O FERROVIÁRIO DE 1972 QUE FOI TREINADO POR CÉSAR MORAES

Ferroviário Atlético Clube no Campeonato Cearense de 1972 – Em pé: Pedrinho, Almir, Gomes, Daniel, Coca Cola e Bauer. Agachados: Birungueta, Luizinho, Simplício, Jorge Mendes e Oliveira

Registro fotográfico do Ferroviário no Campeonato Cearense de 1972, antes de uma partida contra o Maguari no PV. O time coral bateu a equipe cintanegrina pelo placar de 1×0, gol de Simplício. O goleiro Pedrinho, ex-Santa Cruz/PE, foi um dos destaques da partida com boas defesas. A imagem acima é um dos poucos registros com o atacante Jorge Mendes, que fez apenas 11 partidas com a camisa coral e que havia sido contratado junto ao Campo Grande/RJ. Ele chegou a marcar 5 gols pelo Ferrão. O lateral esquerdo Bauer havia jogado no Fluminense/RJ e no Bangu/RJ. Depois, ele foi campeão cearense pelo Fortaleza. O zagueiro Almir também veio do futebol carioca, mais precisamente do Madureira/RJ. O lateral direito Daniel era ex-Ceará e o atacante Birungueta veio do Fortaleza. Esse time foi treinado por César Moraes, que teve naquele ano a sua primeira passagem como treinador do Ferroviário. O inesquecível ´Guri` conquistou os Estaduais de 1979 e 1994 com o Tubarão da Barra. 

FALECEU ONTEM EM CAMPINA GRANDE O EX-JOGADOR IVAN LOPES

Foto recente do acervo pessoal de Ivan Lopes

Ivan Lopes foi uma das principais contratações do Ferroviário para o campeonato cearense de 1977. Ele faleceu ontem em Campina Grande e aumentou a lista de brasileiros vítimas da pandemia de Covid-19. Ivan lutava pela vida há cerca de um mês, mas não resistiu às complicações da doença. Em setembro do ano passado, o ex-lateral direito coral havia perdido uma filha, vítima da mesma doença. Como jogador, Ivan Lopes brilhou no Campinense/PB, conquistando o tricampeonato paraibano entre 1971 e 1973. Jogou também no Tiradentes/PI e chegou ao Ferroviário Atlético Clube em 1977 para jogar ao lado de nomes como Oliveira Piauí, Babá, Lúcio Sabiá, Arimatéia, Joel Maneca e Danilo Baratinha. Ivan Lopes tinha 69 anos de idade. 

Registro de uma das formações em 1977: Ivan Lopes é o segundo em pé da direita pra esquerda

FERRÃO CONQUISTA A TAÇA FARES LOPES DE FORMA INVICTA

Registro de Lenílson Santos com os atletas corais, legítimos campeões da Taça Fares Lopes 2020

Vinte e cinco anos depois de protagonizarem a final do Campeonato Cearense de 1995, Ferroviário e Icasa voltaram a fazer um jogo decisivo numa competição estadual. Ontem, as duas equipes fizeram a final da Taça Fares Lopes 2020. O Tubarão da Barra levou a melhor e venceu por 1×0, gol de Berguinho. Este foi o segundo título do Ferrão na Fares Lopes, dessa vez conquistado de forma invicta. Em 2018, o time coral venceu o Caucaia no jogo final. Esta foi a quarta taça conquistada pelo time profissional do Ferroviário Atlético Clube desde a quebra de um longo jejum de títulos, que começou com a brilhante conquista, em 2018, da Série D do campeonato brasileiro. Curiosamente, cada uma das quatro conquistas se deu em quatro estádios diferentes. Ontem, o Ferrão utilizou o padrão de camisas lançado no ano passado em homenagem ao famoso uniforme utilizado na década de 1960. Uma outra curiosidade cercou o confronto contra o Icasa. Em 1995, o árbitro da final, no PV, foi Luís Vieira Vila Nova. Ontem, no Domingão, a partida foi arbitrada por César Magalhães. Ex-jogador do próprio Ferroviário no início dos anos 1970, Vila Nova é padrasto de César Magalhães. Treinado por Francisco Diá, o Ferrão campeão formou ontem com Jonathan, Roni, Vitão, Richardson (Yuri) e Emerson; Wesley Dias, Diego Viana, André Mensalão (Caxito) e Berguinho (Madson); Cesinha (Luiz Henrique) e Adilson Bahia (Sousa Tibiri). Já o Icasa jogou com Mauro, Wesley (Zoppi), Regineldo, Max Oliveira (Assisinho) e Mattheus Silva (Talisson); Carlão (Alemão), Lincoln, Esquerdinha e Thiaguinho; Nael e Junior Juazeiro (Romário). Agora, o belíssimo memorial de conquistas do Ferroviário na Barra do Ceará ganhou mais um belo troféu!

ADEUS AO RECORDISTA QUE MAIS VEZES ENTROU NOS GRAMADOS

Manoelzinho: grande recordista

Manoelzinho se foi. O jogador que mais vezes entrou em campo com a camisa do Ferroviário Atlético Clube faleceu ontem, em Fortaleza, aos 92 anos de idade. O piauiense Manoel David Machado teve uma vida longeva e foi homenageado algumas vezes, tanto em sua carreira profissional exercida na ´Estrada de Ferro`, como também como jogador de defesa histórico do Tubarão da Barra, entre os anos de 1946 e 1962. Foram 407 jogos com a camisa coral, 10 gols marcados e, nada mais nada menos, que 12 títulos conquistados pelo Ferrão, a saber: campeão do Torneio Início de 1949, campeão da Taça Heitor Ribeiro em 1949, campeão cearense de 1950, campeão do Quadrangular Interestadual em 1951, campeão do Quadrangular Estadual em 1952, campeão do Torneio Municipal em 1952, campeão da Taça Castelo Branco em 1952, campeão cearense de 1952, campeão do Pentagonal de Fortaleza em 1955, campeão do Pentagonal Estadual de 1955, campeão da Copa Fortaleza-Maranguape em 1958 e campeão do Torneio Moisés Pimentel em 1960. Em 2019, Manoelzinho foi homenageado na coleção de copos ´Legendários` e compareceu a um jogo do Ferroviário contra o Imperatriz/MA, no PV, palco de suas atuações no passado. Recentemente, o livro ´Crônicas Corais` foi lançado, trazendo uma crônica intitulada “Ao mestre, com carinho“, escrita em homenagem ao recordista coral. Abaixo, um registro histórico: uma compilação do documentarista Aderbal Nogueira, gravado na primeira década dos anos 2000, quando o ex-jogador recordou momentos de sua vida. Descanse em paz, Manoelzinho.

REPÓRTER TROCANDO IDEIAS COM O BICAMPEÃO CEARENSE NASA

O vídeo acima é de uma grande importância histórica. Diretamente de Juazeiro do Norte, o repórter Tony Sousa entrevista, em seu canal no YouTube, o ex-jogador coral Nasa. Vale a pena conferir as recordações do bicampeão cearense pelo Ferrão na década de 1990. Durante pouco mais de meia hora, o ex-jogador relembra a origem de seu apelido e histórias de quando chegou a ser goleiro no início de sua carreira em Pernambuco, além da chegada ao futebol cearense e sua transferência para o Ferroviário. Nasa fala ainda de sua trajetória no Vasco/RJ e no futebol japonês. Na Barra do Ceará, Nasa chegou como volante, mas fixou-se na lateral direita na temporada de 1994. No bicampeonato no ano seguinte, alternou partidas como volante e lateral. Em 2013, na eleição do Time dos Sonhos do Ferroviário, a torcida coral o apontou como o melhor lateral direito entre todos os que vestiram a camisa do Tubarão da Barra. Em três temporadas, Gesiel José de Lima entrou em campo 76 vezes e marcou 7 gols com a camisa coral. Não deixe de conferir esse belo registro histórico.

LULA PEREIRA: UM DOS NOMES MAIS IMPORTANTES DA NOSSA HISTÓRIA

Click do fotógrafo Thiago Gadelha na passagem de Lula Pereira pelo Ferroviário em 2016

Lula Pereira faleceu hoje aos 64 anos de idade. Após sofrer um AVC em agosto de 2019, o ex-técnico coral passou os últimos 18 meses de sua vida longe do futebol. Seu último trabalho no mundo da bola foi justamente no Ferroviário, como coordenador técnico, exercendo um papel preponderante para o soerguimento do clube, que encontrava-se alojado na segunda divisão do futebol cearense, na temporada de 2016. Foi a partir do trabalho da dupla Lula Pereira e Fernando Filho, treinador coral indicado pelo próprio Lula, que o Ferrão conseguiu a pontuação necessária para voltar novamente à elite cearense, mesmo encarando grave penúria estrutural. A primeira passagem de Lula Pereira pela Barra do Ceará também havia sido durante um momento de grande dificuldade. Foi em 1993, assumindo o comando técnico coral logo após uma derrota do Tubarão da Barra por 9×1 para o Ceará. Convidado pelo então presidente Clóvis Dias, Lulão abandonou a estabilidade de treinador das categorias de base do Ceará para assumir o desafio de resgatar a confiança do Ferroviário no campeonato. Em dois meses de trabalho, levou o Ferrão à final de um turno contra o próprio Ceará e formatou a base do elenco que ganharia dois estaduais seguidos em 1994 e 1995, uma das fases mais esplendorosas da nossa história. A partir daí, trilhou caminhos vitoriosos no futebol conquistando títulos pelo Brasil afora, chegando a treinar até o Flamengo/RJ. Lula Pereira esteve no Ferroviário em dois momentos muito difíceis da trajetória coral. Conseguiu êxito em ambos, tirando o clube do buraco e elevando-o a patamar comprovadamente superior, fato este, sem dúvida, que o qualifica como um dos nomes mais importantes da história do Ferrão. Descanse em paz, professor Lula Pereira. E obrigado por tudo.

ESTREIA CORAL NO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1991 CONTRA O ABC

Há trinta anos, o Ferroviário Atlético Clube fazia sua estreia, fora de casa, na Série B do Campeonato Brasileiro. O adversário foi o ABC/RN, em jogo realizado no Estádio Machadão, em Natal. Acima, confira os gols daquela partida realizada no dia 27 de janeiro de 1991. O artilheiro Jorge Veras marcou para o Ferrão, enquanto que Silvinho empatou para o alvinegro potiguar. Treinado por Humberto Maia, o Tubarão da Barra formou naquele jogo com o futebol de Osvaldo, Ednardo, Valdecy, Aldo e Nílton; Júnior Piripiri, Basílio, Marcelo e Ademir Patrício; Magno e Jorge Veras. O ABC, do técnico Givanildo Oliveira, jogou com Washington, Kléber, Edson, Tote e Lotti; Lito, João Carlos e Silvinho; Zinho, Valdo (Odilon) e Rildon. O árbitro dessa partida foi Elias C. da Silva e 2.540 pessoas pagaram ingresso no Machadão. Apesar da boa performance na estreia, o Ferroviário não passou da primeira fase da competição, que tinha na chave coral, além do ABC de Natal, confrontos contra Ceará, Fortaleza, América/RN, Moto Clube/MA, Auto Esporte/PI e Parnaíba/PI, em jogos de ida e volta.