampada na página 181 com a camisa da Roma da Itália. Foram mais de 100 times ferroviários analisados no estudo de Buchmann. Ele diz que nenhum outro segmento da sociedade brasileira criou tantos clubes, em tantos lugares. Nem o comércio, a indústria, ninguém! Mais que os ferroviários, não houve. Hoje, menos de 20 times sobreviveram para continuar disputando os campeonatos pelo país, e o Ferrim – ou Ferrão, como queiram, e a Ferrinha estão na final de um Campeonato Brasileiro. E isso não é algo banal. É histórico e gigantesco!