DR. KITT PARA SEMPRE NA MEMÓRIA DO FERROVIÁRIO ATLÉTICO CLUBE

Dr. Kitt, aos 72 anos de idade, em entrevista para a revista oficial Expresso Coral no ano de 2008

Infelizmente, o fim de semana trouxe uma notícia nada boa. O querido Cristiano Válter de Moraes Rôla, ou carinhosamente ´Doutor Kitt`, faleceu em Fortaleza. O ex-atacante do Ferroviário Atlético Clube entre as temporadas de 1956 e 1965 partiu para outro plano e assistirá agora do céu aos jogos do seu ex-clube. Após pendurar as chuteiras, Kitt seguiu uma belíssima carreira na medicina e chegou a ser médico do próprio Ferroviário em algumas oportunidades. No ano de 2008, ele foi o entrevistado na seção ´Craque do Passado` na segunda edição da então revista oficial do clube, intitulada de ´Expresso Coral`. Apesar de nunca ter conquistado o título de campeão estadual, participou de momentos muito importantes para história do clube, como por exemplo quando assinalou o primeiro gol na inauguração do gramado na Barra do Ceará numa partida de veteranos. Em seus últimos anos de vida, o ex-jogador coral continuou exercendo a profissão de médico, além de ser também um premiado pecuarista.

Dr. Kitt sobe de cabeça e assinala mais um importante gol para o Ferroviário na década de 1960

Doutor Kitt era filho de um grande desportista, o famoso Rolinha, um dos árbitros mais conhecidos da história do futebol cearense, além de ser também irmão do Doutor Bill, ex-jogador do Ceará, dentista e aficionado por Futebol de Mesa. O amor pelo futebol também foi passado de pai para filho na geração seguinte e o filho do ex-atacante coral, o também médico Sérgio Rôla, aderiu à paixão de torcer pelo Ferroviário, se notabilizando como atuante conselheiro e uma pessoa que nunca negou apoio ao clube, especialmente nos momentos mais difíceis de sua história recente. Além de defender as cores do Tubarão da Barra. Dr. Kitt vestiu a camisa do Calouros do Ar e do Sport/PE. No Ferrão, foram 197 jogos e 42 gols marcados. Descanse em paz.

MARCELO VEIGA E A MISSÃO DE FAZER O FUTURO REENCONTRAR O PASSADO

Além de excelente futebol, o lateral Marcelo Veiga conquistou a torcida pela sua raça e carisma

Quando o técnico Pepe deu o aval para a contratação de Marcelo Veiga para o Santos/SP no início de 1990, o Ferroviário se ressentiu de um jogador vibrante, carismático, capitão da equipe e inteiramente identificado com a torcida coral. Dono de um futebol moderno para os padrões da época no futebol cearense, foram 79 jogos e 13 gols pelo Ferrão entre janeiro de 1988 e dezembro de 1989. O gol do título estadual em sua primeira temporada veio de seu pé direito. Apesar de destro, Marcelo Veiga jogava na lateral esquerda. A vida seguiu para o Ferroviário e a década de 1990 proporcionou momentos gloriosos para o Tubarão da Barra. A mesma trajetória de sucesso ocorreu com o ex-lateral esquerdo coral, que figurou como titular do Santos/SP por quase três temporadas, vestindo depois ainda as camisas do Internacional/RS, Portuguesa/SP, Goiás/GO, Bahia/BA, Atlético/GO e até – algo que pouca gente lembra – do Fortaleza, já no ocaso de sua carreira. Mesmo longe da Barra do Ceará, Marcelo Veiga nunca esqueceu seu momento glorioso no Ferroviário e manteve contatos sempre que possível com amigos que ficaram, entre eles o saudoso supervisor Chicão. Há cerca de vinte anos quando pendurou as chuteiras, Marcelo Veiga assumiu a condição de técnico e passou a dirigir clubes no interior de São Paulo. A Matonense/SP era um dos seus trabalhos mais sólidos no início da nova carreira, quando foi lembrado, em 2004, para voltar ao Ferroviário na função de treinador.

Em 2004, como técnico, em entrevista para o atual diretor de marketing Chateaubriand Filho

No final de maio daquele ano, depois do quase rebaixamento no campeonato cearense, Marcelo Veiga chegou e começou a preparar um novo time para as disputas da Série C do campeonato brasileiro. Virou técnico de Mazinho Loyola, seu companheiro de equipe em 1988, que estava se despedindo do futebol no time que o projetou. A falta de estrutura e o pouco nível de investimento fizeram o Ferroviário patinar na competição nacional, à exemplo das temporadas seguintes, sempre flertando contra o rebaixamento estadual. Entre amistosos e jogos oficiais, Marcelo Veiga dirigiu a equipe em 15 jogos, sendo 8 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. Saiu do Ferroviário em setembro daquele ano já com um novo projeto em mente. O Bragantino/SP, equipe também da Série C nacional, queria Marcelo Veiga como técnico para tentar resgatar a fase áurea do clube deixada para trás nos anos 1990. Em Bragança Paulista, Marcelo Veiga fez história. Comandou o Bragantino em mais de 500 jogos. Com um trabalho de três anos, Marcelo Veiga conseguiu seu primeiro triunfo expressivo como treinador: campeão brasileiro da Série C de 2007. Título e acesso!

Treinador Marcelo Veiga comandou o Bragantino em mais de 500 jogos nos últimos quinze anos

Os anos seguintes apresentaram um treinador maduro com bons resultados no campeonato paulista e, principalmente, na manutenção do Bragantino na Série B nacional por muitos anos. Em 2011, aproveitando um jogo do time paulista em Juazeiro do Norte, esteve rapidamente em Fortaleza para colocar seus pés na ´Calçada da Fama` do estádio Presidente Vargas. Entre idas e vindas, treinou também o Guarani/SP, Portuguesa/SP, São Caetano/SP, América/RN, Remo/PA, Mogi Mirim/SP e Botafogo/SP, onde foi novamente campeão brasileiro, dessa vez da Série D, conquistando mais um acesso no Brasileirão. Em 2018, levou o Bragantino/SP a mais um acesso nacional, saindo da Série C e resgatando a condição de time da Série B, tal qual havia feito em 2007. Agora, quinze anos depois de sua primeira passagem como técnico ainda em início de carreira e, trinta anos depois de ter deixado o clube na condição de ídolo eterno como jogador, Marcelo Veiga reencontra o Ferroviário numa boa condição de lutar por mais um acesso nacional, apesar da brutal queda de rendimento na equipe que disputa a Série C desse ano, fruto de escolhas arriscadas que já se apresentavam aparentemente perigosas logo quando tomadas.

Notícia no site oficial do Ferroviário comunicando oficialmente a contratação do novo treinador

Marcelo Veiga fechou com a diretoria coral, por telefone, exatamente às 22h51min do dia 25 de julho, pouco mais de uma hora depois do vexame coral contra o Sampaio Corrêa/MA, em casa, que selou a saída do técnico Leandro Campos após pífia passagem pela Barra do Ceará. Marcelo chegou hoje em Fortaleza e tem nove dias de trabalho até sua estreia contra o ABC/RN, no mesmo estádio Castelão que marcou o gol do título cearense em 1988. Antes de embarcar, conversou com Marcelo Vilar, mentor do excelente trabalho no Ferrão nos últimos tempos, quando colheu informações sobre o elenco coral. Que o Ferroviário possa representar a chance de mais um acesso nacional no seu currículo como treinador. E que Marcelo Veiga seja novamente uma espécie de benção para o Ferroviário, exatamente como foi no final dos anos 1980. Quando a bola rolar contra o ABC, apesar dos últimos resultados, muita gente estará no estádio só para testemunhar a volta de um ídolo eterno. Dúvidas e insatisfações com a queda de rendimento na Série C serão deixadas de lado e nascerá um novo espírito simbolizado pelo que Marcelo Veiga representa para história coral, a do passado e, agora, também a do futuro. Abaixo, o áudio de sua primeira entrevista concedida ontem à jornalista Denise Santiago. Algo para registrar e guardar.

ARTILHEIRO JORGE VERAS ESTAMPA O SÉTIMO COPO DOS LEGENDÁRIOS

Jorge Veras estampa o sétimo copo da coleção Legendários à venda nos jogos do Ferroviário

Ele foi artilheiro do Campeonato Brasileiro da Série C de 1992 pelo Ferroviário! Mais que isso, foi o primeiro atleta do clube a conquistar algo dessa natureza em se tratando de uma competição de nível nacional. Agora, o ex-atacante Jorge Veras estampa a sétima edição dos copos colecionáveis da série Legendários, à venda de forma exclusiva no jogo de hoje contra o Sampaio Corrêa/MA na Arena Castelão, válido pela mesma Série C do Brasileirão. A marca legendária foi alcançada já no fim da carreira de Jorge Veras como jogador, que teve passagens entre 1982 e 1984, quando saiu para atuar em clubes como Criciúma/SC, Grêmio/RS e Sport/PE. Depois, teve outra boa performance entre 1990 e 1992, ano em que conquistou o feito de artilheiro de uma série nacional. Ao todo, foram 155 jogos e 65 gols marcados com a camisa do Ferrão. Sem dúvidas, um ídolo eterno na história coral, um verdadeiro legendário!

JOSEOLY MOREIRA E O GOLEIRO CAVALHEIRO EM RETRATO DE 1968

Joseoly e Cavalheiro em 1968

Registro histórico da chegada do novo goleiro do Ferroviário Atlético Clube para a temporada de 1968. No retrato antigo, o dirigente coral Joseoly Moreira e o arqueiro Cavalheiro. O goleiro conquistou o título estadual invicto daquele ano aos 23 anos de idade, depois de atuar por Internacional/RS e Vasco/RJ, no futebol brasileiro, e pelo Deportivo Lara da Venezuela. Sua passagem no futebol carioca rendeu a indicação para o Tubarão da Barra por intermédio do diretor Joseoly Moreira, que militava profissionalmente no Rio de Janeiro e apoiava a direção coral notadamente no setor de comunicação do clube, além do crivo do eterno ídolo Pacoti, que o conhecia das categorias de base da equipe carioca. Ao todo, foram 35 jogos do gaúcho Cavalheiro como goleiro do Ferrão. Ele largou o futebol ainda jovem e preferiu terminar a faculdade de Direito para seguir a carreira de advogado, inicialmente em Minas Gerais e depois no Rio Grande do Sul, onde reside e completará 74 anos de idade no próximo mês de outubro.

A VITÓRIA DO FERROVIÁRIO NO DIA QUE O HOMEM CHEGOU À LUA

O sendo de humor da Ferroada Coral recordou os cinquenta anos da chegada do homem à lua

Hoje é dia de aproveitar a arte acima da Ferroada Coral para recordar um jogo oficial do Ferroviário Atlético Clube disputado exatamente no mesmo dia em que o homem chegou à lua através da famosa missão americana Apollo 11. Naquele domingo, o compromisso coral foi contra o Guarany de Sobral e, dentre os presentes ao estádio do Junco, a imensa maioria só falava da grande novidade para a história da humanidade. A partida, que terminou ficando em segundo plano, valeu pelo 3º turno do campeonato cearense de 1969 e está completando exatamente 50 anos na presente data. Com gols de Edmar e Fernando Cônsul, o Tubarão da Barra fez 2×0 no Cacique do Vale sob o apito do árbitro Leandro Serpa. Treinado por Luis Veras, o Ferrão venceu com George, Ribeiro, Luiz Paes, Gomes e Roberto Barra-Limpa; Coca Cola (Mano), Simão e Edmar; Paraíba, Alcy e Fernando Cônsul (Léo). Já o time sobralense, treinado por Raimundo França, perdeu com o futebol de Pinto, Rodrigues, Pelado, Zé Quinto e Cabo Dulce; Dajuana, Loril e Moisés; Nagibe, Cabeção (Gilberto) e Garrinchinha (Ércio). Muita gente da torcida coral foi até a cidade de Sobral prestigiar a partida. Levaram até a bateria da escola de samba ´Ispaia a Brasa` para animar a viagem de trem até Sobral. Como bem disse a Ferroada Coral em sua arte do humor, tratou-se de uma pequena vitória para o time e uma conquista gigante para o clube. Por que não?

MIRANDINHA ENFRENTA PROBLEMAS E RECEBE APOIO EM PROGRAMA DE TV

Cria do Ferroviário Atlético Clube, onde despontou nas bases do clube na temporada de 1977, o ex-atacante Mirandinha vive um momento delicado em sua vida pessoal, o que o levou a participar recentemente de um programa na Rede Bandeirantes de Televisão. No vídeo acima, extraído da programação de audiência nacional, ele expôs suas dificuldades e recebeu apoio profissional e financeiro de patrocinadores da emissora. Mirandinha defendeu a equipe principal do Ferrão na segunda metade da década de 1970 e também, em seu retorno, na temporada de 1996, quando assinalou seu último gol no futebol. Ao pendurar as chuteiras, assumiu a condição de treinador do Ferroviário naquele mesmo ano. Ao todo, foram 18 partidas e 13 gols com a camisa coral em jogos da equipe profissional. Como técnico, Mirandinha comandou o Ferrão à beira do campo em 26 partidas, sendo 8 vitórias, 9 empates e 9 derrotas. Infelizmente, trata-se de mais um grande nome do futebol brasileiro do passado que enfrenta dificuldades no presente. Que Mirandinha vença mais essa série de dificuldades.

LEGENDÁRIO COCA COLA ESTAMPA MAIS UM COPO DA COLEÇÃO CORAL

Coca Cola é lembrado até hoje como um dos maiores jogadores da história do Ferroviário. E, desde que o departamento de marketing do Ferrão lançou a Série Legendários, com os copos colecionáveis, a cobrança por este ídolo era constante. Eis que agora ele aparece, em justíssima homenagem, estampando a sexta edição da coleção. Seu nome era Abelardo Cesário da Silva. O apelido – como ele mesmo declarou ao jornal Folha de São Paulo em fevereiro de 1994 – era uma alusão ao famoso refrigerante: “Como eu era pequeno e magro, me chamavam de ‘miniatura de Coca-Cola’. Reclamei e o apelido pegou. Quase ninguém sabe meu nome. Até minha mulher me chama de Coca“. Falecido em junho de 1999, é impossível não lembrar da sua importância para o Ferrão no auto de seus 324 jogos com a camisa coral entre 1965 e 1973. Foram apresentações sensacionais nos gramados cearenses, o que lhe valeu a chance de jogar no Gil Vicente, de Portugal, onde o apelido não foi permitido. “Lá voltei a ser Abelardo para não fazer propaganda de graça para a Coca-Cola“, disse. Entre tantas partidas inesquecíveis, uma foi ainda mais inesquecível e que crava a marca legendária. Na entrega de faixas do seu primeiro campeonato estadual pelo Ferrão, o famoso título invicto de 1968, o Santos/SP foi o convidado e Coca Cola aplicou um chapéu no Rei Pelé, fato até hoje lembrado nos estádios pelos torcedores.

FERROVIÁRIO NUNCA PERDEU PARA O SANTA CRUZ DENTRO DO ARRUDA

Foto publicada pelo Diário de Pernambuco exaltando a vitória do Ferroviário dentro do Arruda

A sexta-feira passada foi gloriosa para o Ferroviário. O time coral bateu o Santa Cruz/PE por 2×0 dentro do Estádio do Arruda e começou a reforçar um belo retrospecto a seu favor: o de nunca perder para o tricolor pernambucano em seu próprio estádio. É bem verdade que este foi apenas o segundo jogo entre ambos no Arruda, que valeu pela Série C do campeonato brasileiro. O primeiro aconteceu no já distante ano de 1986, quando ambos se enfrentaram em partida amistosa, realizada para a entrega de faixas ao campeão pernambucano daquela temporada. Na ocasião, treinado por William Pontes, o Ferrão empatou em 1×1 com o futebol de Serginho, Neto, Arimatéia, Léo e Luis Carlos; Nilo, Edson e Carlos Antônio; Cardosinho, Flávio e Edinho. O Santa Cruz, do técnico Moisés Matias, jogou com Birigui, Zito (Orlando), Lula, Jorge e Lotti; Zé do Carmo, Clóvis (Zé Alberto) e Evaristo (Indio); Marlon, Washington (Zé Henrique) e Jacozinho. Os gols foram de Flávio para o Ferrão e Zé do Carmo para o time pernambucano. No tento do Tubarão da Barra, o estreante Flávio, ex- Tiradentes/CE, driblou o goleiro Birigui e fez um belo gol diante de um ótimo público. Sexta passada, perante mais de 25 mil pessoas, foi a vez de Isaac e Mazinho calarem o Arruda em nome da torcida do Ferrão. Sem dúvida, uma vitória que será lembrada por muito tempo e que já entrou para a história. Vale registrar o vídeo abaixo.