FERRÃO RESGATA JOVEM PROMESSA DA BASE PARA O PROFISSIONAL

Sub-20 do Ferroviário Atlético Clube em 26/04/2014 – Em pé: Rodrigo, Tiago Caucaia, Everton, Alasson, Lucas Mota, Douglas, Diego Viana, Felipe, Henrique, Túlio e Max Férrer; Agachados: Adilton, Márcio, Romário, Renê, Nael, Jardel, Bruno, Carlos Eduardo, Michel e Valdeci

Renê está de volta. O Ferroviário anunciou ontem a chegada do ex-meio campista do Floresta. Apesar de bastante identificado com o time da Vila Manoel Sátiro, o jogador teve boa parte de sua formação como atleta na Barra do Ceará e muita gente desconhece o fato. Durante dois anos, entre 2012 e 2014, Renê era destaque nas equipes Sub-17 e Sub-20 do Ferrão. Tudo começou em setembro de 2012, quando Ferroviário e Floresta se encontraram pelo Campeonato Cearense Sub-20, no CT que hoje pertence ao Ceará, em Itaitinga. O Floresta foi o único time que conseguiu derrotar o Ferrão naquela competição, numa tarde em que Renê, atuando pelo adversário, esbanjou talento e foi decisivo na inesperada derrota coral. A grande atuação do garoto de apenas 16 anos incompletos, chamou a atenção do treinador Gilson Maciel, que solicitou sua contratação. Dois dias depois, Renê se apresentou ao Ferroviário para ser integrado à categoria Sub-17 e continuar seu processo de formação no futebol, numa categoria de base bem gerida e recheada de bons valores como os laterais Everton e Lucas Mota, o meia Diego Viana, o zagueiro Cleylton, o meia Adilton, o volante Márcio, o atacante Damásio, o meia Valdeci, o zagueiro Túlio e o goleiro Eduardo, irmão do famoso goleiro Cássio, do Corinthians/SP.

Meio campista Renê, de chuteira laranja, após mais uma sessão de treinos na Barra do Ceará

Na Barra do Ceará, Renê viveu bons momentos, notadamente na temporada de 2013, quando mesmo com idade Sub-17, chegou a figurar em vários jogos do Estadual Sub-20. Com a permissão da legislação da época, investidores chegaram a aportar dinheiro no clube, tendo como contrapartida a garantia de um percentual dos direitos econômicos do atleta. Porém, o barco coral ficou à deriva a partir de 2014, quando aconteceu o rebaixamento da equipe profissional no Campeonato Cearense e uma grave crise política e financeira se estabeleceu no clube, acarretando em mais de quatro meses de salários atrasados, uma debandada geral dos principais atletas e prejuízo para os investidores. O Ferroviário acabou perdendo Renê exatamente para seu antigo clube. Desiludido com o ambiente na Barra, o atleta preferiu retornar para um novo Floresta, que passava por reestruturação e se preparava para integrar o futebol profissional. Atuando no time principal do Floresta entre 2017 e o começo desse ano, Renê fez quase 100 jogos e marcou 20 gols. Que 2022 possa ser um grande reencontro entre Renê e Ferroviário Atlético Clube.

REGISTRO DE UM FERRÃO QUE FAZIA A ESTREIA DO GOLEIRO UBIRAJARA

Ferroviário em jogo contra o Ceará no dia 16 de Maio de 1976 – Em pé: Pogito, Ubirajara, Arimatéia, Lúcio Sabiá, Pinto e Grilo; Agachados: Santos, Fernando Canguru, Lula, Danilo e Oliveira

A fotografia acima foi tirada no Castelão, antes de um clássico contra o Ceará pelo Campeonato Cearense de 1976. Era a estreia do goleiro Ubirajara, falecido no ano passado de Covid. Com a bagagem de uma boa passagem pelo América de Natal, o novo goleiro coral ficou menos tempo que o esperado em campo, pois se contundiu e teve que ser substituído pelo reserva Beto. O lateral esquerdo Grilo também saiu contundido e Ivanildo entrou em seu lugar. O treinador dessa equipe era o consagrado Vavá, que brilhou com a camisa da Seleção Brasileira enquanto jogador. O Ceará venceu o jogo por 1×0, gol de Marcos. Na equipe coral, nomes que passaram pouco tempo no elenco como o atacante Santos, ex-São Cristovão/RJ, e o também atacante Fernando Canguru, paraibano indicado pelo eterno ídolo Simplício, que o conhecia do Treze/PB. O zagueiro Pogito, que também atuava como lateral direito, chegou naquela temporada emprestado pelo Fluminense/RJ. O centroavante Lula era um dos destaques da equipe e terminara o Estadual do ano anterior como artilheiro da competição com 8 gols. Ex-atleta do Calouros do Ar, Lula chegou para o Ferrão em janeiro de 1974, quando o diretor Dirceu Pupe foi contratá-lo na cidade de Mossoró.

CINCO ADVERSÁRIOS INÉDITOS NO NOVO FORMATO DA SÉRIE C

As vinte equipes que se enfrentam entre si no novo formato da Série C do Campeonato Brasileiro

A fórmula da Série C de 2022 mudou. Antes, os vinte clubes eram divididos em dois grupos com dez equipes, que se enfrentavam em jogos de ida e volta na primeira fase do Campeonato Brasileiro. A partir desse ano, as equipes se enfrentam em jogos só de ida, todos contra todos. O Ferrão vai viajar Brasil afora e reencontrar antigos adversários como o Brasil de Pelotas, São José de Porto Alegre, Vitória/BA, ABC de Natal e Campinense/PB. Entretanto, cinco adversários realizarão jogos inéditos contra o Tubarão da Barra. Assim, o Ferrão enfrentará pela primeira vez na história as seguintes equipes: Botafogo de Ribeirão Preto, Aparecidense/GO, Figueirense/SC, Ypiranga/RS e Mirassol/SP. Além disso, o Ferroviário Atlético Clube terá também confrontos domésticos contra os cearenses Floresta e Atlético/CE.

DERROTA PARA O SÃO PAULO/SP NO ÚLTIMO MINUTO HÁ 40 ANOS

O vídeo acima é uma raridade de 40 anos atrás. O Ferrão recebia a forte equipe do São Paulo/SP em mais um jogo do Campeonato Brasileiro de 1982. O jogo entre as duas equipes levou 18.126 pagantes ao Castelão. Essa partida foi justamente a última vez que os dois se enfrentaram na história. O Tubarão da Barra fez 1×0 com o meia Vicente Cruz, no apagar das luzes do 1º tempo. Na etapa final, o Tricolor do Morumbi impôs seu ritmo com vários jogadores da Seleção Brasileira e conseguiu a virada com o centroavante Serginho, de pênalti, e um gol de falta no último minuto da partida, cobrada pelo lateral direito Getúlio. Treinado por José Oliveira, o Ferroviário atuou com Barbiroto, Paulo Maurício, Góes, Zé Carlos e Jorge Henrique; Augusto, Meinha e Vicente Cruz; Paulo César Cascavel (Carlos Brasília), Roberto Cearense e Almir (Doca). O São Paulo, do treinador Formiga, venceu com Valdir Peres, Getúlio, Oscar, Dario Pereira e Marinho Chagas; Almir, Everton e Renato; Paulo César (Heriberto), Serginho e Mário Sérgio. Após o jogo, muitas reclamações por parte da torcida coral contra o árbitro baiano Anivaldo Seixas Magalhães, pela marcação do pênalti que resultou no primeiro gol da equipe paulista. A narração de Léo Batista no programa ´Gols do Fantástico` aponta erroneamente o gol para Meinha, mas ele foi marcado por Vicente Cruz, um experiente meia oriundo do Aliança/SP. No time coral, o goleiro Barbiroto pertencia ao próprio São Paulo/SP e estava emprestado.