PARTICIPAÇÃO MAIS QUE HISTÓRICA DO FERRÃO NA COPA DO BRASIL

A participação do Ferrão na Copa do Brasil de 2018 já era considerada histórica desde quando o time coral passou pelo Sport/PE no episódio que ficará sempre conhecido como o ´Milagre da Ilha` dada as circunstâncias da partida. O Tubarão da Barra perdia por 3×0 e conseguiu o empate nos últimos 15 minutos de jogo, levando a decisão para os pênaltis e conquistando a vaga para a terceira fase da competição. Exatamente um mês depois, o Ferroviário avançou mais ainda na Copa do Brasil e venceu o Vila Nova/GO por 1×0 dentro do Serra Dourada em Goiânia, depois de uma pressão gigantesca do time da casa, apoiado por mais de 30 mil pessoas no estádio. O vídeo acima mostra os melhores momentos da partida, que diante da campanha épica coral pode perfeitamente ser chamada de ´Batalha do Serra Dourada`. Por que não?

Janeudo: dois gols nos jogos contra o Vila Nova

Coube ao meia Janeudo o papel de protagonista do feito coral naquele que foi o jogo de número 6.005 da história do clube. Ele, que já havia marcado no empate em 1×1 no primeiro jogo entre Ferrão e Vila Nova/GO no PV, voltou a repetir a dose e marcou o gol da vitória no Serra Dourada em cobrança de falta. O Ferrão segue adiante na Copa do Brasil, competição anualmente realizada pelo CBF desde o final da década de 80, mas que teve a participação coral apenas nas edições de 1989, 1995, 1996, 2004 e 2018. Apenas em 2004, o Tubarão da Barra havia conseguido chegar na segunda fase. Na atual temporada, o clube já garantiu a sua presença na quarta fase e espera seguir fazendo história, o que tem garantido uma ótima projeção nacional nos noticiários de TV pelo Brasil afora e um faturamento milionário nunca antes verificado nos 85 anos de história coral. Dá-lhe Ferrão!

ADVERSÁRIO INÉDITO PARA O JOGO 3.600 DA HISTÓRIA DO FERROVIÁRIO

Ferroviário alcança essa marca na noite de hoje em confronto inédito contra o Vila Nova de Goiás

O Ferroviário Atlético Clube entra em campo hoje à noite para fazer novamente história! Depois de quase 85 anos depois de fundado, o time coral fará a partida de número 3.600 em toda sua existência e com um adversário mais que especial já que pela primeira vez em todas as décadas já vividas, o Ferrão enfrenta o Vila Nova/GO. Além do ineditismo do adversário, o confronto traz outro detalhe inédito no caminho do Tubarão da Barra: o jogo é válido pela terceira fase da Copa do Brasil. É a primeira vez que o clube coral alcança esse estágio da competição. O primeiro jogo é Fortaleza e a partida de volta acontecerá no dia 15 de março em Goiânia, cidade na qual o Ferrão já atuou em duas oportunidades: 1989 e 1996, ambas pela Copa do Brasil, só que contra o Goiás/GO, adversário tradicional do Vila Nova no futebol goiano.

GOLEIRO WENDELL FOI MAIS UM FAMOSO A DEFENDER O FERRÃO

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Goleiro Wendell no Ferroviário

Quando lembram de um ex-goleiro do Ferroviário que jogou na Seleção Brasileira quase todos trazem à mente o nome de Ado em 1980. Poucos recordam que 6 anos depois, no campeonato cearense de 1986, o time coral contou com outro grande goleiro anteriormente convocado para o escrete nacional. Trata-se de Wendell Lucena Ramalho, pernambucano de nascimento, que antes de desembarcar na Barra do Ceará havia vestido as camisas do Santa Cruz/PE, Botafogo/RJ, Fluminense e Guarani/SP. Wendell ficou de abril a agosto naquela temporada, mas jogou apenas em 3 jogos como titular, sendo 1 amistoso contra o Agapito dos Santos no Elzir Cabral e 2 jogos oficiais contra Quixadá e Guarani de Juazeiro, ambos fora de casa. Experiente e em final de carreira, o goleiro acabou sendo utilizado como técnico do Ferrão após a demissão do treinador Moésio Gomes, comandando a equipe em 2 partidas, uma delas conquistando uma vitória memorável em julho daquele ano em cima do Ceará, por 4×3, exatamente o time que viria a ser campeão no mês seguinte com Everaldo, Djalma, Amilton Rocha, Rubens Feijão, Gerson Sodré, Petróleo e companhia.

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Wendell no Maracanã pelo Fluminense/RJ

As convocações de Wendell para a Seleção Brasileira aconteceram em meados da década de 70, quando vestia as camisas do Botafogo e do Fluminense. Chegou a disputar 7 partidas pela canarinha e por muito pouco não foi o titular na Copa do Mundo na Alemanha, em 1974, quando uma lesão o impossibilitou de jogar a competição. Antes de ser contratado pelo Ferroviário, o ex-goleiro estava no Vila Nova/GO. O Ferrão foi o último clube de Wendell como goleiro profissional. Depois, virou treinador de goleiros e corrigiu o curso da história chegando novamente à Seleção Brasileira e participando da Copa do Mundo, novamente na Alemanha, em 2006, na comissão técnica de Carlos Alberto Parreira. Hoje, Wendell mora em São Lourenço do Oeste, no interior de Santa Catarina. O goleiro Wendell foi um dos nomes mais famosos do futebol brasileiro a defender a camisa coral.