LULA PEREIRA: UM DOS NOMES MAIS IMPORTANTES DA NOSSA HISTÓRIA

Click do fotógrafo Thiago Gadelha na passagem de Lula Pereira pelo Ferroviário em 2016

Lula Pereira faleceu hoje aos 64 anos de idade. Após sofrer um AVC em agosto de 2019, o ex-técnico coral passou os últimos 18 meses de sua vida longe do futebol. Seu último trabalho no mundo da bola foi justamente no Ferroviário, como coordenador técnico, exercendo um papel preponderante para o soerguimento do clube, que encontrava-se alojado na segunda divisão do futebol cearense, na temporada de 2016. Foi a partir do trabalho da dupla Lula Pereira e Fernando Filho, treinador coral indicado pelo próprio Lula, que o Ferrão conseguiu a pontuação necessária para voltar novamente à elite cearense, mesmo encarando grave penúria estrutural. A primeira passagem de Lula Pereira pela Barra do Ceará também havia sido durante um momento de grande dificuldade. Foi em 1993, assumindo o comando técnico coral logo após uma derrota do Tubarão da Barra por 9×1 para o Ceará. Convidado pelo então presidente Clóvis Dias, Lulão abandonou a estabilidade de treinador das categorias de base do Ceará para assumir o desafio de resgatar a confiança do Ferroviário no campeonato. Em dois meses de trabalho, levou o Ferrão à final de um turno contra o próprio Ceará e formatou a base do elenco que ganharia dois estaduais seguidos em 1994 e 1995, uma das fases mais esplendorosas da nossa história. A partir daí, trilhou caminhos vitoriosos no futebol conquistando títulos pelo Brasil afora, chegando a treinar até o Flamengo/RJ. Lula Pereira esteve no Ferroviário em dois momentos muito difíceis da trajetória coral. Conseguiu êxito em ambos, tirando o clube do buraco e elevando-o a patamar comprovadamente superior, fato este, sem dúvida, que o qualifica como um dos nomes mais importantes da história do Ferrão. Descanse em paz, professor Lula Pereira. E obrigado por tudo.

RECORDE A GOLEADA CORAL CONTRA O ALTO SANTO PELA 2ª DIVISÃO

Foi num 25 de abril como hoje. Há apenas quatro anos, o Ferroviário estava disputando a segunda divisão do futebol cearense e enfrentou o Alto Santo pela segunda vez na história. O time coral massacrou o adversário com vários gols ainda no primeiro tempo e administrou o restante da partida. Valdeci marcou dois gols. Os outros foram de Paulista, Roney e Da Silva, cobrando pênalti. O ex-técnico Lula Pereira era o grande mentor daquele trabalho de soerguimento do Ferrão, que tinha Fernando Filho como treinador. Os dois levaram o Tubarão de Barra de volta à divisão de elite após uma competição que teve várias anormalidades. Naquela noite, em jogo arbitrado por Almeida Filho, o time coral formou com Róger, Rafael Tchuca (Lucas Caucaia), Erandir, Túlio e Bruno; Jonathas, Diego Silva, Paulista (Dejavan) e Da Silva; Roney e Valdeci (Rodrigo Piu). O adversário, treinado por Raimundinho, foi massacrado com Mauro, Berg, Edgar Pantera, Tony Belém e Teles (Gerrinho); Dida, Renato Frota (Davi), Bruno Ocara e Índio (Mateus); Emerson Catarina e Edson Cariús. Além do jovem Valdeci, o principal destaque individual do Ferroviário era o atacante Roney, artilheiro do campeonato de 2016 e que, infelizmente, sofreu uma contusão séria no final do campeonato, levando muito tempo para conseguir uma plena recuperação e resgate de sua performance. Depois, destacou-se atuando pelo River/PI e, no ano passado, conseguiu o acesso para a Série B do Brasileiro com a camisa do Sampaio Corrêa/MA.

DEFESA MILAGROSA DE CLEMER E GOL DE PÊNALTI NO ÚLTIMO MINUTO

O vídeo acima é um primor. Mostra o apronto coral para enfrentar o Ceará no campeonato cearense de 1993 sob o comando de Lula Pereira e, depois, os melhores momentos da vitória do Ferrão por 1×0, gol de Basílio, cobrando pênalti no último minuto da partida. Nunca é demais lembrar que, meses antes, o adversário bateu o time coral por 9×1 e o Tubarão da Barra teve que ser totalmente reconstruído dentro da competição com a chegada de Clóvis Dias como novo presidente. Destaque para uma defesa milagrosa do goleiro Clemer após arremate forte de Sérgio Alves, lance em que a torcida do Ceará gritou gol na hora do chute e foi obrigada a ver a bola nas mãos do arqueiro coral. Depois, o craque Acássio fez boa jogada pelo lado direito e sofreu o pênalti marcado pelo árbitro Dacildo Mourão. Basílio, ex-jogador do próprio Ceará, cobrou e fez o gol da vitória coral. Naquele domingo, o Ferrão jogou com Clemer, Itamar, Róbson, Batista e Branco; Reginaldo Souza (Paulo Adriano), Ronaldo Salviano, Acássio e Basílio; Batistinha e Márcio (Lima). O alvinegro, do falecido técnico Mário Juliato, perdeu com Ferreira, Jaime, Vitor Hugo, Biluca e Júnior Guimarães; Aírton (Júnior Piripiri), Mastrillo e Osmar; Ney (Mirandinha), Ronaldo e Sérgio Alves. A vitória foi ainda mais valorizada porque o Ferroviário estava com apenas dez jogadores após a expulsão do lateral Branco. Sete dos jogadores em campo nesse jogo estiveram no elenco histórico do bicampeonato estadual 1994/1995: Batista, Branco, Paulo Adriano, Acássio, Basílio, Lima e Batistinha. O goleiro Clemer foi o que alçou vôos mais altos, defendendo Remo/PA, Goiás/GO, Portuguesa/SP, Flamengo/RJ e Internacional/RS na sequência de sua vitoriosa carreira. As imagens são da TV Verdes Mares com reportagem de Victor Hannover e narração de Ivan Bezerra.

MARCELO VEIGA GRAVA VÍDEO E DESEJA BOA SORTE AO FERROVIÁRIO

Capitão do time e autor do gol que deu o título cearense de 1988 ao Ferroviário, o ex-jogador Marcelo Veiga gravou ontem um vídeo em Fortaleza, agradecendo o recebimento da nova camisa coral, confeccionada pela empresa Uniex, e desejando boa sorte a nova diretoria executiva encabeçada pelo presidente Nilton Ramos. O ídolo coral encontra-se na cidade para comandar o Bragantino/SP em partida contra o  Ceará, pela Série B do campeonato brasileiro. O vídeo foi publicado as redes sociais do Ferrão e gerou um bom engajamento por parte dos torcedores, principalmente entre aqueles que recordam as atuações do ex-lateral esquerdo com a camisa do Tubarão da Barra, entre 1988 e 1989. Há dois anos, o Almanaque do Ferrão recuperou a primeira entrevista de Marcelo Veiga assim que se apresentou ao clube em janeiro de 1988, reproduzida também logo abaixo.

No vídeo atual, Marcelo manda também um abraço para o treinador Lula Pereira, que continuará no Ferroviário na próxima temporada na função de coordenador técnico. Lula foi um dos principais incentivadores na vinda do paulista Nilton Ramos para a presidência coral com o intuito de tentar recuperar o prestígio do clube no cenário nacional. Curiosamente, Lula Pereira e Marcelo Veiga foram adversários no final da década de 80 no futebol cearense. Lula era o técnico do Ceará na partida histórica que o alvinegro marcou 5×1 em cima do Ferroviário no tempo normal, mas que perdeu na prorrogação por 2×0 com uma apresentação brilhante de Marcelo Veiga dentro de campo. Desejando que as palavras de Marcelo Veiga se concretizem na nova fase coral, resgatamos abaixo os dois gols do Ferrão na prorrogação daquela grande partida em 1988, na narração de Vilar Marques e Júlio Sales, ambos da então equipe esportiva da Rádio Uirapuru de Fortaleza. Vilar narrou o primeiro tempo da prorrogação e Júlio narrou o segundo tempo. Recorde.

FERRÃO GOLEIA DE LARANJA SOB AS BENÇÃO DE UM GÊNIO DO FUTEBOL

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Lendário Johan Cruijff na Copa de 1974

As velhas coincidências da vida. Ao adotar a camisa laranja como seu terceiro uniforme para a temporada de 2016, o Ferroviário jamais poderia imaginar que, mesmo indiretamente, homenagearia um dos maiores gênios do futebol mundial. Johan Cruijff, o líder do carrossel holandês que encantou o mundo da Copa de 1974, faleceu na última quarta-feira, dia 24, no mesmo dia que o Ferrão goleou o Itapajé por 5×2, atuando mais uma vez exatamente com o modelo semelhante ao utilizado pela seleção holandesa. Foi a quarta vitória consecutiva do time coral atuando com seu terceiro uniforme, o que para muitos já é motivo até de superstição. Coisas do futebol, dirão alguns.

O vídeo acima apresenta os gols da partida do Ferroviário contra o Itapajé. Aos poucos, o Tubarão da Barra vai marchando célere em busca do objetivo maior que é retornar para a primeira divisão do futebol cearense. A caminhada é árdua e complicada, mas sob a supervisão de Lula Pereira e o comando técnico de Fernando Filho, o sonho não é impossível. A competição nem chegou ainda a sua metade e o Ferroviário já igualou o número de pontos alcançados em todo o campeonato no ano passado. É por causa da camisa laranja, dirão os mais fanáticos. E ainda mais agora, sob as bençãos de um ícone do futebol que partiu. Que a genialidade de Cruijff inspire a garotada da ´Laranja Coral`.

LULA PEREIRA ESTÁ DE VOLTA AO FERROVIÁRIO 23 ANOS DEPOIS

Antes tarde do que nunca! Depois de 23 longos anos, Lula Pereira está de volta ao Ferroviário. Recorde no vídeo acima duas matérias com o então treinador do clube durante o campeonato cearense de 1993, ele que foi um dos principais responsáveis pelo processo de reestruturação do Tubarão da Barra naquela ocasião, culminando com o bicampeonato coral nos dois anos seguintes. O Ferrão deu a Lula a primeira grande oportunidade como técnico de futebol e foi o pontapé inicial de uma vitoriosa carreira que envolveu times como Figueirense/SC, Bahia/BA, Flamengo/RJ, América/MG, etc. Na semana passada, ele acertou seu retorno, dessa vez na função de coordenador técnico, e tem tudo para emprestar novamente sua competência na missão de reestruturar o clube e colocar seu nome novamente na história coral, ajudando-o a retornar para a primeira divisão do futebol cearense. Mas, você recorda a passagem de Lula Pereira em 1993?

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Lula Pereira apostou na própria carreira ao deixar o Ceará e treinar o Ferroviário em 1993

Em março de 1993, ele tinha apenas 36 anos de idade quando aceitou o desafio de abandonar as categorias de base do Ceará e assumir um abalado e desmoralizado Ferroviário, que vinha de um revés histórico de 9×1 sofrido contra o próprio time alvinegro. Lula indicou novos reforços e reformatou o elenco coral dentro da competição. Nomes desconhecidos como Acássio, Clemer, Itamar, Narcízio, Branco, Zedivan, Lima, Márcio, entre outros, passaram a ser contratados e, em três meses, o Ferrão já chegava na final do segundo turno do campeonato cearense. Até agosto daquele ano, foram 28 jogos comandando o Tubarão da Barra, sendo 12 vitórias, 7 empates e 9 derrotas. Lula Pereira não deu títulos ao clube, mas devolveu-lhe a competitividade e – o mais importante – a honra de time grande que disputava pau a pau com seus principais rivais. Deixou o clube após o Estadual e construiu uma carreira vitoriosa. Que o ano de 2016 possa contar com tudo de positivo que aconteceu em 1993, pois será importante para o Ferroviário e para o futebol cearense em geral. O elo de ligação entre esses dois longos períodos na história responde certamente pelo nome de Lula Pereira.

COLETÂNEA DE GOLS DO CRAQUE DE UMA GERAÇÃO INESQUECÍVEL

Faltam poucos dias para o aniversário de 20 anos do bicampeonato do Ferroviário conquistado em 1995, ano do FerroBiário, como costumava dizer o saudoso Antônio Estelita Aguirre, diretor de comunicação durante aquele auspicioso período. Sem dúvida alguma, o maior craque daquele time inesquecível foi o meia-atacante baiano Acássio, o símbolo maior da genialidade de uma geração que marcou época no futebol cearense. Foram 74 gols marcados com a camisa coral, o que o coloca como o 7º maior goleador da história do clube. Hoje é dia de prestar homenagem ao ex-jogador e conferir no vídeo acima 20 minutos de brilhantismo com os gols do eterno ídolo, figura certa na seleção coral de todos os tempos escolhida em campanha promocional há quase três anos.

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Entrevista na Expresso Coral

Acássio de Oliveira Seixas nasceu em Feira de Santana, interior baiano, em 1967. Ele jogava pelo tradicional Fluminense de sua cidade natal quando foi indicado para o Ferroviário, em 1993, pelo pai do treinador Lula Pereira, que o conhecia do futebol da boa terra. Se notabilizou no futebol cearense pela genialidade apresentada em dribles curtos, rápidos, em pequenos espaços do gramado, pelas arrancadas em direção à área adversária e pelos muitos gols decisivos que marcou em clássicos. Dentro da área, Acássio era frio e impiedoso, tornou-se rapidamente o xodó de uma torcida há tempos carente de grandes ídolos. Foram 132 jogos ao todo envergando a camisa do time que o acolheu no futebol cearense. Seu brilhantismo o levou a vestir a camisa do Vasco da Gama/RJ em temporadas seguintes. Encerrou a carreira atuando pelo Remo/PA. De todos os clubes que defendeu, o Ferrão é o que Acássio guarda as melhores recordações, muitas delas estampadas numa sensacional entrevista de duas páginas na edição de número 6, em abril de 2009, da extinta Expresso Coral, a revista oficial do Ferroviário naquele período. Aproveite bem o vídeo, pois gols assim hoje são coisa rara de se ver. E jogadores como Acássio são coisa rara de existir.

PRIMEIRA GOLEADA DE UM CICLO VITORIOSO CONTRA O FORTALEZA

O início dos anos 90 foram complicados para o Ferroviário. Times fracos, campanhas ruins e participações modestas nos campeonatos. A crise eclodiu em fevereiro de 93 após a goleada impiedosa de 9×1 sofrida para o Ceará. Após o jogo, no calor do humilhante revés, renúncia imediata do presidente Edilson Sampaio, do diretor de futebol Walmir Araújo e de todos os diretores. O que parecia o fim do clube para muitos, na prática representou o início de um ciclo vitorioso. Sob nova diretoria, capitaneada pelo empresário Clóvis Dias, o Ferrão trouxe jovens reforços e, em menos de um mês, vencia o primeiro clássico derrotando o Fortaleza por 1×0, gol do centroavante Isaías, num jogo que marcou a estreia do goleiro Clemer. Dois meses depois, mais uma vitória em cima do Leão, dessa vez de goleada por 4×1, com Batistinha (duas vezes), Basílio e Narcízio marcando para o time coral. Esse é o jogo que o Almanaque do Ferrão recorda agora através de imagens em vídeo que o tempo não apagou.

A partida representou a primeira goleada de uma série de incríveis vitórias do Ferrão em cima do Fortaleza durante o período Clóvis Dias. 4×1 foi um resultado que se repetiu algumas vezes nos campeonatos seguintes, 3×0, 4×0 e 5×0 foram placares bem íntimos do Leão até 1997, ano que marcou o fim do ciclo coral vitorioso, abrilhantado com um inédito bicampeonato 94/95, um verdadeiro marco na história do clube. Nesse jogo específico de 16/5/93, estreia do lateral esquerdo Branco e sob o comando de Lula Pereira, o Ferrão humilhou o Tricolor do Pici com Clemer, Itamar, Aldo, Marião e Branco; Reginaldo Souza, Ronaldo Salviano, Acássio e Basílio (Sílvio); Batistinha e Márcio (Narcízio). O Fortaleza, cheio de nomes famosos no futebol brasileiro, perdeu com Banana, Expedito, Sérgio Odilon, Alexandre e Albéris; Josenílton, Josué (Nando) e Elói; Eliézer, Kel e Jorge Veras (Vânder). Era o jogo 2.474 da história coral. Para sempre na memória do Almanaque do Ferrão.

LUIZ CARLOS CRUZ COMO TÉCNICO DO FERRÃO NA TV MANCHETE

Ele escreveu seu nome na galeria de bons treinadores do futebol cearense. Muito antes de passar por Ceará e Fortaleza, o catarinense Luiz Carlos Cruz treinou o Ferroviário durante dois meses na temporada de 1997. Jovem para a profissão, com apenas 32 anos de idade, trabalhava na base do Guarani de Campinas. Foi uma indicação do também treinador Lula Pereira, que o conhecia do futebol de Santa Catarina. Segundo os dados do Almanaque do Ferrão, Cruz teve uma passagem que durou 16 jogos e conseguiu um aproveitamento de 50% de vitórias. Caracterizou-se na Barra por ter dado oportunidade no time principal ao atacante Mota, com 17 anos incompletos, numa partida contra o Potiguar de Mossoró pelo campeonato brasileiro.

No final de 2013, o nome do já experiente Luiz Carlos Cruz foi novamente cogitado para retornar a Barra do Ceará depois de 16 anos, mas a direção do clube preferiu o treinador Washington Luiz, que conquistara a Taça Fares Lopes pela modesta equipe do Barbalha. Voltando 18 anos no tempo, você pode conferir acima a apresentação do ex-técnico coral no ´Programa do Belmino`, que era veiculado diariamente na extinta TV Manchete no horário do almoço. Retorne imediatamente para a auspiciosa década de 90 na vida do Ferrão e desfrute dessa curiosidade.

CIRO GOMES COMENTA CONQUISTA CORAL EM 1989

O Torneio Ciro Gomes foi uma competição organizada por 4 dissidentes da Federação Cearense de Futebol, que vivia situação política complicada em 1989. Ceará, Fortaleza, Ferroviário e Tiradentes decidiram realizar um quadrangular entre o final de janeiro e início de março. O curioso é que mesmo apenas empatando as três partidas, o Ferrão ficou com o título, pois cada jogo empatado era decidido nos pênaltis e o time coral levou a melhor nas três decisões.

No dia 5 de março, quando o Ceará já comemorava o título vencendo o Ferroviário por 1×0, o zagueiro Arimatéia igualou o placar aos 43 minutos finais, forçando a decisão por pênaltis. Evilásio, Barrote, Mardônio e Zé Carlos Paranaense converteram suas cobranças garantindo o 4×2. Não precisou nem da quinta batida, que estava reservada para Marcelo Veiga.

Vale a pena recordar abaixo o vídeo com o comentário esportivo de Ciro Gomes, então prefeito de Fortaleza, que entregou pessoalmente a taça ao Ferrão em meio a muita confusão no PV já que a torcida do Ceará, inconformada com a derrota, promoveu uma perigosa invasão de gramado que por muito pouco não provocou vítimas. Houve até desmaios no centro do campo.

Comandados por Erandy Pereira Montenegro, o time campeão formou na tarde/noite daquele domingo com o futebol de Albertino, Caetano (Silmar), Arimatéia, Juarez e Marcelo Veiga; Barrote, Evilásio e Zé Carlos Paranaense; Mardônio, Roberto Cearense e Olavo (Paulinho). Vale a pena também lembrar o excelente time que o Ceará tinha na época: Washington, Mário, Belterra, Edson Barros e Paulo César; Beto Cruz, Carlos Alberto Borges e Gerson Sodré; Márcio (Basílio), Celso Mendes e Santos (Oliveira Canindé). O técnico era Lula Pereira, que depois brilhou no Ferroviário e alavancou uma carreira de sucesso. Paulo César e Basílio também passaram depois pela Barra do Ceará. Brevemente o Almanaque do Ferrão trará o vídeo daquela emocionante conquista para a torcida coral recordar o gol de Arimatéia, os penais e a festa coral em meio à invasão alvinegra.