PABLO ENRIQUE CENTRONE: UM ARGENTINO NO FUTEBOL CEARENSE

Contratação de Pablo Enrique Centrone ganhou manchete de primeira página nos jornais cearenses

Muito antes da febre de treinadores estrangeiros no Brasil e, em particular no futebol cearense, o Ferroviário teve um técnico argentino pra chamar de seu. Se hoje o Fortaleza tem o argentino Juan Pablo Vojvoda, o Tubarão da Barra teve Pablo Enrique Centrone no final da década de 1990. Aos 41 anos de idade, ele comandou o Ferroviário em 12 partidas, estreando contra o Fortaleza, no dia 19/09/1998, na Série C do Campeonato Brasileiro daquele ano e finalizando sua passagem contra o Tiradentes, no dia 02/12/1998, em jogo válido pelo 1º Turno do Campeonato Cearense de 1999. Não, você não leu errado! O último jogo de Pablo Enrique Centrone no comando coral foi ainda na temporada de 1998, mas a competição estadual do ano seguinte já havia começado. Além da novidade de ter um técnico argentino, o Ferrão vivia a expectativa de disputar a remodelada Copa do Nordeste depois de uma longa espera, mas Pablo Centrone acabou não permanecendo para a competição iniciada em fevereiro do ano seguinte. No futebol cearense, a imprensa convencionou de chamá-lo apenas de Pablo Enrique, muitos devem lembrar.

Pablo Enrique Centrone apresentado aos jogadores ao lado do auxiliar técnico Edmundo Silveira

Pablo Centrone foi jogador de futebol em sua juventude na Argentina. Atuou como zagueiro de equipes modestas como Quilmes e Chacarita Juniors, até se transferir para o emergente futebol dos Estados Unidos em 1980, quando afirma ter convivido com nomes importantes do futebol mundial como os holandeses Rinus Michels e Johan Cruyff, além do brasileiro Carlos Alberto Torres, o alemão Franz Beckenbauer e o italiano Giorgio Chinaglia. Iniciou a carreira como treinador de futebol no final daquela década e trabalhou com o conterrâneo Marcelo Bielsa no futebol mexicano. Pablo Enrique Centrone havia passado pelo Portimonense de Portugal, América do México e Santa Fé da Colômbia antes de desembarcar na Barra do Ceará por indicação do ex-jogador Paulo Roberto Falcão. Foram apenas três meses no Ferroviário Atlético Clube, mas o suficiente para o treinador estrangeiro atrair os holofotes da mídia local e a tempo de ganhar um Clássico das Cores por 2×0, dias antes de ser demitido pelo então presidente Carlos Alberto Mesquita.

Ano passado, aos 65 anos de idade e com um vasto currículo ampliado nos últimos 25 anos, Pablo Centrone foi trabalhar novamente na Argentina, contratado como treinador do Chacarita Juniors, clube de sua juventude. Em sua chegada na equipe que tem as mesmas cores do Ferrão, gravou o vídeo acima onde recorda rapidamente suas conquistas por equipes do México, El Salvador e Guatemala, chegando a citar o próprio Ferroviário, de forma equivocada, como se tivesse sido campeão da Copa do Nordeste de 1999, competição esta que sequer chegou a iniciar. O Chacarita Juniors em 2022 foi, por enquanto, o último trabalho de Pablo Enrique Centrone, onde permaneceu por 13 partidas e venceu menos de 50% delas. Ao ser contratado em 1998 para o Ferroviário, o então desconhecido Pablo Enrique passou a figurar na gloriosa lista de entrangeiros que passaram pelo Tubarão da Barra, ao lado de técnicos como o paraguaio Aurélio Munt e os uruguaios Graciano Acosta e Juan Alvarez.

REVIVA UM JOGO DO FERRÃO NUM DOMINGO DE MANHÃ EM 1981

Engana-se quem pensa que jogos aos domingos de manhã foram privilégio da temporada de 1997. Houve alguns casos semelhantes na história. Em 27 de setembro de 1981, o Ferrão entrou em campo às 9h da matina para enfrentar o América/CE pelo 3º Turno do Campeonato Cearense. O vídeo com os gols daquela partida estão agora resgatados pelo Almanaque do Ferrão. O jovem artilheiro Roberto Cearense marcou dois gols, o último de bela feitura, que acabou sendo escolhido o gol mais bonito do Fantástico, o famoso programa dominical da Rede Globo. O Mequinha saiu na frente e saiu vencedor no primeiro tempo, mas Roberto marcou o gol de empate num lance que já mereceu postagem anterior aqui no blog. O segundo gol coral foi marcado pelo famoso piauiense Sima, em sua única temporada no futebol cearense, ele que teve grandiosa carreira no futebol nordestino. Treinado por Moésio Gomes, o Tubarão da Barra venceu com Salvino, Paulo Maurício, Paulo César Piauí, Nilo (Darci Munique) e Roner; Augusto, Meinha e Sima; Jangada (Paulo César Cascavel), Roberto Cearense e Babá. Comandado por Alberto Damasceno, o América da Dom Manoel perdeu com Marcelino, Cafifa, Artur, Júlio e Rebelde; Chiquinho (Maurício), Pinto e Mano; Brito, Jorge Costa e Vento (Artur II). O jogo foi dirigido pelo árbitro Edson Carneiro e o PV recebeu 2.882 pagantes. Naquela fase da competição, o Ferroviário tinha um meio campo de grande respeito, todo importado do futebol piauiense. Enquanto durou e esteve em campo, o trio Augusto, Meinha e Sima perdeu apenas um jogo com a gloriosa camisa coral.

PRIMEIRO JOGO EM PACAJUS FOI NO CAMPEONATO CEARENSE DE 1999

Primeira partida do Ferrão em Pacajus foi oficial e teve adversário atípico no cotidiano da cidade

Nos últimos cinco anos, o Ferroviário tem atuado frequentemente como visitante na cidade de Pacajus, graças ao acesso do time de mesmo nome à primeira divisão cearense. Além disso, o Caucaia manda seus jogos naquela localidade vez por outra. Porém, a primeira vez que o Tubarão da Barra atuou em Pacajus foi no final do século passado em partida oficial válida pelo Campeonato Cearense. Foi no dia 28 de março de 1999 e o adversário foi o Uniclinic. O estádio ainda era chamado de Assís Benício e Mário Leonardo dirigiu o jogo diante de 463 pagantes. O Uniclinic venceu por 3×1, com gols de Warison (2x) e Tosca, com o meio campista Vado descontando para o Ferrão. A derrota custou o emprego do treinador Marcelo Vilar, demitido após o jogo. O time coral foi derrotado com o futebol de Jorge Pinheiro, Chiquinho (Odair), Alencar, Dino e Ivan; Paulo Adriano (Cristovão), Vado (Marquinhos), Rutênio e Inha; Bira e Sílvio. Treinado por Arnaldo Lira, o extinto Uniclinic jogou com Leandro, Luizinho, Tácio, Leandro Cardoso e Romero; Bartô, Adriano Gaúcho, Wendel (Warison) e Esquerdinha (Eridon); Zé Carlos (Gomes) e Tosca. Aquele primeiro jogo do Ferroviário em Pacajus marcou também a primeira vitória oficial do Uniclinic em cima do time coral, algo que voltou a se repetir oficialmente sete vezes na história do futebol cearense até 2018, último ano em que a Águia da Precabura disputou o Estadual como Uniclinic, antes de ser negociado e ter seu nome mudado para Atlético Cearense que, por sinal, derrotou o Tubarão da Barra há apenas dois dias no Campeonato Cearense de 2023.

CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS NA COPA DO NORDESTE DEPOIS DE 24 ANOS

O Ferroviário passou a utilizar a nomenclatura “Clássico dos Clássicos” a partir da final de 2017

Ferroviário e Ceará jogam novamente pela Copa do Nordeste em 2023. À exemplo da edição de 1999, as duas equipes são adversárias na competição na atual temporada. Há 24 anos, tivemos uma vitória coral por 2×1, gols de Bira e Rutênio para o Ferrão, além de um empate em 0x0, ambos no PV. Na ocasião, já praticamente nos últimos momentos do Século XX, o clássico entre as duas equipes, que se sucede no calendário cearense desde 1937, ainda não era proclamado como ´Clássico da Paz`. Essa nomenclatura só foi difundida no início dos anos 2000, quando começamos a ter uma onda muito grande de violência nos jogos entre Ceará e Fortaleza, o principal clássico do Estado, o que forçou uma forte campanha na mídia, por parte das autoridades, para balancear e propagar a “paz nos estádios” a partir de um jogo emblemático do futebol local, envolvendo Ceará e Ferroviário, que chegou a ser chamado de “Clássico das Multidões” nas primeiras décadas do confronto. No marco inicial do termo de objetivo claramente pacífico, os atletas alvinegros e corais chegaram a entrar em campo com bandeiras brancas, embora muitas vezes a presumida paz tenha passado muito longe das arquibancadas das duas torcidas nos anos seguintes pelos mais diversos motivos, dentro e nos arredores dos estádios.

Nas primeiras décadas do Ferrão, o jogo contra o Ceará era chamado de “Clássico das Multidões”

Embora compreenda o caráter salutar e pacífico da iniciativa, o Ferroviário passou a questionar o termo ´Clássico da Paz` e instituiu desde 2017, em sua comunicação oficial, o título ´Clássico dos Clássicos` a partir de uma referenciação embasada em fatos históricos e na cronologia indelével do tempo. De forma emblemática, o próprio Ceará utilizou o novo termo em suas mídias oficiais quando as duas equipes se enfrentaram na final do Campeonato Cearense de 2017. Aquele momento, inclusive, mereceu uma postagem especial aqui no blog com inúmeros argumentos plausíveis em defesa da alcunha “Clássico dos Clássicos“, cujo texto pode ser recuperado aqui no histórico. Em síntese, o termo advoga que Ceará x Ferroviário foi, na prática, o clássico mais badalado do futebol cearense muito antes do nosso futebol conhecer outras nomenclaturas para grandes jogos, o que por sí só justifica a ideia por trás de ´Clássico dos Clássicos´. O Ferroviário Atlético Clube resolveu institucionalmente bancar essa ideia em sua comunicação oficial e acredita que o tempo se encarregará de incutí-la nas diversas mentes do futebol cearense, embora o vício e o costume da repetição de convenientes narrativas de praxe, sem questionamento da artificialidade dos fatos e da negligência do que é efetivamente histórico, seja uma constante no cotidiano brasileiro em vários setores. No futebol não seria diferente. Para o Ferrão é “Clássico dos Clássicos” e bola pra frente, porque novas ideias devem estar sempre no cardápio para serem propostas e são elas que movem a própria história adiante.

FOTOGRAFIA DE 1989 COM CAMISA DIFERENTE E LIRA NO MEIO CAMPO

Ferroviário Atlético Clube em 1989 – Em pé: Caetano, Osvaldo, Evilásio, Fiúza, Lira e Marcelo Veiga; Agachados: Osmarzinho, Zé Carlos Paranaense, Joãozinho Paulista, Jacinto e Cacau

O registro fotográfico acima aconteceu no dia 17 de maio de 1989, no PV. Essa onzena bateu o América por 2×0 em jogo válido pelo 2º turno do Campeonato Cearense. O artilheiro Cacau marcou os dois gols da partida. Além do novo padrão de camisas que fazia sua estreia e foi pouco utilizado, a imagem acima traz alguns jogadores que não são normalmente encontrados nas fotografias do Ferrão ao longo do tempo. É o caso do zagueiro Fiúza, egresso das categorias de base, e que só fez 4 jogos pelo time principal do Tubarão da Barra. Esse jogo marcou a estreia do meio campista Lira, ex-Ceará. Ele acabou expulso no segundo tempo pelo árbitro Eduardo Florentino. Lira teve uma passagem controversa pelo Ferrão, fazendo apenas 15 jogos e sendo expulso novamente num jogo contra seu ex-clube, logo nos primeiros minutos do confronto, justamente em sua última partida com a camisa coral. Mais de 15 anos depois, Lira foi treinador do Ferrão na ótima campanha no Campeonato Brasileiro de 2006, na temporada de 2009 e também no rebaixamento estadual em 2014. Lado a lado na foto acima, vemos os jogadores Lira e Marcelo Veiga, que depois se enfrentaram algumas vezes como treinadores de equipes diferentes nos anos 2000. No registro é possível ver também o famoso centroavante Joãozinho Paulista e o meia Zé Carlos Paranaense, que bateu o pênalti decisivo na conquista do Torneio Ciro Gomes no início daquele ano. Outro jogador na imagem é o ponta direita Osmarzinho, ex-Santos/SP, que teve uma boa passagem na Barra do Ceará.

REGISTRO DE UM FERROVIÁRIO QUE LUTOU CONTRA O REBAIXAMENTO

Ferroviário Atlético Clube em Abril do ano 2000 – Em pé: Gilberto, Santos, Cláudio, Erivan, Júnior e Borges; Agachados: Chiquinho, Rogério, João Paulo, Assis e Marcelo Rocha

O ano 2000 foi extremamente difícil para o Ferroviário. O registro fotográfico acima mostra uma das formações da equipe coral naquela temporada, quando o Tubarão da Barra fez uma péssima campanha e lutou, pela primeira vez na história, contra o rebaixamento estadual. O clube só se salvou na última partida do campeonato ao vencer o Crato por 1×0, gol de Borges, e contar com o empate em 2×2 entre Quixadá e Guarany de Sobral. A temporada do ano 2000 foi repleta de insucessos, crises, troca de presidentes e uma autêntica devastação na boa reputação construída nos áureos anos 1990. Na foto acima, vê-se que o treinador Newton Albuquerque teve que contar nas últimas rodadas com a participação de jovens da base coral, como o zagueiro Erivan, o lateral esquerdo Júnior e o atacante João Paulo. Ainda na imagem, é possível ver o volante Rogério, ex-Sport/PE, e o experiente goleiro Gilberto, que pela última vez vestia a camisa do Ferrão. Quem terminou jogando a competição no arco coral foram os jovens Wágner e Zenga, que foi titular no jogo contra o Crato no final de abril daquele ano. O elenco tinha ainda o zagueiro Cláudio, Marcelo Rocha, atacante que vestiu a camisa do Santa Cruz/PE, e os cearenses Chiquinho, Santos e Assis.

RECORDE O BORDÃO: “SOBROU PRO JOÃO É BOLA NO CORDÃO”

Caiu mais um vídeo raro do Ferroviário no YouTube. Ele foi gravado originalmente em 1989 e mostra uma vitória do Ferrão em cima do Ceará por 2×1. O artilheiro Cacau marcou o primeiro gol do time coral e o tento da vitória saiu dos pés do centroavante Joãozinho Paulista, famoso ex-jogador de grandes times do futebol brasileiro, contratado naquela temporada como um grande reforço para o Tubarão da Barra. Aquela era apenas a segunda partida de Joãozinho Paulista no Ferrão e ele comemorou seu gol de forma inusitada. Após a vitória, ele falou às emissoras de rádio: “Sobrou pro João é bola no cordão”, que acabou virando bordão para o narrador Ivan Bezerra, da TV Verdes Mares, na narração dos outros gols que o centroavante marcou na competição. Treinador por Erandy Montenegro, o Tubarão venceu com Albertino, Caetano, Arimatéia, Juarez e Marcelo Veiga; Evilásio, Alves e Jacinto (Luís Carlos Gaúcho); Cacau, Joãozinho Paulista (Silmar) e Paulinho. Comandado por Lula Pereira, o alvinegro perdeu com Washington, Mário, Belterra, Edson Barros e Paulo César; Beto Cruz (Magno), Gerson Sodré e Carlos Alberto Borges; Márcio, Celso Mendes e Santos. O jogo aconteceu no dia 9 de Abril de 1989 no Castelão.

ÍDOLO DO BOTAFOGO/RJ JOGOU NO FERROVIÁRIO EM 1992

Ponta direita Helinho em entrevista para o Globo Esporte de Fortaleza na temporada de 1992

Ele foi um dos ídolos do Botafogo/RJ nos anos 1980. Há 30 anos, o ponta direita Helinho fazia sua estreia com a camisa do Ferroviário Atlético Clube. Foi no dia 24 de setembro de 1992, no PV, contra o Fortaleza. O atleta foi contratado apenas para os últimos dois meses do Campeonato Cearense daquele ano. Inicialmente, Helinho chegou para defender justamente o Fortaleza, mas acabou não aprovado nos exames médicos. Do Pici, o rumo do jogador foi a Barra do Ceará, levado pelo dirigente Clóvis Dias, que exercia o cargo de diretor de futebol na ocasião. Curiosamente, ao fazer sua estreia no Clássico das Cores, o jogador deixou a sua marca em cima do time que o rejeitou. Foi dele o gol coral no empate de 1×1 com o Fortaleza. Três dias depois, mais um clássico, dessa vez contra o Ceará, no Castelão, e Helinho marcou outro gol com a camisa do Ferrão. No decorrer da competição, assinalou seu terceiro e último gol contra o Icasa, no Elzir Cabral. Ao todo foram apenas 7 jogos pelo Ferroviário na carreira do carioca Hélio Ricardo Dias da Conceição, o Helinho. Dois anos depois de sua passagem pelo futebol cearense, ele pendurou as chuteiras atuando no estado do Espírito Santo. Grêmio/RS e Bangu/RJ foram outras equipes em seu currículo.

VITÓRIA EM QUIXADÁ QUE GARANTIU O 3º TURNO EM 1996

Vale a pena conferir o vídeo acima. O material resgata imagens raras da TVC com os gols e a comemoração coral após uma vitória no Estádio Abilhão em Quixadá. A narração é de Luiz Carlos Amaral. O time da casa tinha uma boa onzena e chegou à final do 3º turno do Campeonato Cearense contra o Ferrão. No primeiro jogo, vitória coral por 2×1 no PV. Na segunda partida, fora de casa, o Tubarão da Barra fez 3×1 no placar e carimbou o passaporte para disputar a final da competição contra o Ceará, equipe vencedora dos dois primeiros turnos. Treinado por Danilo Augusto, o Ferrão venceu com Jorge Luiz, Biriba, Batista, Santos e João Marcelo; Alencar, Paulo Adriano, Sílvio César e Clayton (Gibi); Robério (Borges) e Cantareli (Esquerdinha). A equipe da terra da galinha choca perdeu com Ivan, Aírton, André, Eudes (Neto) e Astênio; Robertinho, Cabal, Toninho (Igor) e Maurim; Chico Pita e Somar (Régis). O técnico adversário era Argeu dos Santos. Luis Vieira Vilanova apitou a partida diante de 2.904 pessoas no Abilhão. Robério, André (contra) e Borges fizeram para o Ferrão, enquanto Cabal descontou para o Quixadá. No jogo seguinte, o time coral batia o Ceará por 1×0 e alimentava o sonho do tricampeonato estadual, forçando a realização de dois jogos extras contra o alvinegro. Por muito pouco, o tri não chegou para a Barra do Ceará. Os acontecimentos extra-campo nas duas semanas seguintes selaram a ida da taça para Porangabuçu, mas isso é assunto para outra postagem qualquer dia desses.

FOTO DO GOL DE JORGE VERAS CONTRA O FORTALEZA EM 1982

ídolo Jorge Veras chuta e vence o goleiro Salvino em jogo decisivo do Campeonato Cearense de 1982

O gol do registro fotográfico acima já mereceu postagem aqui no blog com a recuperação histórica da imagem em vídeo do referido lance. Corria o dia 5 de dezembro de 1982 e o Fortaleza precisava só de um empate para ser campeão estadual naquele domingo. Na etapa final, o atacante Jorge Veras aproveitou um vacilo do atacante Edmar e roubou-lhe a bola, avançando para marcar o gol da grande vitória coral no Castelão. O adversário ainda perdeu um pênalti na partida. O resultado forçou a realização de uma “melhor de quatro pontos” para apontar o grande campeão da temporada. A bela imagem acima foi devidamente publicada no dia seguinte nos jornais da capital cearense que estamparam o triunfo coral.