ATACANTE FOGUINHO ESTREAVA COM GOL HÁ 33 ANOS NO CASTELÃO

Há 33 anos, num domingo, dia 31 de Julho de 1983, Ferroviário e Ceará fizeram mais um grande jogo na história do futebol cearense. Após abrir 2×0 no placar logo aos 18 minutos iniciais, o time alvinegro não suportou o ímpeto do arrasador ataque coral e cedeu o empate ainda no primeiro tempo. Era o primeiro jogo oficial do ponta Foguinho com a camisa coral, ele que havia sido contratado recentemente junto ao Mixto de Cuiabá. Foi ele o autor do primeiro gol do Ferrão, que teve ainda uma grande arrancada do goleador implacável Jorge Veras na jogada que definiu o belo gol de empate. Tempo bom de um Ferroviário dirigido pelo experiente Lula, ex-ponta esquerda do Internacional/RS e do Fluminense/RJ. O blog apresenta acima os gols do jogo na narração de Fernando Vannucci, apresentador do semanário ´Gols do Fantástico`. Repare nas redes amarelas das traves do antigo estádio Castelão, elas que certamente marcaram época.

Foguinho e Jorge Veras marcaram

Foi o jogo 1.965 da história coral, com 13.363 pagantes. Joaquim Gregório foi o árbitro e o Tubarão da Barra formou com Giordano, Laércio, Paulo Alves, Nilo e Luisinho; Doca, Carioca e Betinho; Foguinho (Edson), Chicão (Zé Luís) e Jorge Veras. Era também a estreia oficial do atacante Zé Luís, ex-Ceará. Treinado por Moésio Gomes, o alvinegro jogou com Paulo Goulart, Everaldo, Djalma, Eraldo e Valdemir; Jorge Luís (Alves), Aloisio Guerreiro e Jacinto (Vicente Cruz); Katinha, Marciano e Zezé. Observe o adversário com os ex-corais Jorge Luís, Jacinto e Vicente Cruz, e ainda com o goleiro Paulo Goulart e o ponta Zezé, titulares no título de campeão carioca do Fluminense/RJ menos de 3 anos antes. A partida teve de tudo, inclusive uma falta de energia no segundo tempo que deixou o jogo encerrado mais cedo do que deveria. Jogo histórico, há 33 anos.

DESCOBRIMOS POR ONDE ANDA O EX-PONTA DIREITA CARDOSINHO

Ex-atacante Cardosinho, que atuou no Ferrão entre 84 e 87, mora há quase trinta anos na Europa

Seu nome de batismo é Francisco Nascimento Macedo, mas foi com o nome de Cardosinho que ele fez a alegria das torcidas do Moto Clube/MA e do Ferrão. Maranhense nascido em 17/12/1960, atuava como ponta, uma das posições infelizmente extintas no futebol moderno. Jogava tanto pelo lado direito, como pelo esquerdo. Foram 112 jogos com a camisa coral no total, entre 1984 e 1987, com 26 gols marcados. Estreou no Tubarão da Barra num amistoso contra a Seleção de Mucuri, disputado no estadinho do Terra e Mar, em 15/4/1984. No dia 7/8/1987, despediu-se do Ferrão na derrota por 3×2 para o Fortaleza, no Castelão, uma sexta à noite que marcou a desclassificação coral no campeonato estadual daquela temporada. No ano seguinte, Cardosinho atravessou o Atlântico e foi jogar em Portugal. Nunca mais voltou. Parou como profissional faz tempo, mas até 2012 disputava regularmente o campeonato português amador para homens acima de 50 anos de idade. E já se vão quase três décadas na Europa.

Cardosinho em 1987

A partir de 2013, Cardosinho passou a viver uma nova experiência em sua vida profissional. Deixou Portugal, onde fixou residência, e foi trabalhar numa das regiões mais bonitas do velho continente, exatamente na região dos alpes franceses, onde sinal de Internet é coisa rara e complica bastante o contato com os familiares. Como hábito, não deixa a bola de lado, e quatro vezes por semana joga futebol com os colegas de trabalho na França. O ex-atacante coral tem um filho que há alguns anos busca a carreira do pai. Seu nome é Diego Macedo, ex-jogador do Braga de Portugal e que recentemente disputou a divisão de honra do futebol Francês pelo St-Leu D’esserent. Atualmente, faz estágio para se profissionalizar no Chambly F.C, também da França. Boa sorte pro filho! O pai, Cardosinho, já teve lances postados da temporada de 1987 aqui no blog, mas vale a pena repetir abaixo como homenagem o gol de falta que ele marcou no campeonato cearense de 1985, numa vitória de 1×0 em cima do Fortaleza. Já disponibilizamos também o áudio com um gol olímpico que ele marcou contra o mesmo adversário, em outra partida daquela competição, além de entrevistas de vestiário com a participação de Cardosinho diretamente do túnel do tempo. Vale a pena recordar cada uma dessas matérias antigas e compreender ainda mais o objetivo do Almanaque do Ferrão, que é o de não deixar, acima de tudo, que nomes como o de Cardosinho caiam no esquecimento da memória coral.

A LENDA CRIADA E A VERDADE SOBRE ´PERU, REDONDO E CACETÃO´

Disco de 1975 trazia a piada sobre o pretenso trio

A dúvida que mais chega ao Almanaque do Ferrão é sobre a real existência do trio de jogadores corais ´Peru, Redondo e Cacetão` há muitos anos atrás. Chico Anysio, o mestre brasileiro do humor, nascido no Ceará, desde que mudou-se para o sudeste do país em busca da fama e do sucesso artístico, sempre falava em seus shows e gravações lançadas sobre esse pretenso trio do Ferroviário. Em 2008, no extinto programa ´Pontapé Inicial´ da ESPN Brasil, ele declarou: “Quando eu era adolescente, essa foi uma linha real de ataque, e muito famosa, do Ferroviário, que é o meu time no Ceará“. A partir dali, quase no fim de sua vida, o Brasil inteiro, que há décadas sabia da fama de ´Peru, Redondo e Cacetão`, tomou conhecimento que Chico Anysio torcia Ferroviário, algo inédito em termos de revelação pública até então. Mas, e ai? Existiu mesmo esse trio? Antes da resposta, escute abaixo a famosa piada contada pelo rei do humor nos anos 70.

A resposta é não. As mais de duas décadas de pesquisas que resultaram na publicação do Almanaque do Ferrão revelaram que “Peru, Redondo e Cacetão” nunca foram nomes que vestiram a camisa coral em toda a sua história. O próprio fundador do clube, Valdemar Caracas, revelou certa vez às pesquisas o seguinte: “Fazia parte da verve pitoresca no nosso conterrâneo Chico Anysio. Fundei o clube e lembro de todos os nomes mais curiosos da nossa equipe como Galo Duro, Munt, Zimba, Puxa Faca, Pepê, Pirão e até o Izaquiel, que um dia eu multei porque perdeu um pênalti“, disse. Apesar de nunca terem jogado no Ferroviário, esses nomes existiram como jogadores de outras equipes. Cacetão, por exemplo, foi um grande jogador no Paysandu/PA. De toda forma, o Ferrão agradece a simbologia que até hoje é contada nos stand-ups de comédia pelos seguidores de Chico Anysio. Este, gênio e eterno por natureza, viverá para sempre na memória nacional. Em 2012, pouco depois de sua morte, ganhou até música composta por Virgílio César, um autêntico torcedor do Ferrão.  Escutem a música em sua homenagem e viva “Peru, Redondo e Cacetão” mesmo sem nunca terem existido.

NARRAÇÃO DOS GOLS DO FERRÃO NO 4X3 CONTRA O CEARÁ HÁ 30 ANOS

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Wendell: técnico coral no 4×3

O acervo do Almanaque do Ferrão resgata mais uma raridade exatamente de 30 anos atrás. Disponibilizamos abaixo o áudio dos 4 gols do time coral na vitória surpreendente em cima do Ceará, por 4×3, em 27 de julho de 1986, na reta final do campeonato cearense. Oportunidade para ouvir a narração de Vilar Marques e Júlio Sales na equipe esportiva da extinta Rádio Uirapuru de Fortaleza. De quebra, a participação sensata em um dos lances do eterno craque coral Amilton Melo, que integrou por vários anos a imprensa cearense como comentarista depois que pendurou as chuteiras. Chance também para ouvir lances maravilhosos saídos dos autores dos gols Jaiminho, Luizinho das Arábias, Denô, Edinho e ainda um desabafo de felicidade no vestiário coral por parte do famoso ex-goleiro Wendell, que veio para ser o camisa Nº 1 do Ferroviário Atlético Clube no campeonato cearense, mas acabou como treinador da equipe nos últimos jogos.

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Experiente Edinho fez seu gol

A vitória foi totalmente surpreendente porque o Ferrão não aspirava mais chances na competição. Duas semanas depois, o Ceará sagrava-se campeão estadual com uma das maiores formações de sua história, formada por nomes como Rubens Feijão, Petróleo, Everaldo, entre outros. Foi o jogo 2.130 da história coral, que teve Leandro Serpa na arbitragem e o Ferroviário formando com o futebol de Serginho, Alexandre, Nilo, Léo e Vassil (Edson); Zé Alberto, Alex, Denô (Lupercínio) e Jaiminho; Edinho e Luizinho das Arábias. Preste atenção na escalação do Ceará: Salvino, Everaldo, Djalma, Argeu e Milton Lima (Bezerra); Serginho, Lira e Rubens Feijão; Amilton Rocha, Petróleo (Gerson Sodré) e Bebeto. Desses, Everaldo, Djalma, Argeu, Lira, Amilton Rocha e Bebeto jogaram no Ferrão em temporadas seguintes. Escute e volte 30 anos no tempo.

TEM CAMPEÃO CEARENSE SENTADO NA MESA DA RESENHA ESPORTIVA

Boteco do Arlindo foi o local escolhido para um bate-papo com o capitão do título cearense de 1988

Foto histórica em julho de 2011. Registro de uma boa resenha regada a muitas risadas e memórias contadas sobre o título estadual do Ferrão de 1988. O Boteco do Arlindo, tradicional bar cearense localizado no Bairro de Fátima, foi o ponto do encontro, que teve a presença do capitão daquela conquista, o ex-lateral esquerdo Marcelo Veiga, em companhia de figuras ilustres como o vereador Evaldo Lima, o jornalista esportivo Arthur Ferraz e Joel Cornelli, então treinador do Ferroviário na ocasião. Noite em que o DJ do local, torcedor do Ferroviário desde o campeonato de 1988, perdeu a voz ao se encontrar inesperadamente com seu ídolo da adolescência. Exatos cinco anos atrás.

MATÉRIA DA TV GOIANA SOBRE ESTREIA CORAL NA COPA DO BRASIL

O Almanaque do Ferrão conseguiu recuperar mais um material raro da história coral. Trata-se da reportagem da emissora afiliada da Rede Globo de Televisão em Goiânia, por ocasião da estreia do Ferroviário na Copa do Brasil, em julho de 1989, contra o Goiás. Confira acima, na cobertura do repórter César Resende, as entrevistas do goleiro Barbiroto e do treinador Vanderley Paiva, na véspera da partida realizada no estádio Serra Dourada, no dia 19. O Goiás venceu por 1×0 na capital goiana e por 3×1 no jogo de volta, dia 22, em Fortaleza, despachando o time coral logo na primeira fase da competição, que estava sendo disputada pela primeira vez no futebol brasileiro. Ainda no vídeo acima, você confere o gol do lateral direito Caetano no estádio Presidente Vargas.

Mardônio atuou nos 2 jogos

A estreia do Ferrão na Copa do Brasil foi transmitida ao vivo pela TV Verdes Mares na noite do dia 19. O radialista Tom Barros foi o responsável pela narração da partida, que contou com vários problemas técnicos de áudio e imagem durante a transmissão. Além disso, em alguns bairros de Fortaleza, faltou energia durante o primeiro tempo do jogo. O Ferrão jogou com Barbiroto, Silmar (Caetano), Arimateia, Juarez e Marcelo Veiga; Gerson, Lira e Jacinto; Mardônio (Zé Carlos Paranaense), Cacau e Edelvan. O Goiás, do famoso técnico Carlos Gainete venceu com Eduardo, Wallace Carioca, Gomes, Boni e Jorge Batata; Wallace Goiano, Fagundes e Péricles; Formiga, Wanderson e Josué. O centroavante Wanderson marcou o único gol do primeiro jogo. Por sua vez, no sábado à tarde, dia 22, nova vitória do time goiano por 3×1, dessa vez com gols de Wanderson, Niltinho e Wallace Carioca, o Ferrão formou com Barbiroto, Silmar, Arimateia, Djalma e Marcelo Veiga; Juarez, Alves e Jacinto; Mardônio (Caetano), Cacau e Edelvan. O Goiás formou com Eduardo, Wallace Carioca, Gomes, Boni e Jorge Batata; Fagundes, Péricles e Josué; Formiga (Richard), Wanderson (Niltinho) e Wallace Goiano. O público em Fortaleza foi de 2.202 pagantes. Até hoje, o Ferroviário realizou apenas 9 partidas no total pela Copa do Brasil.

EX-ATACANTE CORAL QUE MORA NA FRANÇA PASSA FÉRIAS NO BRASIL

Paulo César Cascavel, ex-jogador do Ferrão entre 1981 e 1983, ontem na cidade de Natal/RN

Ele foi destaque aqui no blog na seção ´Por Onde Anda` no ano passado. O ex-atacante Paulo César Cascavel, que passou pelo Ferrão na fase áurea de campeonatos nacionais no início da década de 1980, está de volta ao nordeste do Brasil. Ele passa férias na cidade de Natal, local onde também atuou profissionalmente como jogador do América/RN. Residindo na França há muitos anos, ele aproveitou pra mandar uma mensagem pra torcida coral via Almanaque do Ferrão: “Estou no Brasil atualmente passando férias em Natal, voltaremos para à França no dia 06 de agosto. Tenho ótimas recordações de Fortaleza onde passei quase 4 anos no Ferroviário com momentos inesquecíveis“. Paulo César Cascavel marcou 34 gols em 120 partidas pelo time coral.

GOLEADA HISTÓRICA EM CIMA DO CEARÁ NA TEMPORADA DE 1953

Ferroviário Atlético Clube em 19 de Julho de 1953: massacre em cima do Ceará no PV

No dia 19 de Julho de 1953, há 63 anos portanto, o Ferroviário goleava o Ceará por 4×0 em partida válida pelo 1º turno do campeonato cearense daquele ano. Com a arbitragem de José Nogueira Filho, a partida recebeu um público excelente nas dependências do antigo Presidente Vargas, ainda de arquibancadas baixas. A vitória foi algo bastante comemorado entre os jogadores e torcedores corais porque o placar de 4×0, a favor do Ferrão, só havia se repetido até então duas únicas vezes, em 1947, numa partida oficial, e em 1950, em amistoso. Só a vitória interessava para as duas equipes e o Ferroviário levou a melhor de lavada. Vencia por 2×0 até os 41 minutos finais e conseguiu ampliar o marcador no restante da partida. Uma tarde mágica, sem dúvida, na história coral.

Treinador lendário: Babá

O Ferroviário massacrou o Ceará com o futebol de Juju, Manoelzinho e Coimbra; Nozinho, Zé Maria e Jaime; Nirtô, Vicente Trajano, Macaco, Fernando e Antoni. O alvinegro passou vergonha com Ivan, Paulo e Newton; Didi, Damasceno e Ramos; Pacatuba, Pipiu, Augusto, Ursulino e Liminha. Os gols foram marcados por Antoni, duas vezes, Nirtô e um gol contra do zagueiro Paulo. Foi apenas a partida 416 de toda a história coral. O treinador era Sebastião Medeiros de Brito, o conhecido Babá, ex-defensor vitorioso do próprio Ferroviário na década de 1940 e, até hoje, o técnico recordista em número de jogos pelo time coral. Foram simplesmente 203 jogos comandando o Tubarão da Barra à beira do campo. Lendário sob todos os aspectos.

FOTO DO FERROVIÁRIO EM 1975 NO ESTÁDIO MUNICIPAL DE QUIXADÁ

Ferroviário Atlético Clube em agosto de 1975 – Em pé: Paulo Tavares, Vicente, Lúcio Sabiá, Pedrinho, Arimateia e Eldo; Agachados: Danilo, Oliveira, Lula, Aucélio e Jeová

Eis o Ferroviário perfilado para um amistoso contra o Quixadá em 1975. A partida foi no estádio municipal da cidade, denominado à época de Luciano Queiroz. Aliás, deve ser no mundo inteiro o estádio que mais mudou de nome ao longo das décadas. Perceba na foto a presença do bigodudo fisicultor Wilson Couto, que também foi técnico do Ferrão. Ainda, nomes como o lateral direito Paulo Tavares, ex-Ceará, o saudoso Oliveira, que posteriormente transformou-se em supervisor e também treinador coral, além de nomes importantes da base do clube como Danilo Baratinha, Aucélio e Jeová. Nota-se também a presença do potiguar Lula, artilheiro do campeonato cearense daquele ano, bem como do veterano lateral esquerdo Eldo, remanescente da equipe campeã estadual de 1970. O Quixadá venceu o amistoso por 1×0. Ferrão vivia uma gravíssima crise financeira.

COMO A VIDA SEGUIU PARA O ELENCO CORAL DA TEMPORADA DE 2013

Fernando Junior, Kleyton, Cleylton, Anderson Borges, Lima, Giancarlo e Caíque; Foguinho, Maico Motta, Tinga, Everton, Sami, Luisinho, Leandro Sobral, Romário, Bruno e Márcio.

O time do Ferroviário em 2013 foi certamente o último a dar alguma alegria à torcida coral na primeira divisão do campeonato cearense. Por muito pouco a equipe coral não conseguiu uma vaga para a Copa do Brasil ao brilhar no 1º turno da competição mesmo com a menor folha de pagamento entre todos os participantes, mas tendo que amargar uma queda brusca de produção no 2º turno em razão de uma série de situações, entre elas a perda de foco de alguns atletas, a saída do treinador Gilson Maciel e o elenco reduzido de opções, formado basicamente por uma equipe Sub-20, em razão de uma política orçamentária seguida à risca com limites e restrições. Daquele elenco, alguns já pararam até de jogar futebol, outros estão bem em plena atividade, inclusive atuando no futebol do exterior. Você lembra da escalação do time base naquele início de temporada? Fernando Junior, Everton, Cleylton, Lima e Tinga; Vágno Pereira, Foguinho, Leandro Sobral e Kleyton; Ted e Giancarlo. Por onde andam os principais atletas daquele elenco?

Goleiro Fernando Júnior hoje defende o Benfica Luanda no campeonato angolano de futebol

Depois de uma passagem pelo Boa Esporte/MG no ano passado, o goleiro Fernando Júnior hoje é titular do Benfica Luanda, uma das principais equipes do campeonato angolano – o famoso Girabola – que está em plena disputa. Morar em Angola é mais uma experiência na carreira do ex-arqueiro coral, que está atualmente com 26 anos. Por outro lado, alguns atletas daquele elenco já penduraram as chuteiras. O lateral esquerdo Tinga, ex-Cruzeiro/RS, se aposentou há dois anos, assim como o meia Maico Motta, que mesmo jovem, preferiu trocar o futebol e apostar na carreira de educador físico.

Kleyton no futebol inglês

Tem até jogador daquele elenco que hoje atua no futebol inglês, é mole? Seguindo os passos do desbravador Mirandinha, cria coral, que abriu as portas do futebol  britânico para o jogador brasileiro em 1987, o meia gaúcho Kleyton está atualmente na pré-temporada do Whitehawk, da segunda divisão da Inglaterra, morando na bela cidade costeira de Brighton. Já o meio campista Leandro Sobral, um dos destaques daquela equipe de 2013, sagrou-se campeão paraibano recentemente pelo Campinense/PB e disputa atualmente a Série D do campeonato brasileiro. Outro que joga a mesma competição é o ex-zagueiro coral Cleylton, adquirido por 120 mil reais pelo Grêmio/RS no final daquela temporada, e que hoje defende as cores do São Paulo/RS.

Everton hoje é titular do América de Natal

Quem está bem em sua nova equipe é o lateral direito Everton, escolhido o melhor da posição no campeonato cearense de 2013. Depois de se destacar recentemente no Guarani de Juazeiro, onde foi eleito novamente o melhor do Estadual, o atleta acertou contrato com o América de Natal, onde é titular desde o mês de maio e disputa atualmente o campeonato brasileiro da Série C. Por outro lado, o goleiro reserva Caíque largou o futebol profissional e trabalha atualmente com Futsal, tento passado inclusive uma período disputando competições na França. Os zagueiros Lima e Anderson Borges, crias da base coral, também penduraram as chuteiras diante da incerteza que é a profissão de jogador de futebol no Brasil, com cada vez menos clubes em atividade por longos períodos durante a temporada, talvez a maior aberração de um futebol falido, envolto à escândalos, que consegue perder por 7×1 em partida de Copa do Mundo.

Zagueiro Cleylton no São Paulo gaúcho

O artilheiro Giancarlo é outro que sofre com a limitação de times em atividade. Ele esteve, esse ano, no Glória de Vacaria, onde disputou o campeonato gaúcho, porém retornou para sua cidade no Mato Grosso do Sul a espera de novos convites. Seu companheiro de ataque, o maranhense Ted, chegou a vestir a camisa do Remo/PA. Por outro lado, o meia Sami, que atuou várias partidas em 2013, esteve ano passado no Flamengo do Piauí, e recentemente disputou o campeonato carioca da segunda divisão pelo Itaboraí/RJ, que certamente conseguiria o acesso para a divisão de elite, porém o campeonato caiu nas barras da justiça em razão de eventuais combinações de resultados envolvendo o Americano/RJ. Alguma semelhança com a Série B cearense? O volante Foguinho defende atualmente o Aparecidense/GO na Série D brasileira, já o baixinho Vágno Pereira retornou para o interior do Maranhão. As crias corais Márcio e Luisinho esperam clube para continuar suas carreiras. Por sua vez, o atacante reserva Romário cansou de esperar e largou o futebol. Lembra do atacante Índio, contratado na reta final do campeonato cearense de 2013 e que marcou um golaço no jogo contra o Tiradentes, em Horizonte? Ele defendeu recentemente o Costa Rica/MS, na primeira divisão do futebol do Mato Grosso do Sul. Basicamente, eis o destino dos principais atletas naquele ano. E a vida continua seguindo para todos daquele bom time.