Um dos melhores times que o Ferroviário teve foi formado em 1985. A onzena principal atuava geralmente com Serginho, Laércio, Arimatéia, Léo e Vassil; Alex, Denô e Arnaldo; Cardosinho, Luizinho das Arábias e Foguinho. A confiança no grupo levava o presidente Caetano Bayma a repetir em suas entrevistas um bordão que marcou aquela temporada: “Só Deus tira o campeonato do Ferroviário“. O grande Pajé não contava com os erros de arbitragem na reta final. Estes sim fizeram com que aquele time não fosse campeão. Tudo, menos coisa de Deus.
O querido supervisor Chicão, falecido em fevereiro desse ano, confidenciou algumas vezes que os jogadores desse elenco gostavam de uma boa noitada regada à cerveja bem gelada. Coisas do futebol daquela época, incompatíveis com o profissionalismo de hoje. Chicão falava sempre com carinho e saudade do grupo montado por Caetano Bayma, que venceu o 2° turno do Estadual em cima do Fortaleza de forma categórica e depois foi escandalosamente prejudicado na decisão do 3° turno contra o mesmo adversário quando Luizinho das Arábias teve um gol lícito anulado. Coisa pra nunca mais esquecer.
O Almanaque do Ferrão recupera abaixo um áudio raro de 29 anos atrás. A gravação foi feita no vestiário coral logo após a conquista do 2° turno. São mais de 5 minutos de entrevistas comandadas pelo então setorista Ivan Bezerra, hoje no Diário do Nordeste, que trabalhava na Rádio Uirapuru. Recorde na sequência dos entrevistados o treinador Zé Mário, o diretor Múcio Roberto, o lateral Laércio, o ponta Cardosinho, o zagueiro Léo, o preparador físico Othon Borges, o meia Denô e o lateral Válter. Coisas que o tempo não apaga e você confere só aqui.