
Ibsen havia sido companheiro de Marcelino no próprio Ferroviário entre 1969 e 1971. Dois anos depois, defendendo a camisa do Maguari, coube ao ex-companheiro decretar o fim do sonho do goleiro coral, que perseguia o recorde até então existente: 1.604 minutos do goleiro Jorge Reis. Marcelino conhecia bem Jorge Reis, pois foram companheiros de clube na Portuguesa/RJ. Se antes disputavam a camisa de Nº 1 da tradicional equipe carioca, naquele período de 1973 estavam disputando as páginas da história. Faltaram 310 minutos para Marcelino ultrapassá-lo em seu feito, ou seja, mais três partidas sem tomar gols e alguns minutos do quarto jogo na sequência da competição. Ibsen se aproveitou de um momento de desatenção do arqueiro, fez o gol e foi pedir desculpas ao ex-companheiro, algo inusitado no futebol. A torcida do Ferroviário Atlético Clube, de pé, aplaudiu seu goleiro, conforme ilustra acima o trecho da coluna Confidencial, do jornalista Alan Neto, no jornal O Povo do dia seguinte. O público pagante foi da ordem de 3.397 pessoas naquela tarde memorável no PV, verdadeiras testemunhas oculares da história. Há 50 anos.
LEMBRETE: Participe da CAMPANHA DE FINANCIAMENTO COLETIVO até o dia 09/07/23 e garanta o seu exemplar da 2ª EDIÇÃO DO ALMANAQUE DO FERRÃO no seguinte endereço: apoia.se/almanaquedoferrao