EMPATE NA ESTREIA DO TÉCNICO CAIÇARA NO ESTADUAL DE 1985

O vídeo acima resgata os gols de um grande clássico do Campeonato Cearense de 1985. Ferroviário e Ceará se enfrentaram num sábado, dia 22 de junho. O jogo marcou a estreia do experiente treinador Caiçara no comando técnico coral. O presidente Caetano Bayma investiu pesado e montou uma das melhores equipes do Ferrão na história. Naquela fase inicial da competição, as apostas recaíam em cima do talento do craque Adílton, que marcou o gol do Tubarão da Barra, de cabeça, após cruzamento de Carlos Antônio. O zagueiro Argeu marcou primeiro para o alvinegro. Os goleiros Wálter e Osvaldo foram considerados os melhores em campo com grandes defesas. O Ferrão formou com Wálter, Laércio, Arimatéia, Zé Luís e Joãozinho; Nélson (Marquinhos), Alex e Adílton; Cardosinho, Luizinho das Arábias e Carlos Antônio (Foguinho). Treinado por Zé Mário, o Ceará jogou com Osvaldo, Antunes, Djalma, Argeu e Bezerra; Alves, Lira e Assis Paraíba (Josué); Katinha, Neném (Flávio) e Amauri. Dessa equipe, Osvaldo, Djalma, Argeu, Alves e Lira jogariam no Ferrão em temporadas posteriores. Por sua vez, o volante Flávio Araújo foi técnico do Ferroviário em 2002. Nessa partida em junho de 1985, apenas 3.543 pessoas pagaram ingresso para assistir ao clássico, que foi arbitrado por Joaquim Gregório. No decorrer da competição, o Tubarão da Barra se reforçou ainda mais com contratações como o zagueiro Léo, o lateral Vassil, os meias Arnaldo, Denô e Wander, além do centroavante Nildo, que depois se destacou no cenário nacional jogando pelo Grêmio/RS. O treinador Caiçara comandou o Ferrão em 26 partidas e terminou a competição dirigindo o Ceará.

Treinador Francisco Barbosa Gomes, conhecido como Caiçara, foi treinador do Ferroviário em 1985

REGISTRO DE UMA FORMAÇÃO DO FERROVIÁRIO EM 1987 NO CASTELÃO

Uma das formações do Ferroviário no Campeonato Cearense de 1987 – Em pé: Laércio, Arimatéia, Ramos, Léo, Zé Alberto e Walter. Agachados: Mardônio, Edson, Mardoni, Narcélio e Carlos Antônio.

Eis o registro de uma das formações do Ferroviário Atlético Clube no Castelão, durante o Campeonato Cearense de 1987. A fotografia foi tirada no dia 19 de Julho daquele ano, antes de um Clássico das Cores contra o Fortaleza. O Tubarão da Barra vinha de uma excelente vitória contra o Guarany de Sobral, o que levou o treinador Erandy Montenegro a repetir a escalação que começou o jogo anterior. O jovem Mardônio e o experiente Zé Alberto eram os destaques da equipe, que contava também com a eficiência do carioca Carlos Antônio e do rodado Mardoni, jogador oriundo do Central de Caruaru, mas que já havia vestido a camisa de equipes como Palmeiras/SP e Vitória/BA na segunda metade dos anos 1970. A dupla de zaga Arimatéia e Léo vivia grande fase e jogava junto desde de 1985, dando proteção ao goleiro Walter que fazia sua melhor temporada nos quatro anos que permaneceu no Ferrão. O lateral Laércio já tinha quase uma década no clube e Ramos chegara recentemente emprestado pelo Botafogo/PB. Por sua vez, o já falecido atacante Narcélio era cria das categorias de base da Barra do Ceará no início dos anos 1980.

WALTER DEFENDE PÊNALTI E FERRÃO VENCE COM GOL CONTRA EM 1987

As imagens acima completam aniversário no dia de hoje. Foi no dia 12 de julho de 1987, quando Ferroviário e Ceará fizeram mais um clássico pelo campeonato daquele ano. A narração é de Ivan Bezerra na cobertura da TV Verdes Mares. O Tubarão da Barra escapou de tomar um gol no primeiro tempo, quando o centroavante Mauro Portaluppi cobrou e o goleiro Walter defendeu um pênalti. O atacante alvinegro vinha a ser o irmão mais novo do consagrado atacante, e hoje treinador, Renato Gaúcho. O Ferrão tinha uma equipe mesclada com jogadores experientes e outros egressos da base. Treinado por Erandy Montenegro, o time coral ganhou com Walter, Laércio, Arimatéia, Léo e Ramos; Zé Alberto, Edson e Mardoni (Renato); Mardônio, Narcélio (Cardosinho) e Carlos Antônio. Treinado pelo ex-zagueiro Moisés Matias, o Ceará perdeu com Washington, Reidene, Djalma, Argeu e Bezerra; Oliveira, Flávio (Douglas Neves) e Erasmo; Hílton (Victor), Mauro Portaluppi e Wanks. O gol da vitória saiu aos 30 segundos da etapa final. O Ferroviário bateu o centro e a jogada começou com o paraibano Ramos, que tocou para a progressão rápida entre o experiente Carlos Antônio e o jovem Mardônio. A bola bateu na trave e Bezerra, na ânsia de evitar a jogada, acabou marcando contra, perante um público pagante de 8.860 pessoas. Do time alvinegro, três jogadores passariam depois em campanhas de título do Ferroviário: o zagueiro Djalma, o meia Hílton e o ponta esquerda Wanks. Além deles, o zagueiro Argeu integrou o elenco coral no início do campeonato cearense de 1993.

HOMENAGEM A ROGER E AOS GOLEIROS DA HISTÓRIA CORAL

Semana passada, o goleiro Roger fez grandes defesas na vitória do Ferrão por 1×0 em cima do Crato, no PV. O jogo foi válido por mais uma rodada da segunda divisão cearense. A grande atuação de Roger mereceu um vídeo particular no canal oficial do clube no Youtube. Ele teve seu nome ovacionado pela torcida coral ao final do jogo. Formado nas categorias de base do Corinthians/SP e com boas passagens no futebol do Mato Grosso do Sul, Roger é o 195º goleiro da história de 83 anos do Ferroviário. Hoje, no dia do goleiro, o Almanaque do Ferrão homenageia o atual arqueiro coral, lembrando outros nomes que defenderam o clube, uns com muito sucesso, outros nem tanto.

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Alexandre Pavão em 2004

Que tal começar com Alexandre Pavão? O ex-goleiro do Figueirense/SC chegou em 2004 para o Tubarão da Barra. Fez apenas um jogo, tomou 4 gols, todos eles decorrentes de suas falhas em campo. Ficou tão constrangido com a atuação que pediu pra ir embora no dia seguinte. Por outro lado, como não lembrar de Marcelino, goleiro coral em 170 partidas entre 1969 e 1976, dono da maior marca de um arqueiro até hoje no futebol cearense, com seus 1.295 minutos sem sofrer gols, no ano de 1973. Dia de recordar ainda os lendários Ado e Wendell, consagrados no futebol brasileiro, assim como Clemer, que tiveram a oportunidade de vestir a gloriosa camisa do Ferroviário Atlético Clube.

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Fernando Lira: reserva em 1982

Dia do goleiro também é uma boa oportunidade para lembrar de nomes que não fizeram tanto sucesso, de passagem apagada, que faz os torcedores sequer lembrarem que jogaram no clube. Um exemplo é o Fernando Lira, ex-Sport/PE, reserva de Hélio Show no campeonato cearense de 1982. Foram apenas 3 jogos com a camisa coral. E Osvaldo, Carlinhos e Pedrinho, os três que brigaram pela titularidade no estadual de 1990? Certa vez, o Almanaque do Ferrão até resgatou um vídeo com os três. Lembra? Jorge Hipólito, nos anos 70, foi outro goleiro que também mereceu postagem especial no blog. Houve também o experiente Duílio, ex-Ríver/PI, que atuou em apenas 4 partidas em 1984.

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Walter: titular em 1987

Nesse dia do goleiro, daria até pra fazer uma crônica com todos os 195 ´guarda-valas´ corais, porém é preferível não adotar nenhum critério para mencionar os nomes dessa postagem. A intenção é citá-los apenas de forma aleatória, homenageando todos eles, os campeões, titulares ou não: Alderi, Zé Dias, Gumercindo, Juju, Cavalheiro, Douglas, Edilson José, Aloísio Linhares, Paulinho, Cícero Capacete, Giordano, Edmundo, Serginho, Robinson, Roberval, Miguel, Luís Sérgio, Dênis e Jorge Luiz; os quase nunca lembrados: Jorge Carioca, em 1992, Renato, em 1977, Zenga, em 2000, o indefectível Satanaz, em 1947, Banana, em 1991, Guanair, em 1993, Célio, em 2011, entre tantos outros. Podemos ainda citar Walter, ex-Tiradentes/CE, reserva entre 1985 e 1986, porém titular com grande atuações em 1987. No título estadual do ano seguinte, foi ele quem jogou as primeiras partidas. Enfim, o blog citou apenas alguns nomes entre os 195 goleiros que atuaram nos mais de 3.500 jogos da história coral. Sintam-se todos lembrados e homenageados. Feliz dia do goleiro!

BELOS GOLS E MEMORÁVEL VITÓRIA NUM 1° DE MAIO DE 27 ANOS ATRÁS

1° de maio sempre foi um dia muito convidativo para o futebol devido o feriado do dia do trabalhador. Já foram 33 partidas do Ferroviário nessa data, sejam amistosos, torneio início ou válidas pelo campeonato cearense. Se fizer um esforço de memória, o torcedor mais antigo fatalmente vai lembrar de uma vitória consagradora em cima do Fortaleza justamente nessa data, um domingo como outro qualquer no inesquecível ano de 1988. Está completando 27 anos hoje daquele jogo, estreia do atacante Guina, ex-Palmeiras/SP, que marcou logo um gol como cartão de visitas e o Ferrão enfiou 4×2 no placar, numa tarde que Arnaldo, Denô, Beto Andrade e Mazinho Loyola esbanjaram de jogar futebol com gols e belas jogadas em campo. Deu trabalho, mas o Almanaque do Ferrão resgatou o vídeo daquela memorável vitória. A qualidade da imagem acima não é a ideal, mas agora estes lances são eternos também na Internet. Curta-os e vejam como o Tubarão da Barra tinha um timaço naquela temporada.

guina

Guina: estreia com gol

O Ferroviário formou naquele 1° de maio com Serginho, Laércio, Arimatéia, Djalma e Marcelo Veiga; Toninho Barrote, Denô e Arnaldo; Mazinho Loyola, Guina e Beto Andrade. Não houve substituições no time coral, mas nas imagens do banco de reservas, pode-se visualizar o técnico Ramon Ramos, o ponta Amilton Rocha, o lateral Kléber e o goleiro Walter. Treinado por César Moraes, o Fortaleza foi humilhado no placar e com um ´olé` no final da partida com Zé Luís, Caetano, Ronaldo (Nilo), Freitas e Luís Fernando; Erivando, Alberto e Wescley; Gilson, Fernando Roberto e João Luís. Repare no passe de três dedos de Denô, no gol de peixinho de Mazinho Loyola, nos dribles de Beto Andrade e Arnaldo, além da cambalhota coletiva dos jogadores após os gols, uma marca característica do time naquela temporada, puxada sempre pelo vibrante lateral Marcelo Veiga. Foi o jogo 2.223 da história coral, o árbitro foi Francisco Pereira e 9.373 pessoas pagaram ingresso naquele dia.