EMPRESÁRIO DE PAULO HENRIQUE GANSO JOGOU NO FERROVIÁRIO

De camisa branca, Giuseppe Dioguardi – o Pepinho – foi apresentado como reforço coral em 1999

Se em 1999 alguém dissesse pra você que o Ferroviário Atlético Clube tinha um jogador que casaria com uma atriz da Globo e seria empresário de grandes jogadores do futebol brasileiro, você acreditaria? Pois essa história é a mais pura verdade! Estamos falando de Giuseppe Dioguardi, atleta que jogava futebol com a alcunha de Pepinho, cria do São Paulo/SP, e que foi apresentado como novo reforço do Ferroviário na temporada de 1999. Ele tinha 23 anos de idade e chegou à Barra do Ceará, no mês de abril, junto com o defensor Ronaldão e o atacante Douglas, ambos na foto acima. Foram apenas 3 jogos de Pepinho com a camisa coral, sendo apenas uma partida oficial, válida pelo Campeonato Cearense daquele ano, contra o Uruburetama, no Estádio Elzir Cabral. De descendência italiana, Pepinho morou na Europa e depois virou empresário da carreira de bons jogadores do futebol brasileiro, entre eles o craque Paulo Henrique Ganso, atualmente no Fluminense/RJ. Há mais de 10 anos ele é casado com a conhecida atriz global Vanessa Giácomo.

Ex-jogador do Ferroviário, Pepinho e sua esposa Vanessa Giácomo são casados há mais de 10 anos

O PENOSO CAMINHO PARA ENTRAR NO CAMPEONATO BRASILEIRO

Campanha para ter o Ferrão no Brasileirão mereceu até placa da FCF fixada no Presidente Vargas

Vai começar um novo Campeonato Brasileiro para o Ferrão! Ao contrário de hoje em dia quando os Estaduais regulam a entrada de clubes a partir da quarta divisão nacional, houve um tempo em que os bastidores políticos escolhiam as indicações para a competição. Foi assim que o Ceará foi apontado para a primeira edição do certame brasileiro em 1971. O alvinegro foi para a gloriosa Série A da disputa. Para a Série B, uma espécie de consolo para as equipes que ficaram de fora da elite nacional, no caso do Estado do Ceará, houve um democrático torneio seletivo que reuniu Fortaleza, Calouros do Ar, Guarany de Sobral e Ferroviário. Os dois últimos ficaram com as duas vagas existentes. Coube ao Ferrão enfiar 3×0 no Fortaleza em jogo extra que foi exclusivamente realizado para definição da segunda vaga. Apesar da honra de ter participado da primeira edição do Campeonato Brasileiro, mesmo que numa segunda divisão, o Ferrão teve que esperar 8 longos anos até sua segunda participação, ocorrida somente em 1979, quando o número de clubes participantes foi exageradamente aumentado para 94 times de futebol em todo país. O retorno coral à competição, dessa vez na divisão de elite de 1979, mereceu até uma placa que está até hoje fixada no Estádio Presidente Vargas. Se esta mesma divisão de elite, em 1971, reunia somente 20 clubes, um ano depois já eram 26 com a inclusão de equipes de Sergipe, Alagoas, Amazonas, Pará e Rio Grande do Norte. Em 1973, com o aumento expressivo para 40 clubes, o Fortaleza foi politicamente indicado como o segundo representante cearense, apesar da veemente contestação do Ferroviário e dos outros times alencarinos, que ansiavam por um novo torneio seletivo, nos moldes do realizado em 1971 em âmbito local, opção inclusive seguida por outras Federações.

Até o Papa João Paulo II tomou conhecimento das demandas do glorioso Ferroviário Atlético Clube

Vivia-se a era da nefasta Ditadura Militar, que em frangalhos, iniciava um processo de derrocada em termos de apelo polular e, ano a ano, ampliava bionicamente o número de times no Campeonato Brasileiro para tentar preservar alguma popularidade. Foram 8 anos em que o Ferroviário vivenciou as sequelas da penúria, enquanto Ceará e Fortaleza se esbaldavam com rendas extravagantes em grandes jogos contra times importantes do Brasil, se apresentando para muitos em um recém-inaugurado Castelão invariavelmente lotado. Durante aqueles anos de chumbo para o Tubarão da Barra, importantes nomes corais chegaram a empreender esforços junto a Governadores, Senadores e Deputados de plantão para forçar a inclusão do Ferrão no Nacional. Frustrado com a série de tentativas infrutíferas, o saudoso Zé Limeira perambulava pelas rádios brigando pelo direito coral de participação. Na mesma época, chegou a escrever e enviar uma carta para o Vaticano, pedindo uma audiência com o Papa João Paulo II, que foi educadamente negada pela assessoria papal. Foram tempos dolorosos que nos ensinaram uma poderosa mensagem: sempre que o Ferrão iniciar uma nova campanha no prestigioso Campeonato Brasileiro de Futebol, é recomendável nunca esquecer os dias e caminhos penosos percorridos durante 8 anos da década de 1970. Dizem que era bom, mas foi bom pra quem? É bom sempre apenas para os amigos do poder, para aqueles que se deleitam com os prazeres do que é roubado do direito alheio e quando a noção de grandeza nunca é o que se verdadeiramente é, e sim o que se tem ou o que se pode oferecer em troca. Foi um tempo de muita vergonha, que somente os idiotas ousam exaltar. E vamos de mais uma Série C em 2024, entre os 60 principais times do Brasil, sem esquecer de prestar atenção no retrovisor do passado.

IMAGEM DA DESPEDIDA DE COCA COLA DEIXANDO O FERROVIÁRIO

Viagem para Portugal: dirigentes prestam homenagem ao craque Coca Cola no início de 1973

O eterno ídolo Coca Cola fez 324 jogos pelo Ferroviário entre 1965 e o início de 1973. O registro fotográfico acima é justamente da última partida da maravilha negra vestindo a camisa coral. O estádio Elzir Cabral recebeu o América/CE para um amistoso que iria selar a despedida do craque. Ele estava de malas prontas para jogar em Portugal. Antes da partida, Coca Cola foi homenageado no gramado pela torcida e pelos dirigentes do clube. Na imagem, podemos ver o diretor de futebol Ruy do Ceará, ladeado por seu filho Guedes Neto, com um papel em mãos a proferir algumas palavras de agradecimento. O registro é do dia 20 de janeiro de 1973. O amistoso terminou empatado em 0x0. Coca Cola passou dois anos em terras lusitanas. Dois anos depois, em 1975, estava de volta e o Ferrão o acolheu como treinador da equipe principal. Coca Cola faleceu em 1999.

GOLEIRO DO FLAMENGO CHEGA PERTO MAS NÃO PASSA MARCELINO

Foi por pouco! O argentino Rossi chegou muito perto de ultrapassar a marca de 1.295 minutos do goleiro Marcelino. Nesse início de temporada 2024, o arqueiro do Flamengo/RJ chegou ao patamar de 1.134 minutos sem sofrer gols em jogos oficiais. Ficaram faltando 161 minutos para o argentino igualar o feito do goleiro coral alcançado há mais de 50 anos. Mesmo sofrendo um gol, Rossi, que começou o jogo contra o Millionários da Colômbia em 12º lugar na lista dos goleiros que passaram mais tempo sem sofrer gols na história do futebol brasileiro, ultrapassou mais cinco goleiros e alcançou o sétimo lugar na lista. Ele ficou atrás de Alex Alves (1.195 minutos pelo São Bernardo/SP em 2022), Zetti (1.238 minutos pelo Palmeiras em 1987), Marcelino (1.295 minutos pelo Ferroviário em 1973), Jorge Reis (1.604 minutos pelo Rio Branco/ES entre 1970 e 1971), Neneca (1.636 minutos pelo Náutico/PE em 1974) e do recordista Mazaropi (1.816 minutos pelo Vasco da Gama em 1977 e 1978). O feito de Marcelino continua como a quarta melhor marca nacional e oitava em nível mundial.

Goleiro Rossi do Flamengo/RJ chegou à galeria de goleiros com mais tempo sem sofrer gols no Brasil

CRAQUE TERTO FALECEU NA TARDE DE ONTEM AOS 77 ANOS DE IDADE

Terto chegou para o Ferroviário Atlético Clube no mês de abril da vitoriosa temporada de 1979

Ontem à tarde, o futebol brasileiro recebeu a notícia do falecimento de um grande jogador dos anos 1970. Faleceu Tertuliano Severiano dos Santos, o Terto. Ele começou no Santa Cruz/PE e ganhou destaque nacional no São Paulo/SP, onde atuou em quase 500 partidas e marcou seu nome atuando em competições importantes como o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores da América. Terto foi um grande nome do Ferroviário na vitoriosa temporada de 1979. Oriundo do Botafogo/SP, ele chegou para o Tubarão da Barra em abril daquele ano e fez logo sua estreia num clássico contra o Ceará. Ao todo, foram 39 jogos e 1 gol marcado com a camisa coral, acontecido no PV, contra o América em jogo do 3º turno do certame alencarino, que terminou com a vitória do Tubarão da Barra por 2×0. Curiosamente, o outro gol dessa partida foi assinalado por um jogador recentemente falecido, o centrovante Dedé. Em campo, Terto desfilava talento e qualidade técnica. Está na história do Ferrão como craque e campeão. Descanse em paz.

O DIA QUE O FERRÃO EMPRESTOU MEIO TIME PARA O SAMPAIO CORRÊA

Até o experiente Pedrinho Rodrigues foi cedido ao Sampaio Corrêa/MA na temporada de 1977

De alguns anos pra cá, o Ferroviário virou freguês do Sampaio Corrêa/MA em jogos oficiais. Porém, houve um tempo em que o time coral era modelo para a equipe maranhense. Na temporada de 1977, o Ferrão colocou seu time reserva pra terminar o Campeonato Cearense e saiu em excursão pelo Maranhão. Comandado pelo experiente Pedrinho Rodrigues, o homem do cachimbo, o time titular do Tubarão da Barra derrotou o próprio Sampaio Corrêa por 2×1, empatou com o Bacabal/MA em 2×2 e venceu o Moto Clube/MA por 2×1. A boa impressão deixada na excursão maranhense, fez o Sampaio Corrêa despertar para contratar, além do treinador, um pacote de 6 jogadores do Ferrão: o lateral Bassi, o zagueiro Lúcio Sabiá, os meios campistas Joel Maneca, Oliveira e Calu, além do atacante Vanderley. No dia 14 de outubro daquele ano, o presidente do Sampaio levou o próprio Ferroviário para um novo amistoso no Estádio Nhozinho Santos, para pagar o empréstimo dos atletas e do treinador coral com a renda do jogo. A Bolívia Querida venceu esse amistoso por 1×0, gol de Oliveira. Treinado por Nojosa, a desfigurada equipe coral até que jogou bem e formou com Giordano, Jorge Henrique, Júlio, Arimatéia e Raimundinho (Félix); Jodecir (Pinto) e Garricha; Jacinto (Manuelzinho), Haroldo, Mirandinha e Babá (Ricardo). O Sampaio Corrêa jogou com Créscio, Bassi (Zé Alberto), Lúcio Sabiá, Tataco e Ferreira (Acino); Joel Maneca, Oliveira e Calu (Ramon); Vanderley (Badu), Pedrinho (Itamar) e Xavier (Bimbinha). O Sampaio Corrêa se preparava para jogar mais uma edição do Campeonato Brasileiro chancelado pela Ditadura Militar. Naquela excursão maranhense, um jovem atacante começava a se destacar na equipe principal. Dez anos depois, ele estava fazendo um gol com a camisa da Seleção Brasileira no famoso Estádio Wembley, em Londres. Seu nome: Mirandinha.

RECORDE UM JOGO CONTRA O SAMPAIO CORRÊA EM SÃO LUÍS

Essa semana, o Ferroviário enfrenta o Sampaio Corrêa/MA em São Luís. O jogo é decisivo e vale vaga na terceira fase da Copa do Brasil. Você recorda a última vez que os dois times se enfrentaram no Castelão do Maranhão? Foi na Série C de 2019, no dia 27 de maio, e a Bolívia Querida levou a melhor ganhando por 3×1. Acima, você recorda os gols da partida. O artilheiro Edson Cariús marcou para o Ferrão naquele domingo à tarde. Treinado por Marcelo Vilar, o Tubarão da Barra perdeu com o futebol de Nicolas, Lucas Mendes, Afonso (Luís Fernando), Da Silva e Michael; Jonathas (Caxito), Mazinho, Jean Henrique e Janeudo; Léo Jaime (Juninho Arcanjo) e Edson Cariús. Comandado pelo ex-coral Julinho Camargo, o Tubarão Maranhense venceu com Andrey, Everton, Moisés Lucas, Vitor Salvador e Felipe Dias; Dedé, Diones, Cleitinho (Welder) e Esquerdinha (Odair Lucas); Salatiel e Gustavinho (Ulisses). O lance decisivo para a derrota coral naquela oportunidade foi uma bola que bateu na mão do volante Jonathas e o árbitro Luiz Paulo de Moura Pinheiro marcou pênalti, o que ocasionou o segundo gol do adversário. Naquele campeonato nacional, depois de fazer uma grande primeiro turno, o Ferroviário caiu de produção no returno com a saída de Marcelo Vilar. Por sua vez, o Sampaio Corrêa evoluiu durante a competição e conquistou o acesso para a Série B do Brasileiro, onde permaneceu por 4 temporadas, até cair no ano passado. Em 2024, com o acesso coral no ano passado, Ferrão e Sampaio Corrêa se enfrentarão novamente na Série C do Campeonato Brasileiro.

FALECEU ATACANTE DO ELENCO CAMPEÃO ESTADUAL NO ANO DE 1979

Atacante Dedé, o primeiro agachado do lado esquerdo da foto, chegou para o Ferroviário em 1979

O ex-atacante Dedé faleceu aos 68 anos de idade. Ele foi um dos jogadores de frente do Ferroviário no elenco que conquistou o título estadual de 1979. Seu nome completo era José Maria Cruz. Jogou no América/CE e desembarcou no Tubarão da Barra oriundo do Tiradentes/CE. Chegou a jogar depois no Fortaleza, onde também marcou alguns gols. Na Barra do Ceará, Dedé fez 71 jogos e assinalou 21 gols, dos quais 16 foram marcados na edição do Campeonato Cearense conquistada pelo Ferrão, ocupando o posto de vice-artilheiro do elenco campeão, atrás apenas do ídolo Paulo César. Dedé foi ganhador também da Taça Imprensa de Rondônia, numa excursão realizada pela equipe ao norte do país no final daquela temporada. Descanse em paz.

O FERRÃO QUE CONQUISTOU A PRIMEIRA VITÓRIA NO CASTELÃO

Onzena que entrou em campo na primeira vitória no Castelão. Em pé: Vicente, Marcelino, Arimatéia, Tião, Cândido e Lúcio Sabiá. Agachados: Marcos, Jorge Costa, Samuel, Edilson Lopes e Gaspar

Desde que fez sua primeira apresentação no Estádio Castelão, o Ferroviário só conquistou a primeira vitória naquela praça esportiva por ocasião de sua quinta partida por lá disputada. O adversário foi o Tiradentes em jogo válido pelo 1º turno do Campeonato Cearense de 1974. Era a estreia coral na competição, no dia 28 de Julho daquele ano. Acima, você confere a fotografia histórica. Era também a estreia oficial do atacante Jorge Costa com a camisa do Tubarão da Barra. O Ferrão venceu o Tigre por 2×1, com os dois gols marcados por Gaspar. O ex-juvenil coral Ibsen assinalou para o Tiradentes. Apesar da vitória, o treinador Joacy Alencar foi demitido em razão de turbulências ocorridas em seu relacionamento com a direção coral, que culminaram inclusive com a situação indo às vias de fato. Note que na onzena principal, o Ferrão conta com os zagueiros Arimatéia e Lúcio Sabiá improvisados na lateral já que o time tinha os desfalques de Perivaldo e Grilo. O Ferrão era presidido pelo político Aquiles Peres Mota e vivia gravíssima crise financeira.

TODOS OS JOGOS DO FERRÃO NA HISTÓRIA DA COPA DO BRASIL

Primeira participação do Ferroviário Atlético Clube na Copa do Brasil ocorreu na temporada de 1989

Abaixo, vemos uma relação de todos os confrontos históricos do Ferroviário pela Copa do Brasil, competição que foi criada pela CBF em 1989 e que contou com a participação do Tubarão da Barra, logo em sua primeira edição, por ele ter sido campeão estadual no ano anterior. Durante muitos anos, o Ferrão não figurou entre os participantes do certame, mas desde 2018 passou a ter certa assiduidade, chegando a realizar confrontos que serão sempre lembrados na história coral, como os jogos contra Sport/PE, América/MG e Corinthians/SP, por exemplo. Amanhã essa história tem continuidade já que o Maranhão/MA é o nosso novo e inédito adversário na competição. Então, confira a lista de todos os nossos jogos pela Copa do Brasil:

19/07/1989 – Goiás/GO 1×0 Ferroviário – Estádio Serra Dourada – Goiânia
22/07/1989 – Ferroviário 1×3 Goiás/GO – Estádio PV – Fortaleza
10/03/1995 – Remo/PA 1×1 Ferroviário – Estádio Evandro Almeida – Belém
13/03/1995 – Ferroviário 1×3 Remo/PA – Estádio Castelão – Fortaleza
06/02/1996 – Ferroviário 0x1 Goiás/GO – Estádio PV – Fortaleza
13/02/1996 – Goiás/GO 2×0 Ferroviário – Estádio da Serrinha – Goiânia
04/02/2004 – Ferroviário 4×0 América/RN – Estádio PV – Fortaleza
03/03/2004 – América/RN 1×0 Ferroviário – Estádio Machadão – Natal
17/03/2004 – Ferroviário 0x2 Corinthians/SP – Estádio Castelão – Fortaleza
07/02/2018 – Ferroviário 2×1 Confiança/SE – Estádio PV – Fortaleza
15/02/2018 – Sport/PE 3×3 Ferroviário – Estádio Ilha do Retiro – Recife
28/02/2018 – Ferroviário 1×1 Vila Nova/GO – Estádio PV – Fortaleza
15/03/2018 – Vila Nova/GO 0x1 Ferroviário – Estádio Serra Dourada – Goiânia
04/04/2018 – Atlético/MG 4×0 Ferroviário – Estádio Independência – Belo Horizonte
18/04/2018 – Ferroviário 2×2 Atlético/MG – Arena Castelão – Fortaleza
07/02/2019 – Ferroviário 2×2 Corinthians/SP – Estádio do Café – Londrina
25/03/2021 – Porto Velho/RO 0x1 Ferroviário – Estádio Los Larios – Duque de Caxias
14/04/2021 – América/MG 1×1 Ferroviário – Estádio Independência – Belo Horizonte
03/03/2022 – Nova Venécia/ES 2×1 Ferroviário – Estádio Zenor Rocha – Nova Venécia
28/02/2023 – Resende/RJ 1×2 Ferroviário – Estádio do Trabalhador – Resende
16/03/2023 – Grêmio/RS 3×0 Ferroviário – Arena do Grêmio – Porto Alegre