Vanderley em treino do Ferroviário na temporada de 1977 com os goleiros Giordano e Vander
O registro fotográfico acima traz três personagens da história coral dos anos 1970. Em primeiro plano, o habilidoso atacante Vanderley, cria das categorias de base do Ferrão que, entre 1974 e 1978, atuou em 142 partidas e marcou 33 gols com a camisa coral. Ele faleceu jovem, no início dos anos 2000, por volta de 50 anos de idade. Atrás de Vanderley na imagem vemos dois dos quatro goleiros que figuraram no elenco do Tubarão da Barra em 1977: Giordano e Vander. O primeiro havia chegado no ano anterior, oriundo do Quixadá. O segundo, mais experiente, havia atuado no futebol piauiense e já havia defendido a camisa do Ceará. Além da dupla, o Ferroviário contava ainda com o jovem arqueiro Paulinho e com Renato, que começou o Campeonato Cearense como titular na preferência do treinador Lucídio Pontes. Porém, Giordano e Vander acabaram predominantemente se revezando na disputa da titularidade durante o restante da competição. Vander ficou apenas uma temporada no clube e defendeu a camisa coral em apenas 13 partidas. Por sua vez, Giordano permaneceu mais tempo na Barra do Ceará. Foram 135 participações no arco coral entre 1976 e 1983. Quando pendurou as luvas, Giordano passou a ser treinador de goleiros do Ferrão e foi campeão cearense em 1988, justamente trabalhando na comissão técnica de Lucídio Pontes, seu ex-treinador em 1977.
Ex-zagueiro Arimatéia esteve ontem em Fortaleza com a delegação do Guarani de Juazeiro
Foram 214 partidas com a camisa do Ferroviário. O zagueiro Arimatéia marcou época no time coral entre 1985 e 1989. Oriundo do Icasa/CE, favor não confundir com o seu homônimo, cria da base coral e já falecido, que atuou na década de 70. Estamos falando de José de Arimatéia da Silva, zagueiro titular que participou de 35 jogos no memorável título estadual de 1988. Você sabe por onde ele anda? Arimatéia mora em Juazeiro do Norte e vem atuando na função de preparador físico desde que pendurou as chuteiras. Trabalhou por um bom tempo no Icasa e depois de um 2016 parado para tratamento de saúde, ingressou no Guarani de Juazeiro, que faz boa campanha no Estadual desse ano. Há alguns anos, quando do falecimento de seu homônimo dos anos 70, Arimatéia disse que muita gente ficou assustada: “pensaram que tivesse sido eu e todo mundo me ligou preocupado, mas graças da Deus não era a minha vez“, disse em tom de brincadeira.
Uma das formações do Ferroviário no ano de 1988 – Em pé: Silmar, Serginho, Marcelo Veiga, Djalma, Alves e Arimatéia; Agachados: Arnaldo, Mazinho Loyola, Guina, Denô e Carlos Antônio
O Ferroviário está nas mais bonitas lembranças do ´xerifão` Arimatéia e de sua família. Foi certamente o time que ele mais se identificou durante sua trajetória no futebol, que envolveu ainda passagens pelo Fortaleza e ABC de Natal. Em contato com o Almanaque do Ferrão, o ex-zagueiro coral recordou as boas campanhas principalmente das temporadas de 1985 e 1988, quando atuou ao lado de nomes como Arnaldo, Luizinho das Arábias, Vander, Denô, Vassil, Carlos Antônio, Marcelo Veiga e Cardosinho. Em mais de 200 partidas pelo Ferrão, engana-se quem pensa que Djalma e Juarez, companheiros inseparáveis no título de 88, estão na formação de zaga ideal para Arimatéia. “Foram dois excepcionais jogadores, mas o meu parceiro na zaga que me identifiquei bastante e joguei por mais tempo junto foi o paraense Léo, que veio do Remo/PA. A gente se entendia muito bem e formamos a dupla titular entre 85 e 87“, lembrou ele.
Além de ex-companheiros, Arimatéia puxou pela lembrança nomes de diretores e colaboradores do Ferroviário em seu período. Ficou surpreso quando soube do falecimento do ex-presidente Carlos Alberto Mota e falou com especial atenção sobre Caetano Bayma e Vicente Monteiro. O ex-defensor coral traz vivo na memória a lembrança de um gol muito importante que marcou em março de 89, no jogo decisivo do Torneio Ciro Gomes, contra o Ceará, exatamente no último minuto do jogo, forçando uma decisão por pênaltis que garantiu o título daquela competição para o Tubarão da Barra. De presente pra ele, o nosso blog reprisa acima aquele belo gol em mais um momento festivo para o Ferroviário vivido pelo zagueirão que marcou época no time coral.
Ferrão em ação contra o Ceará pelo campeonato cearense no Castelão em agosto de 1977
O retrato acima mostra quatro jogadores do Ferroviário em ação no campeonato cearense de 1977. Você é capaz de reconhece-los? Certamente o mais famoso é o zagueiro Arimatéia, camisa 4, já falecido, que atuou em 230 partidas entre 1971 e 1979. O o goleiro é Vander, ex-Ceará e Flamengo/PI, que atuou apenas em 13 jogos naquela temporada. O camisa 3 é o experiente Ivan Lopes, uma das principais contratações para o Estadual daquele ano. Ivan era um jogador rodado no futebol nordestino, teve boas passagens na Paraíba e foi titular do Tiradentes/PI em momentos históricos da equipe piauense no campeonato brasileiro daquela década. No Ferrão, foram 17 partidas em 1977. O camisa 2 é Valdir Bassi, cria das categorias de base do São Paulo/SP, que atuou em 30 jogos pelo time coral. Apesar da numeração, Ivan Lopes era lateral direito e Bassi, que também jogava na lateral, atuou nessa partida no Castelão como zagueiro. Depois, ele marcou época atuando muito tempo pelo Moto Clube/MA. Hoje, tem 61 anos de idade.