TORCIDA APLAUDIU MARCELINO APÓS O GOL DE IBSEN DO MAGUARI

Trecho da coluna Confidencial, do jornalista Alan Neto, um dia depois do recorde do goleiro Marcelino

Ibsen havia sido companheiro de Marcelino no próprio Ferroviário entre 1969 e 1971. Dois anos depois, defendendo a camisa do Maguari, coube ao ex-companheiro decretar o fim do sonho do goleiro coral, que perseguia o recorde até então existente: 1.604 minutos do goleiro Jorge Reis. Marcelino conhecia bem Jorge Reis, pois foram companheiros de clube na Portuguesa/RJ. Se antes disputavam a camisa de Nº 1 da tradicional equipe carioca, naquele período de 1973 estavam disputando as páginas da história. Faltaram 310 minutos para Marcelino ultrapassá-lo em seu feito, ou seja, mais três partidas sem tomar gols e alguns minutos do quarto jogo na sequência da competição. Ibsen se aproveitou de um momento de desatenção do arqueiro, fez o gol e foi pedir desculpas ao ex-companheiro, algo inusitado no futebol. A torcida do Ferroviário Atlético Clube, de pé, aplaudiu seu goleiro, conforme ilustra acima o trecho da coluna Confidencial, do jornalista Alan Neto, no jornal O Povo do dia seguinte. O público pagante foi da ordem de 3.397 pessoas naquela tarde memorável no PV, verdadeiras testemunhas oculares da história. Há 50 anos.

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OS REFORÇOS CORAIS NO MEIO DO CAMPEONATO CEARENSE DE 2001

Alex Costa, Rogério Carioca, Gilsinho, Hílton e Sandro apresentados no Ferrão na temporada de 2001

Depois do quase rebaixamento estadual na temporada de 2000, o Ferroviário continuou em crise no ano seguinte. Aquele período foi um dos mais complicados da história coral, considerando os fatos graves transcorridos na vida do clube, que vão desde o suicídio de um diretor de futebol até três presidentes comandando a agremiação numa mesma temporada. Quando 2001 começou, havia esperança de dias melhores com Walmir Araújo na presidência e José Fernandes na diretoria de futebol. Porém, o que se viu foi a continuidade da crise política e dificuldades que levaram à renúncia do presidente no meio do Campeonato Cearense, assumindo William Braga como novo gestor, ele que respondia pelo Conselho Deliberativo. Antes da renúncia da direção coral, cinco novos jogadores foram apresentados, sendo que dois deles sequer chegaram a atuar: o zagueiro Alex Costa e o meia atacante Gilsinho, que já havia passado pelo clube no ano 2000. Quem se deu bem foi o atacante Rogério Carioca e o lateral direito Hílton, que acabaram indo pro Ceará depois do vexame coral no Estadual de 2001, juntamente com o talentoso meio campista Edinho, ex-Vasco/RJ, que chegou pouco tempo depois dessa fotografia em destaque. O atacante Sandro, ex-Botafogo/PB, foi outro anunciado, mas acabou não se destacando. Dezessete anos depois daquela temporada, Walmir Araújo ocupou novamente a presidência para entrar na história como o primeiro presidente campeão brasileiro pelo Ferroviário, ladeado naquela conquista pelo vice Newton Filho, pelo diretor de futebol Francisco Neto e pelo executivo de futebol Jurandir Júnior.

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FERRÃO E TOCANTINÓPOLIS/TO NÃO SE ENFRENTAVAM DESDE 2001

Click do fotógrafo Lenilson Santos registrou o terceiro jogo entre Ferrão e Tocantinópolis na história

O Ferrão continua vencendo em seu retorno à Série D. Depois de passar por Fluminense/PI e Cordino/MA nos seus dois primeiros jogos na competição, ontem o time coral bateu a equipe do Tocantinópolis/TO no PV. Esse foi apenas o terceiro confronto entre ambos em toda a história. Os dois primeiros ocorreram na Série C de 2001, quando o Tubarão da Barra venceu os dois jogos disputados na ocasião. O primeiro, no PV, vitória pelo placar de 1×0, gol de Guedinho. O segundo, por sua vez, no estádio Lauro Assunção, na casa do adversário no estado de Tocantins, também por 1×0, gol do centroavante Kélson. Naquela época, o Ferrão tinha William Braga na presidência e José Oliveira como treinador, que comandava em seu elenco jogadores como o goleiro Zezinho, o volante Dino, o centroavante Rogério Carioca e o zagueiro Lopes, pai do meio campista Cairo, que compõe o plantel coral atualmente em 2023. O lateral direito Roberto Carlos também fazia parte daquela equipe, ele que hoje em dia é treinador do Caucaia/CE e que participa também da Série D do Brasileirão. Ontem, quase 22 anos depois, tivemos o terceiro 1×0 na história dos confrontos entre os dois times, mais um vez favorável a Ferrão. O gol foi do atacante Abner.

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MATÉRIAS RARAS DE TV LOGO APÓS O TÍTULO ESTADUAL DE 1994

A sequência de vídeos acima é raríssima. São 28 minutos de imagens da TV Verdes Mares, TVC e TV Manchete com matérias veiculadas durante a semana logo após a grande conquista estadual de 1994. A maior parte desse material ainda não havia sido carregado no YouTube e complementa trechos disponibilizados tempos atrás em áudio e vídeo sobre aquele período memorável. O material traz entrevistas com nomes históricos como Clóvis Dias, Acássio, Cicero Ramalho, Batistinha, Lima e César Moraes, que participa de uma entrevista especial com a repórter Carla Soraya no gramado do Elzir Cabral. O material apresenta também uma reportagem sobre a grande carreata organizada pela torcida coral pelas ruas da cidade, além da cobertura do jogo de entrega de faixas contra o Tiradentes/CE, em que o lateral Branco e o atacante Edinho marcaram os gols da vitória coral por 2×0. Reserve seu tempo para conferir essa sequência especial de vídeos com atenção, pois ele é o registro definitivo daquele grande momento.

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PODCAST DE QUASE TRÊS HORAS NO ANIVERSÁRIO DE 90 ANOS DO FERRÃO

No último dia 9 de maio, o Ferroviário Atlético Clube completou 90 anos de existência. Em alusão ao aniversário coral, o podcast sobre o futebol cearense “Na Cara do Gol Cast” homenageou o Tubarão da Barra com um animado bate-papo de quase três horas. Os convidados foram o pesquisador Evandro Ferreira Gomes e Fernando Lobo, ex-presidente do Conselho Fiscal do Ferroviário. Vale a pena conferir a conversa em seu tempo livre já que vários aspectos importantes da gloriosa história coral foram detalhados durante o programa. Além do vídeo do YouTube acima, o programa também ficará disponível no canal do programa no Spotify e em outros agregadores de áudio para aqueles que desejarem ouvir no trânsito ou durante alguma outra atividade pessoal. O programa marcou também o lançamento da Campanha de Financiamento Coletivo para a aguardada publicação da 2ª edição do Almanaque do Ferrão já em pleno andamento no site apoia.se/almanaquedoferrao.

RELÍQUIA DA ESPORTE ILUSTRADO SOBRE VITÓRIA HISTÓRICA EM 1949

Crônica de Indio do Jaguaribe na edição de nº 562 da revista Esporte Ilustrado de 13/01/1949

A vitória triunfal do Ferroviário Atlético Clube em cima do poderoso Fluminense/RJ no primeiro dia de 1949 já foi destaque aqui no blog. Agora, a postagem destaca a crônica acima, datada do dia 13 de janeiro daquele ano, e publicada nas páginas da famosa revista Esporte Ilustrado, simplesmente uma das principais publicações nacionais do gênero naquela época. O texto “Eu vi o Fluminense cair…” foi assinado pelo cronista Indio do Jaguaribe e reflete bem a surpresa do resultado em todo o país, o que credencia aquele momento, até os dias de hoje, como uma das principais vitórias de uma equipe cearense em todos os tempos, mesmo com um pênalti claro não marcado pelo árbitro carioca Pedro de Morais Sobrinho. Na última quinzena de dezembro de 1948, o tricolor carioca empreendeu uma temporada de amistosos pelo Ceará e Maranhão. Após vencer o Ceará (5×1) e o Fortaleza (5×0), o Fluminense foi até São Luís e derrotou o Sampaio Corrêa/MA (4×1) e Moto Club/MA (2×0). No retorno a Fortaleza, exatamente no dia 1º de Janeiro de 1949, no PV, a equipe pó de arroz sucumbiu ao Clube das Temporadas. Para se ter uma noção do extraordinário feito coral, no dia seguinte, o Fluminense enfrentou o forte time do Flamengo/RJ, que também visitava a capital cearense, e goleou por 5×2, levando a Taça Acrísio Moreira da Rocha para o Rio de Janeiro. A redescoberta da crônica na Esporte Ilustrado é uma evidência da grandeza do feito em seu tempo. Tá na história!

QUEM VAI MARCAR O GOL DE NÚMERO 7.000 DA NOSSA HISTÓRIA?

É muito possível que o gol de número 7.000 da história do Ferroviário Atlético Clube saia ainda em 2023. Além de eventuais amistosos, o time coral tem em seu calendário as disputas da Série D do Campeonato Brasileiro e da Taça Fares Lopes, inclusive duas competições as quais já foi campeão em edições anteriores. Quando restarem 10 gols para a marca de 7.000, o Almanaque do Ferrão e a própria diretoria coral se encarregarão de anunciar e promover uma contagem regressiva. Recentemente, o Tubarão da Barra ultrapassou a marca de 3.900 jogos em sua história. Há dez anos, quando foi lançada a primeira edição impressa do Almanaque do Ferrão, o total era de 3.449 partidas. Uma segunda edição, revisada e atualizada, está sendo preparada e em breve entrará em campanha de financiamento coletivo para garantir a viabilidade financeira visando o lançamento da nova obra, que deverá ter um formato físico maior, com medidas de 20x27cm.

O EX-JOGADOR CORAL QUE UM PRESIDENTE DE CLUBE MATOU

Matéria em jornal cearense sobre o meia esquerda Cássio antes de sua estreia contra o Fortaleza

Ele jogou pela primeira vez pelo Ferroviário no dia 13 de outubro de 1991. Entrou durante um clássico contra o Fortaleza, no Castelão, substituindo um centroavante baiano de nome Paulo César. Foram apenas 5 jogos com a camisa coral naquele breve período. Estamos falando do meia esquerda Cássio, à época com 22 anos de idade, oriundo do CSA de Maceió. Menos de três anos depois, o jogador ganharia as manchetes nacionais em decorrência de um fato trágico. No feriado de 12 de outubro de 1994, ele teve uma discussão com o então presidente do CSE de Alagoas e acabou assassinado a tiros no sertão do estado. Cássio tinha 25 anos e exigia sua liberação para poder ir para João Pessoa a fim de acompanhar o nascimento de seu primeiro filho. Testemunhas relataram à época que o presidente do CSE atirou primeiro nos dois joelhos do jogador, que chegou a implorar para não ser morto. Em seguida, Cássio tomou um tiro fatal no pescoço. Em 1994, a maioria dos atletas ainda era propriedade fixa dos clubes através do nefasto instituto juridico chamado de “Passe“, que terminou extinto com o advento da Lei Pelé, poucos anos depois. Quando veio para o Ferrão, o meia Cássio foi contratado pelo diretor Carlos Alberto Mota, como afirmava a matéria.

CONEXÕES ENTRE FERROVIÁRIO E GRÊMIO ANTES DE JOGO INÉDITO

Conforme destacamos em postagem anterior, o jogo entre Grêmio/RS e Ferroviário hoje é algo inédito na história dos dois clubes. Acima, você confere a matéria do Globo Esporte veiculada ontem para os torcedores gaúchos através da RBS TV, afiliada da Rede Globo de Televisão no Rio Grande do Sul. Como não poderia deixar de ser, a reportagem oferece destaque a Jorge Veras e Jardel, dois corais que brilharam com a camisa gremista. Os dois inclusive estão em Porto Alegre graças ao apoio de um patrocinador do Ferroviário. A matéria destaca também a presença do meio campista coral Felipe Guedes, que já foi jogador do Grêmio, além do embate particular entre o experiente artilheiro Ciel e o goleador uruguaio Luis Suárez. Grêmio x Ferrão pela Copa do Brasil 2023 é a pedida de hoje naquele que é o jogo de número 3.898 da história coral. Todos ligados no rádio e na TV.

GAROTO DA BASE DO FERROVIÁRIO FEZ SUA PRIMEIRA PARTIDA OFICIAL

Jovem lateral direito Andrezinho em registros fotográficos distintos: no Ferrão em 2015 e em 2023

Ele é torcedor do Ferroviário Atlético Clube desde que nasceu. Em 2013, aos 10 anos de idade, esteve presente no evento de lançamento do Almanaque do Ferrão que aconteceu no Náutico Atlético Cearense. Seu nome é André Pessoa Chagas Filho, conhecido no futebol como Andrezinho em sua trajetória nas categorias de base do próprio time de coração. Ontem, aos 20 anos de idade, ele fez sua primeira partida oficial com a camisa do time profissional do Ferroviário! E que estreia desafiadora! De cara, o Santa Cruz/PE pela Copa do Nordeste, no PV, numa vitória sensacional de virada que garantiu a passagem de fase ao Tubarão da Barra pela primeira vez na história da competição. Andrezinho entrou no 2º tempo e permaneceu 40 minutos em campo contra o time pernambucano, certamente mais tempo que os minutos que atuou em três amistosos anteriores que registram sua participação na contagem do Almanaque do Ferrão. Durante a atuação de ontem à noite, Andrezinho apoiou pelo lado direito, alçou a bola na área adversária, teve chance de fazer um gol e mostrou recuperação em momentos em que foi atacado em velocidade. Foi apenas um primeiro passo. O caminho para ser um jogador de futebol é longo e o futebol cobra todos os dias. Que tenha mente forte no processo de amadurecimento e gratidão ao treinador Paulinho Kobayashi, que lhe deu a primeira chance. Como uma autêntica cria do clube e de valioso coração coral, vai sempre ter a torcida de todos.