REVISTA DE CIRCULAÇÃO NACIONAL VAI FALAR DA PRISÃO DO FERRÃO

ferroviáriopreso

Jogadores e polícia saindo do gramado do Presidente Vargas: Ferroviário preso em 1948

Ainda é segredo o nome da revista, mas já se sabe que em breve o Ferroviário Atlético Clube vai merecer destaque em uma das publicações mais importantes da Editora Abril e não estamos falando da Placar. A matéria será assinada por um grande colunista da revista e estampará uma foto raríssima na história do clube: o momento da prisão de todo time coral em 22/2/48, no Estádio Presidente Vargas, exatamente no jogo final do campeonato cearense de 1947. A imagem acima foi cedida para a publicação nacional diretamente do acervo do Almanaque do Ferrão. Aguardem.

nozinho, ze dias e manoelzinho22

Zé Dias: o goleiro no xilindró

A prisão de todos os jogadores do Ferroviário em 1948 é até hoje lembrada no futebol cearense e marcou a história do clube como uma prova indelével das artimanhas extra-campo que terminaram afetando os resultados esportivos dentro das quatro linhas ao longo das décadas. Na ocasião, o Ferrão vencia o Fortaleza por 3×1 e garantia o título. O árbitro Edson Oliveira passou a promover uma sucessão de equívocos, expulsou jogador, transformou tiro de meta em escanteio, validou gol irregular e o adversário chegou aos 3×3 em questão de minutos. Os corais se revoltaram e saíram de campo, recebendo voz de prisão ainda no estádio, sendo os jogadores submetidos a caminharem a pé, em fila indiana, até o xilindró mais próximo, que ficava no centro da cidade.

manoelzinho e benedito222

Dois presos: Manoelzinho e Benedito

Sob o comando do técnico Baiano, o Ferroviário foi ´assaltado` e preso naquela tarde com o futebol de Zé Dias, Manoelzinho e Expedito; Benedito, Vicente Trajano e Raimundinho; Néo, Manuel de Ferro, Decolher, Ruivo e Pipi. Como o jogo não prosseguiu, o Fortaleza foi declarado campeão com Juju, Zé Sérgio e Stênio; Natal, Torres e Arrupiado; Jombrega, Paulinho, França, Pipiu e Piolho. Os gols foram de Decolher, Manuel de Ferro, Néo, França, Jombrega e Torres. Era apenas o jogo de número 241 na história coral, cujo imbróglio que o envolveu certamente será bem retratado na publicação que chegará às bancas de todo país. Avisaremos aqui.

ALMANAQUE DO FERRÃO COMEMORA HOJE SEU SEGUNDO ANIVERSÁRIO

DSC04083222222222222

Lançamento do Almanaque do Ferrão há dois anos foi precedido de debate sobre a história coral

O Ferroviário Atlético Clube passou a ser o primeiro e único time do futebol cearense a possuir oficialmente uma publicação trazendo toda a compilação de sua história com o Almanaque do Ferrão, lançado exatamente há dois anos, no dia 25 de junho de 2013, livro que traz a ficha técnica dos 3.449 jogos oficiais e amistosos disputados até então, além de informações dos 1.956 jogadores que vestiram a camisa coral, dezenas de fotos históricas, médias anuais de público, resumo das campanhas vitoriosas, dentre outras curiosidades relativas aos treinadores e presidentes, distribuídas no total de 596 páginas.

DSC03986mazinho

Mazinho Loyola e seu exemplar

O evento de lançamento do Almanaque do Ferrão foi prestigiado por ex-presidentes, cronistas esportivos, torcedores, desportistas locais, pesquisadores e atletas lendários do próprio Ferroviário, como Pacoti, Facó, Mazinho Loyola, dentre outros, que marcaram presença no salão nobre do Náutico Atlético Cearense. Antes da sessão de autógrafos, o público presente acompanhou um belo debate no palco sobre a história coral por cerca de uma hora. Coube ao famoso jornalista paulista Celso Unzelte, da ESPN Brasil, escrever o prefácio da obra. Precursor desse modelo de publicação no país, tendo editado anteriormente o “Almanaque do Corinthians” e o “Almanaque do Palmeiras”, Celso preparou um belo texto para introduzir a definitiva obra coral, que é motivo de orgulho para todos os desportistas do estado do Ceará e despertou o interesse dos torcedores do Ferroviário espalhados pelo Brasil afora.

DSC03984_andre

Pai e filho no evento de lançamento

Depois de uma tiragem impressa de 2.000 exemplares, o Almanaque do Ferrão aderiu a modernidade das mídias digitais em outubro do ano passado e ganhou uma versão eletrônica em formato de blog para postagens dinâmicas, que desde então têm destacado fatos, efemérides, estatísticas, ex-jogadores, fotos, vídeos raros e belas histórias que o tempo jamais será capaz de apagar, além de disponibilizar também para venda a versão física da publicação em suas últimas unidades, que não se encontra mais à venda nas livrarias e assim fica acessível também para os torcedores corais e amantes do futebol que têm o privilégio de acompanhar esse trabalho através da Internet.

NUM 21 DE JUNHO COMO HOJE: 7 ANOS DA MORTE DE ELZIR CABRAL

Elzir Cabral 10Há exatos 7 anos, num sábado, morria Elzir de Alencar Araripe Cabral, grande dirigente da extinta Rede Ferroviária Federal e ex-presidente do Ferroviário, um dos nomes mais importantes da história do clube e responsável direto pela realização do sonho coral, em meados da década de 60, de possuir um estádio próprio, que merecidamente levou seu nome e até hoje é orgulho para os torcedores do Ferrão. Em seu período na presidência, Elzir Cabral liderou com maestria a maior geração de dirigentes que passaram pelo clube em todos os tempos, com nomes como José Rêgo Filho, Ruy do Ceará e os irmãos Pamplona. Elzir Cabral eterno.

VÍDEO RARO DA MELHOR DE TRÊS DOS CAMPEÕES JUNIORES DE 1987

10398026_933483606662287_3997069196047396075_n

Juventude coral levanta o troféu de campeão cearense de juniores no Presidente Vargas

O Almanaque do Ferrão revirou o seu baú de vídeos e resgatou os detalhes da decisão do campeonato cearense de juniores de 1987, quando o Ferroviário enfrentou o Tiradentes numa ´melhor de três` e ficou com o título da competição com uma geração de bons jogadores, cujo expoente maior era um garoto franzino que viria a vestir a camisa de grandes clubes do futebol brasileiro na década de 90. Autor do gol do título na terceira partida decisiva contra o Tigre, o atacante Mazinho Loyola era o grande nome de um grupo que tinha jogadores como Júnior Lemos, Nílton, Eudes, Osmar e Lane, todos utilizados algumas vezes pela equipe profissional nas temporadas seguintes.

facjuvenil1987torneioinicio3333

Alegria nos juniores começou no Torneio Início

Na verdade, o sucesso dos juniores em 1987 começou ainda no mês de fevereiro, no dia 22, quando o time coral conquistou o Torneio Início da categoria em jogos de portões abertos disputados no Estádio Carlos de Alencar Pinto. Depois de passar por Palmeiras (1×0), Fortaleza (3×0) e Tiradentes (4×0), o Ferroviário enfrentou o Santa Cruz na final e venceu por 3×0, na disputa de pênaltis, com Sérgio, Roberto Santos e Mazinho Loyola convertendo suas cobranças. Porém, a alegria maior para aquela geração viria 7 meses depois, em setembro, quando o time comandado por José Maria Paiva, ex-jogador do próprio Ferroviário na década de 70, conquistou o direito de disputar o título máximo contra o Tiradentes numa série de 3 partidas que despertou o interesse dos desportistas.

mazinhocampeao

Mazinho Loyola: gol do título

No primeiro jogo das finais, no PV, Ferrão e Tiradentes empataram em 1×1. O Tigre saiu na frente e o ponta esquerda Joãozinho empatou para o time coral. Na segunda partida, uma semana depois, vitória coral por 3×0, com gols de Sérgio, Lane e Joãozinho, em jogo disputado no Elzir Cabral. No dia 27/9/87, no PV, na preliminar de Ceará x Rio Branco/ES pelo campeonato brasileiro, as duas equipes se enfrentaram na última partida decisiva. O Tubarão da Barra jogava pelo empate. O Tigre pressionou e parou nas boas defesas de Júnior Lemos. Aos 32 minutos do segundo tempo, a bola sobrou para Mazinho Loyola, que contou com a estrela que o acompanharia durante toda a carreira, e ele só empurrou para marcar o gol do título do Ferroviário, campeão cearense de juniores naquele domingo ensolarado.

O árbitro da finalíssima foi Gilson Albuquerque e o Ferrão venceu com Júnior Lemos, Roberto Santos, Ivonildo, Eudes e Nílton; Kico (Cícero Júnior), Osmar e Lane; Mazinho Loyola, Sérgio e Joãozinho (Jair). Além destes que jogaram o último jogo, o goleiro Edílson, os zagueiros Roberto Pereira e Célio Ricardo, o atacante Delei, entre outros, participaram daquela brilhante campanha. Treinado por José Cândido, o Tiradentes foi derrotado com Ari, Wellington, Aldemir, Júnior e Herbínio (Andrade); Simão, Carlos (Rodrigues) e Gildo; Branquinho, Marquinhos e Helton. Confira no vídeo abaixo uma raríssima compilação da ´melhor de três´ entre Ferroviário e Tiradentes em 1987. Vale a pena rever em ação jogadores que estavam apenas começando a carreira no Ferrão e que certamente nunca esqueceram aquela memorável conquista dos juniores corais.

ARTILHEIRO IMPLACÁVEL DO FERRÃO VAI VIRAR TEMA DE LIVRO EM BREVE

pacotifac

Pacoti em 1958

Pacoti, o artilheiro implacável do Ferroviário na década de 1950, vai virar tema de livro em breve. A iniciativa é do escritor cearense Saraiva Júnior, que há alguns anos vem trabalhando arduamente nas pesquisas e entrevistas para a obra. Francisco Nunes Rodrigues é o nome de batismo de Pacoti, que nasceu na cidade de Quixadá e se consagrou no futebol cearense vestindo a camisa do Ferrão, depois ganhou o mundo e brilhou no Sport/PE, Vasco/RJ e até no exterior, no Sporting de Lisboa, quando teve a honra de ser o primeiro cearense a disputar a famosa Liga dos Campeões da Europa, a Champions League, na temporada 1961/62, quando seu clube foi eliminado em 2 jogos contra o Partizan, da Iugoslávia, na fase pré-eliminatória da competição. Atualmente, Pacoti tem 82 anos de idade e reside no bucólico bairro da Praia de Iracema, em Fortaleza.

FORTALEZA, CE, 16-12-2014: Lançamento da Calçada da Fama, no espaço cultural da Arena Castelão. (Foto: Edimar Soares/O POVO)

Pacoti na Calçada da Fama da Arena Castelão

Pacoti teve duas passagens no Ferroviário, a primeira de 1955 a 1958 e a outra no final de sua carreira, entre 1966-1967, totalizando 78 jogos e 51 gols marcados com a camisa coral. Em 2013, seu nome foi escolhido na campanha ´Time dos Sonhos` e entrou definitivamente para a galeria dos maiores jogadores da história coral. No final do ano passado, Pacoti foi homenageado na Arena Castelão com seus pés eternizados na ´Calçada da Fama` daquela praça esportiva. A obra sobre o velho ´Pacote`, como é carinhosamente chamado pelos amigos mais próximos, será a segunda incursão literária do escritor Saraiva Júnior no futebol cearense, a primeira foi o livro sobre a carreira do craque Mozart, que foi companheiro de do próprio Pacoti no Ferroviário no ano de 1966.

ÁUDIO DE CAETANO BAYMA SOBRE A COMPRA DO PASSE DE SERGINHO

serginhogoleiro

Serginho: goleiro do Ferroviário

João Sérgio Rêgo Filho, pernambucano de Surubim, chegou para o Ferroviário em agosto de 1985, emprestado pelo Central de Caruaru. Cria do Sport/PE, o goleiro passou a ser chamado de Serginho ainda na época da categoria de base e tinha no vitorioso irmão Lulinha, de grandes passagens por Fortaleza e Ceará, uma excelente referência debaixo das traves. Em grande forma, Serginho foi a sensação coral no último trimestre do campeonato cearense, realizando grandes defesas. Permaneceu em 1986, foi emprestado no ano seguinte para Alagoas e retornou em 1988 quando foi titular do Ferroviário nos dois primeiros turnos, antes de ser negociado em definitivo com o o Asa de Arapiraca.

1985_2222

Serginho, de camisa azul e branca, no time de 1985

Em sua primeira temporada no Tubarão da Barra, Serginho salvou o Ferroviário em várias partidas. Era frequentemente escolhido pelas equipes esportivas como o destaque dos jogos e faturava prêmios com suas belas defesas. Em 23/10/85, uma defesa monumental numa cabeçada certeira do zagueiro Argeu valeu ao goleiro coral o Pinguim de Ouro da promoção ´Grande Lance Antarctica` e garantiu o 0x0 no placar diante do Ceará. Contra o mesmo adversário em 17/11/85, mais uma grande defesa de Serginho e a vitória coral por 2×0. O Almanaque do Ferrão recuperou a transmissão radiofônica desses dois lances e apresenta abaixo com exclusividade. Além das narrações na voz de Vilar Marques e Júlio Sales, o torcedor coral pode ouvir o presidente Caetano Bayma, que comenta em entrevista a sua intenção de angariar recursos para comprar o passe do goleiro junto ao Central/PE, fato este que se concretizou meses depois para a alegria dos admiradores de Serginho. Já se vão 30 anos dessas gravações, mas o blog recupera o material para a nação coral.

O DIA QUE A TORCIDA CORAL OFERECEU FLORES PARA O GUARANY

4889070_rMVhk

O campeonato cearense de 1988 seguia muito disputado em seu 2º turno. Naquele sábado à noite, 11 de junho, o Ferrão recebia o Guarany de Sobral no Castelão diante de um público de 2.668 pagantes. Era o primeiro confronto entre ambos depois do trágico acontecimento em Sobral, 20 dias antes, quando o time coral derrotou o Cacique do Vale por 1×0 com um golaço de falta de Marcelo Veiga no último minuto do jogo. A derrota inesperada gerou uma revolta na torcida do Guarany e um grande tumulto tomou conta do estádio do Junco com dirigentes sobralenses disparando tiros para o alto, jogadores correndo e a torcida adversária quebrando o que via pela frente. O ônibus coral foi apedrejado na saída e a delegação do Ferrão passou por momentos difíceis. Aquele fato nunca foi esquecido, porém mereceu um perdão em grande estilo.

juarezsenegal

Juarez viu flores na estreia

Há exatos 27 anos, a torcida coral prestava uma homenagem ao Guarany no primeiro jogo entre os times, no Castelão, após a confusão. Aos invés de pedras, só flores. Os jogadores do Guarany de Sobral receberam flores na entrada do time em campo. A iniciativa partiu da saudosa torcida organizada Força Jovem Coral, representando os jogadores e toda torcida do Ferrão. Lindo de se ver. Teve gente no estádio que até chorou. Mais bonito ainda foi a goleada que o Ferroviário aplicou no Guarany dentro de campo. Com 2 gols de Guina, 1 gol de Jacinto e 1 gol contra do zagueiro Ulisses, o time coral deitou e rolou naquela noite. Treinado por César Moraes, o time jogou com Serginho, Laércio, Arimatéia, Djalma (Juarez) e Marcelo Veiga; Toninho Barrote, Denô e Jacinto; Roberto Carlos (Amilton Rocha), Guina e Beto Andrade. Era a estreia do quarto zagueiro Juarez, campeão paulista pela Inter de Limeira dois anos antes, um dos nomes mais importantes da campanha coral em 88. Sob o comando de José Oliveira, o adversário jogou com Evandro, Jaime, Valdecy, Ulisses e Etevaldo; Alfinete, Quarenta (Bite) e Cacau; Ivanzinho, Ivan Buiú e Magno (Macedo). Foi o jogo 2.232 da história coral, aquele que ficou conhecido como o dia que a torcida coral ofereceu flores para o Guarany de Sobral. Para nunca mais esquecerem.

INVENCIBILIDADE DE MARCELINO CAIA NUM 10 DE JUNHO COMO HOJE

marcelino4222

Goleiro Marcelino: 170 jogos pelo Ferroviário e recorde de 1.295 minutos sem sofrer gols

10 de Junho. Foi nessa data, há exatos 42 anos, que um ex-juvenil do Ferroviário desferiu um chute defensável e o goleiro coral acabou enganado pela trajetória da bola. Gol do Maguary. Aquele lance de 1973 foi histórico, apesar da mídia cearense quase sempre fazer questão de não lembrar. O gol de Ibsen derrubou uma marca de 1.295 minutos sem sofrer gols do goleiro Marcelino, um carioca que marcou época na Barra do Ceará entre 1969 e 1976. Até hoje nenhum outro goleiro chegou sequer a ameaçar o posto de recordista do ex-goleiro coral. No futebol brasileiro, trata-se da 4ª melhor marca nacional. O fato mereceu destaque inclusive na revista Placar na edição de 15/6/1973. O 1º lugar pertence a Mazaroppi, do Vasco/RJ, com seus 1.816 minutos em 1977. Jorge Reis e Neneca, ambos recentemente falecidos, estão também à frente da marca histórica de Marcelino. No futebol cearense, o ex-goleiro do Ferrão merecia uma estátua pelo feito.

1973_0222

Marcelino e Ibsen após o gol

Foram 170 partidas com a camisa coral. Marcelino viveu altos e baixos no clube, mas será sempre lembrado como um dos goleiros mais importantes da histórica coral, não apenas pelo recorde cearense, que dificilmente um dia será quebrado, mas também pelo bom período de tempo que atuou como titular da meta coral. Ibsen foi companheiro de Marcelino até 1971, quando deixou o Ferroviário e passou a atuar em outras equipes. O gol que quebrou a marca lendária de seu ex-companheiro pareceu doer no ex-atleta coral. Após o gol, Ibsen correu e pediu desculpas para Marcelino. O Maguary venceu o jogo por 2×1, quebrando uma invencibilidade do Ferrão, que não perdia desde outubro do ano anterior. O recorde de Marcelino já mereceu destaque em outra postagem do Almanaque do Ferrão e merece ser celebrado a cada aniversário. O ex-goleiro é vivo, reside ainda em Fortaleza, onde fixou residência. Nunca mais voltou ao Rio de Janeiro. Mora num apartamento no bairro do Papicu e certamente merece todos os elogios e parabéns possíveis.

ÍDOLO CORAL É O TREINADOR DO BOTAFOGO/SP NO BRASILEIRO

marcelo_03222

Marcelo Veiga: técnico coral em 2004

O ex-lateral esquerdo Marcelo Veiga, capitão e autor do gol do título do Ferroviário em 1988, é o novo treinador do Botafogo/SP. Ele vai disputar a Série D do campeonato brasileiro a partir do próximo mês com a tradicional equipe de Ribeirão Preto. Trata-se de sua segunda passagem como treinador da equipe que tem as mesmas cores do Ferroviário, a primeira foi em 2013 quando terminou entre os 8 melhores classificados do campeonato paulista. O Tubarão da Barra foi um dos primeiros trabalhos de Marcelo Veiga na carreira como treinador. Em 2004, Marcelo dirigiu o Ferrão em 15 partidas, conquistando 8 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. Na ocasião, teve a oportunidade de ser técnico do atacante Mazinho Loyola, seu ex-companheiro na campanha vitoriosa de 1988. Em seguida foi para o Bragantino/SP, onde permaneceu várias temporadas e foi campeão brasileiro da Série C em 2007. Há dois anos, Marcelo Veiga foi escolhido o melhor lateral esquerdo da história coral na campanha ´Time dos Sonhos` promovida em alusão aos 80 anos do Ferroviário Atlético Clube. Confira no vídeo abaixo a chegada oficial do eterno ídolo coral ao Botafogo/SP.

CARIMBO DOS ANOS 90 EM CIMA DO FORTALEZA COM SHOW DE ACÁSSIO

Não há um torcedor do Ferroviário que não recorde com saudade do período do inédito bicampeonato estadual 1994/1995, época que o Tubarão da Barra levava vantagem nos confrontos contra seus principais adversários, principalmente quando enfrentava o Fortaleza, alvo quase sempre de goleadas e derrotas acachapantes. Placares como 3×0, 4×0 e 5×0 se repetiram algumas vezes no período e serviam de gozação junto à torcida adversária. O Almanaque do Ferrão volta exatamente 20 anos no tempo, em junho de 1995, e recupera os melhores momentos de uma vitória coral por 3×0 no Presidente Vargas, na partida de número 2.577 da história coral, válida pelo 2º turno do campeonato cearense, que contou com 2 gols do ídolo Acássio e um gol do atacante Robério, o ´Artilheiro de Deus` do futebol alencarino.

1 003_1222

Acássio: ídolo dos anos 90

O Ferrão era comandado pelo técnico Ramon Ramos, ex-jogador do Vasco/RJ, Santa Cruz/PE e do próprio Ferroviário, em 1984, que mandou a campo a onzena coral com Roberval, Biriba, Batista, Santos e João Marcelo; Paulo Adriano, Borges, Melo e Acássio; Piti e Robério. Já o Fortaleza, do técnico César Moraes, jogou com Aderson, Valnir (Expedito)(Gilmar), Rau, Eduardo e Erandy; Eduardo Galo, Júnior das Arábias e Mardônio; Vivinho, Washington e Serrinha. O Ferroviário tinha um grande elenco, entrosado e excelente tecnicamente, um time quase letal, a prova disso é que voltou a enfrentar o Fortaleza um mês depois e aplicou uma nova goleada por 4×0. O baiano Acássio era o grande diferencial da equipe, o craque na verdadeira acepção da palavra, aquele que conquistou a torcida e virou ídolo rapidamente, talvez o último grande nome dos últimos 20 anos. Em 5 anos de clube, ele atuou em 132 partidas e marcou 74 gols, o que o coloca na condição de sétimo maior artilheiro da história coral. Acássio sempre brilhava nos clássicos e marcava gols contra Ceará e Fortaleza na mesma proporção que balançava as redes de Calouros e América. Reveja acima os lances do jogo contra o Fortaleza e recorde Acássio e grande elenco.