JOGADORES LENDÁRIOS EM RESGATE DE FOTO TIRADA HÁ 54 ANOS

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Formação do Ferroviário que derrotou o Usina Ceará por 4×2 no dia 28 de maio de 1961

Resgatamos hoje uma foto histórica com mais de 50 anos de existência, de 28 de maio de 1961, no PV, tirada antes de uma partida do Ferroviário Atlético Clube contra o Usina Ceará. Nela, vê-se jogadores lendários do clube como Aldo, Damasceno, Garrincha, Edilson Araújo e Wellington, além do atacante Kitt, que se formou em odontologia depois que pendurou as chuteiras. Naquela temporada, o clube já amargava um jejum de 9 anos sem conquistar o título de campeão cearense e tinha Isidoro Pessoa na presidência coral. Detalhe para o padrão diferente do uniforme do Ferrão, com as tradicionais listras colocadas apenas na manga das camisas, a presença do goleiro paraibano Augusto, ex-Náutico/PE, que defendeu o clube em apenas 37 partidas, e o anúncio da loja de material esportivo `O Crack` com a escalação do time. Diretamente dos alfarrábios do Almanaque do Ferrão.

EX-CAPITÃO É TRICAMPEÃO DO CONCURSO COMIDA DI BUTECO

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Solimar Rossini, sua esposa Silvana e grande equipe: tricampeões do Comida di Buteco

O que fazer quando pendurar as chuteiras é sempre um grande dilema para os jogadores de futebol. Não foi diferente com o volante Solimar Rossini, capitão do Ferroviário que foi vice-campeão cearense em 1998. Longe dos gramados, tentou a vida no ramo de confecções e depois teve a ideia de colocar um estabelecimento de comida de raiz. Agora, segue colecionando outros tipos de títulos. Pelo terceiro ano consecutivo, seu restaurante ´Tronco do Gaúcho` faturou o nacionalmente conhecido prêmio ´Comida di Buteco`. O anúncio foi feito no último dia 25 em cerimônia realizada no restaurante Estoril, no bucólico bairro da Praia de Iracema, em Fortaleza. Sempre educados e solícitos, Solimar e sua equipe estão de parabéns!

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Solimar no Ferroviário vice-campeão em 1998

O gaúcho Solimar chegou em 1996 para o futebol cearense. Depois de passagens vitoriosas por Ceará e Fortaleza, assinou contrato com o Ferroviário em 1998 e foi um dos principais atletas do elenco vice-campeão cearense, ao lado de nomes como Rômulo e Marquinhos Pernambuco, atacantes da equipe treinada no período por Argeu dos Santos. Experiente e líder nato, Solimar era o capitão do time e desempenhou papel preponderante para o bom desempenho do Ferroviário no certame estadual, fazendo 27 partidas na temporada entre jogos oficiais e amistosos. Dois anos depois, voltou a Barra do Ceará para o campeonato cearense de 2000 e ficou apenas 9 partidas, pois pediu rescisão de contrato ao perceber um ambiente deteriorado pela má gestão e inapropriado para um time de futebol, que culminou com o Tubarão da Barra se salvando do rebaixamento apenas na última partida do campeonato contra o Crato.

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Solimar é premiado no concurso Comida di Buteco

Mesmo distante dos gramados há mais de uma década, Solimar ainda respira futebol. O `Tronco do Gaúcho` é frequentado por profissionais da área, jornalistas, desportistas e torcedores de todos os times. Entre 2012 e 2013, Solimar acompanhou de perto e foi um dos principais incentivadores do projeto que tentou reestruturar o Ferroviário naquela oportunidade, indo inclusive sempre aos jogos torcer pela equipe e pelos profissionais que trabalhavam no clube. Agora, em 2015, o ex-capitão coral ostenta seu tricampeonato na gastronomia para alegria de seus amigos e degustadores da boa e tradicional comida de raiz.

NUNCA É TARDE PARA REVERENCIAR SIMPLÍCIO, O CANHÃO DA BARRA

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Foto recente do ex-jogador Simplício em sua residência na cidade de João Pessoa/PB

Ele foi um dos jogadores mais cultuados na história do Ferroviário. Até hoje seu nome é citado nas arquibancadas, não apenas por torcedores corais, mas também por desportistas de outras equipes que o viram em ação entre 1969 e 1974, período em que entrou em campo 181 vezes com a camisa do Ferrão. Foram 60 gols no total, o que o credencia como o 12º maior artilheiro do clube. Estamos falando de Simplício, o inesquecível ´Canhão da Barra´, graças a seus chutes fortes que chegavam a alcançar 170 km/h. Ao lado de Amilton Melo, Edmar, Paulo Velozo e Coca Cola, ele foi um dos bons nomes no título estadual de 1970, ano em que o Ferroviário montou um dos melhores times em todos os tempos do futebol alencarino.

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No Ferrão em 1970

Simplício começou a se destacar no Campinense/PB, onde foi hexacampeão paraibano nos anos 60. Tinha como principal característica o posicionamento, o bom passe e a garra, condições essenciais para um grande volante. Começou a ser comparado com o craque brasileiro Rivelino – pelo bigode e em razão do chute forte – ainda na Paraíba, antes mesmo de se transferir para o Botafogo/PB, onde foi bicampeão estadual. Se transferiu para o Ferroviário aos 22 anos de idade, fazendo seu primeiro jogo pelo time coral no dia 15/11/69 num amistoso contra o América/CE, no Elzir Cabral, e já conquistando mais um título estadual pra coleção na temporada seguinte. Suas cobranças de pênaltis eram temidas pelos goleiros adversários e tinha o respeito de vários treinadores que passaram pelo Ferrão, entre eles Fernando Cônsul, Gradim e Alexandre Nepomuceno.

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Simplício: o terceiro agachado em 1972

No campeonato cearense de 1974, Simplício mudou de time e chegou a enfrentar o Ferroviário, defendendo a camisa do Maguary. Aos 27 anos, aquela foi sua última temporada como jogador de futebol, pois retornou para Campina Grande onde anos depois concluiu o curso de Processamento de Dados na Universidade Federal. Em 2013, vibrou bastante com o título de campeão do nordeste conquistado pelo Campinense. Hoje com 67 anos de idade, reside em João Pessoa e é aposentado pela própria universidade. Mais de 40 anos depois de deixar o Ferroviário Atlético Clube, Simplício continua na memória de quem o viu em ação e estará sempre nas páginas principais da história coral, merecendo hoje o destaque do Almanaque do Ferrão.

RESGATAMOS EM VÍDEO OS GOLS DE UMA VITÓRIA NO BRASILEIRO DE 1987

O Almanaque do Ferrão faz uma viagem histórica até o dia 21 de outubro de 1987 e recorda uma vitória coral em cima do Sampaio Corrêa/MA, uma das equipes mais tradicionais do futebol nordestino. O jogo valeu pelo campeonato brasileiro e foi realizado no PV. Sob o comando de Erandy Pereira Montenegro, o Tubarão da Barra conseguia sua segunda vitória na competição com gols do ponta Mardônio, do meia Mardoni e do atacante Marcos Duque. O time maranhense descontou com Dias Pereira, que vestiria a camisa coral dois anos depois. Reveja os gols do Ferrão no vídeo acima em imagens especialmente resgatadas para o blog.

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Mardônio: destaque em 1987

O Ferroviário formou naquela noite com Wálter, Laércio, Arimatéia, Kléber e Edson; Zé Alberto, Narcélio (Osmar), Mardoni e Wiltinho (Adalberto); Mardônio e Marcos Duque. Destaque para a grande fase vivida pelo ponta direita Mardônio, cria das categorias de base, que fazia ótimas apresentações naquela temporada. Dirigido por Milton Buzetto, o Sampaio Corrêa perdeu com Jorge, Luís Carlos, Maurício, Ademilton e Beato (Serginho); Zé Carlos, Meinha (Reginaldo) e Dias Pereira; China, César e Marco Antônio. Além da famosa ´Bolívia Querida´, estavam ainda na chave coral o Maranhão/MA e o Serrano/BA. Depois de conseguir sua classificação no grupo, o time coral caiu na segunda fase da competição no mata-mata com o América/RN.

FILHO HOMENAGEIA PAI COM PRESENÇA DE EX-JOGADORES

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Cícero na noite que fez história

Hermano Custódio, torcedor há vários anos do Ferroviário Atlético Clube, comemorou seus 70 anos de idade no último sábado com a presença de inúmeros familiares e amigos. A bela festa aconteceu na nova sede da AABB em Fortaleza, localizada na Av. Barão de Studart, uma das áreas mais conhecidas da cidade, com direito até a partida de futebol entre os presentes. Num clima de alegria e muita descontração, a surpresa principal ficou por conta da presença de três ilustres ex-jogadores do Ferroviário, convidados especialmente pelo filho do aniversariante com o objetivo de prestar uma homenagem ao pai: o ex-zagueiro Celso Gavião, o ex-goleiro Cícero Capacete e o ex-atacante Sérgio Alves.

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Celso: ídolo da garotada em 79

Celso e Cícero foram duas peças importantíssimas no título estadual de 1979, especialmente na noite de 12 de setembro daquele ano, quando Cícero fechou o gol e foi talvez responsável pela maior apresentação individual de um goleiro em toda história do futebol cearense, garantindo com defesas milagrosas uma vitória em cima do Ceará por 1×0, gol exatamente saído dos pés de Celso Gavião, que naquela oportunidade estava atuando de volante. Muita gente lembra dessa partida como a que definiu o campeonato em favor do Ferrão, embora o jogo do título tenha sido 4 dias depois contra o Fortaleza. Certamente não foi diferente com Hermano Custódio, que agora 36 anos depois, teve o privilégio de contar com dois dos artífices daquela memorável conquista que tirou o penta campeonato do Ceará. Em termos de números, Celso Gavião fez 122 partidas com a camisa coral, marcando 32 gols, o que o qualifica como o maior zagueiro-artilheiro da história do clube. Já Cícero atuou em 34 jogos e, apesar de ter jogado vários anos no Fortaleza, era oriundo do América/RN quando foi contratado pelo Ferroviário.

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Sérgio Alves: 12 gols no Ferrão

Sérgio Alves também foi convidado para a festa e se fez presente. Mesmo considerado um dos maiores ídolos do Ceará,  time pelo qual torce o filho do aniversariante, Sérgio Alves teve uma passagem digna no Ferroviário três anos antes de encerrar sua carreira. Foram 28 jogos e 12 gols marcados com a camisa coral, inclusive um deles em cima do próprio Ceará, em jogo válido pelo campeonato cearense de 2007. Depois que penduraram as chuteiras, apenas Cícero não voltou a trabalhar na Barra. Celso e Sérgio atuaram ainda como técnico do clube em 1992 e 2013 respectivamente. Os três foram de grande gentileza para com o aniversariante e seu filho alvinegro, razão pela qual merecem o destaque do Almanaque do Ferrão.

QUANDO O TIME JÚNIOR DO FERRÃO GANHOU O ESTADUAL DE 1977

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Juniores do Ferroviário entram em campo no inacabado Castelão com Mirandinha de camisa 9

O atacante Mirandinha foi o primeiro jogador brasileiro a jogar no futebol da Inglaterra. Depois de uma ótima passagem pelo Palmeiras/SP, o cearense nascido Francisco Ernandi Lima da Silva foi defender o Newcastle, em 1987. Dez anos antes, ele foi campeão estadual nos juniores do Ferroviário, que tinha Nojosa como treinador. A foto acima é um registro da entrada do jovem time coral no inacabado Castelão, numa época que os juniores esfriavam o sol na preliminar dos jogos profissionais. Esse time venceu o Ceará na grande final da categoria por 3×2, no PV, no dia 6/10/1977, com o gol do título saindo dos pés do lateral Jorge Henrique, aos 44 minutos do 2º tempo, batendo um pênalti cometido em cima exatamente de Mirandinha, escolhido o melhor jogador da partida.

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Jorge Henrique

O campeão dos juniores de 1977 atuou na decisão com Eriverton, Jorge Henrique, Wellington, Zé Carlos e Raimundinho; Pinto (Ayala) e Garrincha; Haroldo, Jacinto, Mirandinha e Ricardo (Manoelzinho). O primeiro gol coral também foi marcado, de pênalti, por Jorge Henrique, e Mirandinha assinalou o segundo gol. O Ceará perdeu a final com Dalmir, Erilson, Júnior (Antero), Marcelo Vilar e Serejo; Tico e Neto; Océlio (Júnior II), Pedrinho, Adailton e Alexandre. Os gols do alvinegro foram de Alexandre e Tico, também através de uma penalidade máxima.

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Presidente campeão com Blanchard Girão

Da formação coral, além do próprio Mirandinha, que desde o ano anterior já era aproveitado no time profissional, o lateral Jorge Henrique, o zagueiro Zé Carlos, o volante Pinto, o lateral Ayala, o meia Jacinto e o atacante Haroldo foram várias vezes aproveitados na equipe de cima, sendo que Jorge Henrique e Jacinto ultrapassaram a marca de mais de 200 partidas no time profissional do Ferrão, conquistando títulos importantes, inclusive. Pelo lado alvinegro, o zagueiro Marcelo Vilar tornou-se técnico no final dos anos 80 e chegou a treinar o Palmeiras/SP em 2006. Ele foi treinador do Ferroviário no ano de 1999. O presidente coral, em seu segundo ano de mandato, era Chateaubriand Arrais, que recebeu os cumprimentos do jornalista Blanchard Girão, diretor do jornal do Povo na ocasião, durante a festa de entrega de faixas dos campeões cearenses da categoria.

O GOL MAIS BONITO DO FANTÁSTICO: JORGE VERAS DO FERROVIÁRIO

Em outubro do ano passado, o Almanaque do Ferrão recordou o gol do centroavante Ilo, em 1987, escolhido o mais bonito da rodada pelo programa Fantástico. A postagem repercutiu no sul do país e o próprio filho do ex-jogador coral, falecido em 2010, entrou em contato com o blog, o que valeu outra matéria apresentando aquele lance memorável. Hoje é a vez de resgatar um outro gol histórico escolhido por aquele famoso semanário da televisão brasileira. Vamos até 24 de Julho de 1983, quando Ferroviário e América jogaram no Castelão e o belo tento da vitória coral veio dos pés do artilheiro e ídolo Jorge Veras, que fazia com o meia Betinho uma dupla infernal no campeonato cearense.

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Jorge Veras é o 5º agachado no elenco de 1983

O Ferrão era comandado pelo treinador Lula, ex-atacante do Internacional/RS e do Fluminense/RJ. Naquela tarde de domingo, ele escalou o time com o futebol de Giordano, Laércio, Paulo Alves, Nilo e Luisinho; Doca, Carioca e Barga (Paulinho Lamparina); Chicão (Narcélio), Paulo César Cascavel e Jorge Veras. Antes desse jogo, o América havia quebrado uma invencibilidade de 18 jogos do timaço que o Fortaleza montou na temporada de 1983. Treinado pelo ex-jogador, supervisor e treinador coral José Oliveira, o time rubro endureceu o jogo com Tarcísio Abelha, Tuca, Carlão, Darci e Canhoto; Faquim (Pinto), Joel Maneca e Marinho Macapá; Jadir (Carlinhos), Narcélio e Escurinho.

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No Grêmio/RS

No início da temporada seguinte, depois de disputar o campeonato brasileiro da 1ª divisão com o Ferrão, Jorge Veras foi negociado com o Criciúma/SC e em 1985 já era titular do Grêmio/RS, onde sempre se destacou com gols importantes nos clássicos contra o Internacional/RS. O ex-artilheiro jogou ainda em São Paulo e Pernambuco, voltando ao Tubarão da Barra no período 90-92 e teve o mesmo destaque. Ao todo foram 155 jogos e 65 gols marcados com a camisa coral. Sem dúvida, um ídolo eterno na história do Ferroviário, escolhido como um dos atacantes na campanha ´Time dos Sonhos` promovida há 2 anos no site oficial do clube.

FERROVIÁRIO COMEMORA HOJE SEU ANIVERSÁRIO DE 82 ANOS

Hoje é o aniversário do Ferroviário Atlético Clube. Há exatos 82 anos, a agremiação esportiva nascida dentro das Oficinas do Urubu ganhava forma para representar a pujança da classe ferroviária nas disputas do futebol cearense. Há sempre o que comemorar e mais ainda a planejar para o futuro  Que este seja próspero e rico como sua gloriosa história, retratada no vídeo acima na sincronia de fotos eternas. Viva o Ferrão!

EX-CORAIS SE DESTACAM EM COMPETIÇÕES NO SUDESTE DO PAÍS

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Ex-goleiro do Ferroviário atuou recentemente no campeonato mineiro pelo Boa Esporte

Com o fim dos campeonatos estaduais, pelo menos 3 jogadores que passaram nos últimos anos pelo Ferroviário têm motivos para comemorar e vislumbrar melhores perspectivas para suas carreiras e respectivos clubes. O volante Foguinho, o atacante Bruno Moraes e o goleiro Fernando Júnior estão nessa lista. O primeiro conquistou o acesso para a Série A1 do campeonato paulista com o Oeste de Itápolis, o segundo conquistou o mesmo objetivo, acompanhado do título da Série A2 pela Ferroviária de Araraquara e o terceiro se destacou no campeonato mineiro defendendo o Boa Esporte.

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Ex-volante coral no Oeste/SP

O gaúcho Foguinho chegou para o Ferroviário em julho de 2012 para compor o elenco Sub-20 que representaria o clube na Taça Fares Lopes daquele ano. Na mesma temporada foi o capitão dos juniores que terminaram o Cearense da categoria na vice-colocação. De boa índole e caráter, Foguinho caiu nas graças da torcida quando chegou ao time profissional em 2013. Foram 34 partidas pelo time profissional ao todo e 2 gols marcados. Em seguida, continuou sua carreira atuando no Ceará, Icasa e Oeste/SP, onde conseguiu recentemente o acesso para a primeira divisão no difícil campeonato paulista.

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Ex-atacante campeão na Ferroviária/SP

Por sua vez, Bruno Moraes estava na reserva do Bragantino/SP em 2012 quando foi indicado pelo ex-jogador coral Marcelo Veiga. Chegou em meio a uma grande crise técnica no Ferroviário e, num dos piores elencos já montados na história do clube, se destacou nas 8 partidas da reta final da competição, marcando 3 gols, inclusive um de “letra” num clássico contra o Fortaleza. Depois de atuar ainda na Portuguesa de Desportos, o ex-jogador coral passou um tempo se recuperando de contusão e foi recompensado na semana passada com o título de campeão vestindo a bela camisa da Ferroviária de Araraquara.

Dos três, Fernando Júnior foi o que mais atuou com a camisa foral. Foram 60 partidas pelo Ferroviário entre dezembro de 2012 e fevereiro de 2014. Antes de chegar ao futebol mineiro, o ex-goleiro coral passou ainda pelo Moto Clube/MA e Icasa. No início da temporada foi contratado pelo Boa Esporte e fez um ótimo campeonato mineiro. Essa semana, o time da cidade de Varginha estreia na Série B do campeonato brasileiro.

JOGADOR CAMARONÊS É O 12º ESTRANGEIRO NO FERROVIÁRIO

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Arnold: nascido na República dos Camarões, chegou a marcar um gol e também já foi expulso

O camaronês Arnold, lateral esquerdo, faz parte atualmente do elenco do Ferroviário e é o 12º estrangeiro a passar pela história coral entre atletas, treinadores e até na presidência do clube. Arnold, ex-jogador da base do Cruzeiro/MG, estava no Ceará e foi emprestado para as disputas da segunda divisão cearense. Na semana passada, foi autor de um dos gols do Tubarão da Barra na goleada de 4×2 em cima do América, no domingo, e acabou expulso contra o Barbalha, na quarta-feira seguinte. Confira abaixo uma breve retrospectiva do Almanaque do Ferrão com todas as personalidades do futebol que nasceram em outros países e tiveram o time coral em suas biografias.

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Foi em 1941 que o Ferroviário teve o seu primeiro estrangeiro. Seu nome era Acosta, meio campista uruguaio, que atuava no futebol cearense na extinta equipe do Penarol. Foram apenas 6 jogos nos campos de terra da época, mas também teve participação como treinador em 10 partidas. No ano seguinte foi a vez do paraguaio Aurélio Munt, ex-meio campo do Bahia/BA, Bangu/RJ e América/RJ, dono de uma categoria refinada, foi um verdadeiro craque que vestiu a camisa coral em 18 jogos e marcou 2 gols. Experiente no futebol sul-americano tendo defendido o Boca Juniores e o Estudiantes, duas grandes forças do futebol argentino, Munt foi utilizado também como treinador do Ferroviário em 19 partidas, sendo 10 vitórias, 2 empates e 7 derrotas. Nesse mesmo período entre 1941 e 1943, o próprio presidente do Ferrão era um estrangeiro, o empresário espanhol Jaime Quintaz Perez.

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Em 1958 foi a vez do meia-esquerda argentino Juan Francisco Cely (foto ao lado), oriundo do futebol pernambucano, que disputou 8 partidas e marcou 2 gols, um deles num clássico contra o Fortaleza. Cely, conhecido no futebol como cartita blanca,  chegou precedido de grande cartaz, mostrando muita categoria logo em sua estreia contra o Ceará. Depois de sua passagem pelo time coral, Cely cruzou a vida novamente do Ferroviário em duas oportunidades, em 1979 e 1980, dessa vez como adversário já que era o técnico do Itabaiana/SE em confrontos pelo campeonato nacional. Sua contribuição ao futebol sergipano foi tão importante, que foi condecorado com o título de cidadão sergipano.

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Ramirez: ex-seleção uruguaia

O ano de 1980 marcou a chegada do mais famoso dos estrangeiros no clube, o lateral direito Ramirez, ex-jogador do Flamengo/RJ e da seleção uruguaia, que defendeu o Ferrão com destaque em 18 partidas e marcou 1 gol muito importante na história coral, o do titulo de campeão do 3º turno do campeonato cearense daquele ano numa brilhante vitória em cima do Fortaleza no Castelão. Também com a camisa coral, Ramirez disputou o campeonato brasileiro da primeira divisão em confrontos memoráveis de grande visibibilidade para o clube contra Atlético/MG, Operário/MS, Sport/PE e Náutico/PE.

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Em 1981, foi a vez do conhecido treinador uruguaio Juan Alvarez (foto à direita) chegar no Ferroviário e comandar o time coral em 19 partidas, depois de uma vitoriosa passagem pelo futebol paraense e extrema identificação com o Paysandu/PA, que valeu o pedido da família para que suas cinzas fossem depositadas no estádio da Curuzu em Belém. A partir daí um longo hiato se sucedeu até a chegada do técnico Pablo Enrique, argentino que não teve muito sucesso nas 12 partidas que esteve à frente do comando técnico coral em 1998. Com ele veio também o seu conterrâneo Omar Rios, zagueiro que havia passado pela base do Velez Sarfield e que atuou apenas em uma partida amistosa pelo Ferroviário, na derrota de 2×1 para o ABC/RN em Natal.

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Yámil Gonzalez com a camisa listrada do Libertad

Em 2008, fruto de uma estranha parceria com o futebol de Senegal, o atacante Mamadu chegou com um grupo de senegaleses na Barra e foi o único a ser aproveitado oficialmente com a camisa do Ferrão em 2 amistosos, marcando 1 gol numa partida que o time coral deu vexame e perdeu por 3×2 para o Aliança, do município de Pacatuba, que se preparava para a disputa da terceira divisão cearense. Em 2010 foi a vez o lateral esquerdo William, nascido em São Tomé e Príncipe, na África, que atuou em apenas uma partida amistosa e depois perambulou por times no sul do país. Na fatídica temporada de 2014, um paraguaio que foi volante do Libertad, de nome Yámil Gonzalez, envolto a muitas contusões só conseguiu atuar em 3 jogos e, meses depois, assinou contrato com o Santa Cruz/PE, onde também pouco jogou. Por fim, o camaronês Arnold, que assumiu a titularidade do Ferroviário recentemente já com o campeonato da segunda divisão em andamento, já citado e que fecha a curta lista de estrangeiros no Tubarão da Barra.