EX-GOLEIRO MARCELINO CONTA SUAS LEMBRANÇAS NO RÁDIO

Vale a pena conferir o material acima. Ele foi gravado originalmente durante uma entrevista no programa “Futebolistas“, que vai ao ar pela Rádio Assunção AM 620, aos domingos, de 10h às 12h. O registro traz depoimentos importantes do ex-goleiro Marcelino, intercalados por fotos e imagens do acervo do ex-atleta coral. Durante 27 minutos, o detentor de um recorde histórico no futebol cearense – 1.295 minutos sem sofrer gols no Estadual de 1973 – recorda nomes e momentos importantes de sua carreira, relatando com riqueza de detalhes fatos importantes sobre sua proeza alcançada há quase cinco décadas. Marcelino abre a conversa falando com carinho do ex-dirigente Ruy do Ceará e, em seguida, discorre sobre detalhes que vão desde sua vinda para o Ferroviário, no final da temporada de 1969, o título cearense no ano seguinte, passando por momentos auspiciosos em sua carreira como o dia em que enfrentou o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, além de sua vitoriosa passagem pelo futebol maranhense no final da década de 1970. Quase dez anos depois de figurar no Time dos Sonhos do Ferrão e gravar um vídeo produzido pelo próprio clube, Marcelino abre suas memórias nessa conversa de rádio e, como não poderia deixar de ser, o Almanaque do Ferrão agora eterniza esse momento. Aproveite!

REPÓRTER TROCANDO IDEIAS COM O BICAMPEÃO CEARENSE NASA

O vídeo acima é de uma grande importância histórica. Diretamente de Juazeiro do Norte, o repórter Tony Sousa entrevista, em seu canal no YouTube, o ex-jogador coral Nasa. Vale a pena conferir as recordações do bicampeão cearense pelo Ferrão na década de 1990. Durante pouco mais de meia hora, o ex-jogador relembra a origem de seu apelido e histórias de quando chegou a ser goleiro no início de sua carreira em Pernambuco, além da chegada ao futebol cearense e sua transferência para o Ferroviário. Nasa fala ainda de sua trajetória no Vasco/RJ e no futebol japonês. Na Barra do Ceará, Nasa chegou como volante, mas fixou-se na lateral direita na temporada de 1994. No bicampeonato no ano seguinte, alternou partidas como volante e lateral. Em 2013, na eleição do Time dos Sonhos do Ferroviário, a torcida coral o apontou como o melhor lateral direito entre todos os que vestiram a camisa do Tubarão da Barra. Em três temporadas, Gesiel José de Lima entrou em campo 76 vezes e marcou 7 gols com a camisa coral. Não deixe de conferir esse belo registro histórico.

LIVE DO ALMANAQUE DO FERRÃO RECEBE MAZINHO LOYOLA

Ele foi um dos principais nomes do Ferroviário no final dos anos 1980. Além de participação ativa no título cearense de 1988, rendeu ao time coral uma rara e rentável negociação com o São Paulo/SP, um dos principais clubes do país na ocasião. No próximo domingo, dia 12, no tradicional horário de 21h30, a Live do Almanaque do Ferrão no Instagram vai receber o ex-atacante Mazinho Loyola, que abrirá sua caixa de memórias com a torcida coral. Além dos relatos sobre seu início de carreira no Tubarão da Barra, Mazinho vai compartilhar também suas últimas lembranças no futebol quando do enceramento da carreira no próprio time coral, em 2004, além de fatos importantes de suas passagens por times tradicionais do futebol brasileiro como Internacional/RS, Santa Cruz/PE, Corinthians/SP, entre outros. Em 2013, na escolha do Time dos Sonhos do Ferroviário, a famosa cria da Barra do Ceará figurou na onzena imaginária desejada pela galera coral. Mazinho Loyola será o sexto convidado da primeira temporada de Lives do nosso projeto. Antes dele, passaram pelo nosso perfil no Instagram nomes como Tiago Gasparetto, Arnaldo, Giancarlo, Ramirez e Acássio. Nos vemos no domingo! Pra aquecer a expectativa, reproduzimos novamente a primeira matéria de destaque que nosso convidado mereceu da TV no início de sua carreira.

GOLEIRO DO AMÉRICA/PE JOGOU MUITO NA LATERAL DO FERROVIÁRIO

América de Pernambuco na temporada de 1989 – Em pé: Roberto Potiguar, Pereira, Luciano, Gilney, Nasa e Nado; Agachados: Alfredo Santos, Helinho, Da Silva, Marcelo e Almir

A foto acima é de 1989. Ela é no mínimo curiosa. Trata-se do tradicional América de Recife, equipe que atualmente disputa a Série D do campeonato brasileiro. No último ano da década de 1980, a equipe pernambucana era patrocinada pela marca Tintas Coral, o mesmo patrocínio que o Ferrão chegou a estampar em seu uniforme no mesmo período. Porém, há uma outra coincidência um tanto quanto estranha. Repare no goleiro da foto. Trata-se de Nasa, que atuou com brilhantismo no Tubarão da Barra como volante e lateral direito. Foram 76 jogos entre 1993 e 1995 com a camisa coral, depois que chegou para o Ferrão oriundo do Guarani de Juazeiro. Dá pra ver que, como goleiro, Nasa tinha baixa estatura. Escolheu certo não arriscar mais na posição. Na memória, Nasa está no Time dos Sonhos, eternamente lembrado pela torcida coral.

TEM ÍDOLO ETERNO NA ÁREA SÓ PARA PRESTIGIAR A GRANDE FINAL

Ex-lateral esquerdo Marcelo Veiga segura a camisa coral em meio aos jogadores do Ferroviário

Marcelo Veiga já foi tema de várias postagens aqui no blog. O maior lateral esquerdo que vestiu a camisa do Ferroviário segundo a campanha ´Time dos Sonhos`, autor do gol do título na conquista do campeonato cearense de 1988, está novamente em Fortaleza e por um motivo muito especial: veio prestigiar o Tubarão da Barra na finalíssima do campeonato estadual contra o Ceará. Na noite de ontem, ele esteve na concentração do Ferroviário dando uma palavra de apoio para os jogadores corais. Depois, participou de um jantar aberto à conselheiros e torcedores. Tirou muitas fotos, conversou sobre fatos de sua época no clube e mostrou-se simpático e atencioso com todos aqueles que o tem como ídolo eterno do Ferrão. Em conversa com o blog durante a semifinal contra o Fortaleza, Marcelo Veiga pregou aviso: ´Se o Ferrão for pra final, eu pego um avião e vou pro estádio torcer´. Cumpriu o prometido. Independente do resultado, a presença especial de um ídolo do passado nesse momento reforça o elo coral com a grandeza histórica do clube no contexto do próprio futebol cearense. E, convenhamos, ter ídolos vitoriosos que continuam ligados à instituição tantos anos depois, não é pra qualquer torcida. Marcelo Veiga defendeu o Ferrão entre 1988 e 1989, atuando em 79 jogos e marcando 13 gols. Além do Estadual de 88, foi campeão do Torneio Ciro Gomes no ano seguinte. Em homenagem à chegada do eterno ídolo coral, o Almanaque do Ferrão revirou o baú e buscou uma raridade em vídeo: um gol, de falta, do ex-lateral, marcado na decisão do 2º turno contra o Tiradentes, no Castelão, em 1988. E lá se vão quase 30 anos no tempo.

RECORDISTA NO FUTEBOL CEARENSE VIVE AFASTADO DO MUNDO DA BOLA

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Ex-goleiro coral Marcelino escreveu seu nome na história do futebol cearense em 1973

Esse senhor estava semana passada numa oficina mecânica na Av. Rogaciano Leite, em Fortaleza. Papo animado, sempre simpático, porém completamente afastado do futebol. Sequer sabia que havia sido escolhido, há três anos, o goleiro da seleção coral de todos os tempos. Esse é Marcelino, que completou 69 anos de idade em janeiro passado. Continua sendo até hoje o goleiro do futebol cearense com maior número de minutos sem sofrer gols. No campeonato estadual de 1973, foram 1.295 minutos sem a bola entrar na meta do Ferroviário, a quarta melhor marca do Brasil em todos os tempos e entre as dez melhores do mundo. Ele já mereceu algumas citações aqui no blog, inclusive com a postagem de uma entrevista sua gravada pela direção de marketing coral em 2013. Marcelino não é muito afeito à Internet, mas ao ser avisado que existia conteúdo sobre ele no Almanaque do Ferrão, ele não titubeou: “Minha filha olha pra mim“, disse. Esse escreveu seu nome na história coral, não apenas pelo recorde que parece ser eterno, mas também pelas 170 partidas que entrou em campo com a camisa do Ferroviário, atrás apenas de Zé Dias e Jorge Luiz, os dois recordistas na posição em número de jogos.

LUIZ PAES VESTIA A CAMISA CORAL PELA PRIMEIRA VEZ HÁ 49 ANOS

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Luiz Paes em 2008

O ano era 1966 e a diretoria do Ferroviário contratou o zagueiro Luiz Paes junto ao Náutico/PE. Foi num 28 de setembro como hoje que ele fez sua estreia pelo time coral, o primeiro de 153 jogos no total, mais que suficientes para colocá-lo como um dos maiores defensores da nossa história, fato este comprovado na campanha ´Time dos Sonhos`, em 2013, que o nominou para a escalação coral de todos os tempos. Aquela primeira partida teve o Calouros do Ar como adversário, no PV, válida pelo 2º turno do campeonato cearense daquele ano e o placar terminou no 1×1, com Gilson Puskas marcando para o Tremendão da Aerolândia e Peu empatando para o Tubarão da Barra. Sob o comando de Vicente Trajano, o Ferrão atuou com a seguinte formação na estreia do novo zagueiro há 49 anos atrás: Adir, Albano, Vadinho, Luiz Paes e Roberto Barra-Limpa; Peu e Edmar; Miro, Zé de Melo, Esquerdinha e Sabará. Mesmo quando atleta, Luiz Paes dedicava-se bastante aos estudos nas horas livres e geralmente enfadonhas do período de concentração antes dos jogos, o que o levou por consequência à vida acadêmica assim que sua carreira no futebol chegou ao fim.

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Luiz Paes em foto de 1969

Durante mais de duas décadas, ele foi professor de Física do saudoso Colégio Cearense. Milhares de pessoas foram alunos do Professor Luiz Paes naquela renomada instituição. Em 2012, o jornalista Rafael Luís, jornalista e ex-aluno do colégio, comentou o fato em seu site Verminosos por Futebol: “Certo dia, outro professor nos contou que Luiz Paes havia sido um grande jogador de futebol na década de 1960. Com boa passagem pelo Ferroviário, ele teria parado Pelé em um amistoso contra o Santos, no PV, em 1968, com direito a matéria em jornal e tudo. Fui até meu pai e perguntei sobre o professor. ´Se lembro de Luiz Paes?! É claro que sim, ele foi um dos maiores zagueiros que vi jogar!`, respondeu“. Trata-se de um espontâneo relato que oferece uma dimensão da importância do ex-zagueiro na trajetória coral, que conquistou 5 títulos ao todo com a camisa do clube, entre eles os inesquecíveis Estaduais de 68 e 70. Em janeiro de 2008, Luiz Paes ilustrou a seção ´Craque do Passado` na já histórica 1ª edição da então revista oficial do Ferroviário, intitulada de Expresso Coral. Atualmente, ele é professor da Universidade de Fortaleza e reside próximo ao Shopping Center Iguatemi, uma das áreas mais valorizadas da cidade.

ARTILHEIRO IMPLACÁVEL DO FERRÃO VAI VIRAR TEMA DE LIVRO EM BREVE

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Pacoti em 1958

Pacoti, o artilheiro implacável do Ferroviário na década de 1950, vai virar tema de livro em breve. A iniciativa é do escritor cearense Saraiva Júnior, que há alguns anos vem trabalhando arduamente nas pesquisas e entrevistas para a obra. Francisco Nunes Rodrigues é o nome de batismo de Pacoti, que nasceu na cidade de Quixadá e se consagrou no futebol cearense vestindo a camisa do Ferrão, depois ganhou o mundo e brilhou no Sport/PE, Vasco/RJ e até no exterior, no Sporting de Lisboa, quando teve a honra de ser o primeiro cearense a disputar a famosa Liga dos Campeões da Europa, a Champions League, na temporada 1961/62, quando seu clube foi eliminado em 2 jogos contra o Partizan, da Iugoslávia, na fase pré-eliminatória da competição. Atualmente, Pacoti tem 82 anos de idade e reside no bucólico bairro da Praia de Iracema, em Fortaleza.

FORTALEZA, CE, 16-12-2014: Lançamento da Calçada da Fama, no espaço cultural da Arena Castelão. (Foto: Edimar Soares/O POVO)

Pacoti na Calçada da Fama da Arena Castelão

Pacoti teve duas passagens no Ferroviário, a primeira de 1955 a 1958 e a outra no final de sua carreira, entre 1966-1967, totalizando 78 jogos e 51 gols marcados com a camisa coral. Em 2013, seu nome foi escolhido na campanha ´Time dos Sonhos` e entrou definitivamente para a galeria dos maiores jogadores da história coral. No final do ano passado, Pacoti foi homenageado na Arena Castelão com seus pés eternizados na ´Calçada da Fama` daquela praça esportiva. A obra sobre o velho ´Pacote`, como é carinhosamente chamado pelos amigos mais próximos, será a segunda incursão literária do escritor Saraiva Júnior no futebol cearense, a primeira foi o livro sobre a carreira do craque Mozart, que foi companheiro de do próprio Pacoti no Ferroviário no ano de 1966.

CAMPANHA NO ANO PASSADO ESCOLHEU O TIME DOS SONHOS

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Ao completar 80 anos de existência em 2013, o Ferroviário não ganhou como presente apenas o lançamento do Almanaque do Ferrão, que eternizou cronologicamente todos os jogos oficiais e amistosos da história coral. Ainda como parte das comemorações, o clube elegeu também seu ´Time dos Sonhos` através de uma votação na Internet a partir de uma criteriosa pré-lista que contemplava 5 indicações por posição. É sempre oportuno recordar os principais nomes da caminhada coral. Confira:

1 – Marcelino: Veio da Portuguesa/RJ. Esteve presente em 10 partidas no título estadual de 1970. Recordista com 1295 minutos sem sofrer gols no Estadual de 1973. Atuou 170 vezes entre 1969 e 1976. Obteve 30% dos votos.

2 – Nasa: Defendeu o clube em 76 partidas na fase vitoriosa entre 1993 e 1995. Atuava também como volante. Oriundo do Guarani de Juazeiro. Obteve projeção nacional jogando pelo Vasco/RJ. Ficou com 51% dos votos.

3 – Luiz Paes: Jogou 153 partidas entre 1966 e 1971. Parou Pelé no Jogo das Faixas do título coral de 1968 quando foi também o capitão do time. Oriundo do Náutico/PE. Ficou com 42% dos votos.

4 – Celso Gavião: Zagueiro goleador com gols importantes. Foram 32 gols em 122 partidas. Veio do Botafogo/SP. Conseguiu projeção mundial no Porto de Portugal. Parou de jogar no próprio Ferrão em 91. Obteve 45% dos votos.

5 – Lima: Chegou em 1993 oriundo do Sul América de Manaus. Fez 50 partidas com a camisa coral. Titular absoluto no título de 1994. Conseguiu projeção mundial jogando pela Roma, sendo titular da equipe italiana em algumas temporadas. Obteve 40% dos votos.

6 – Marcelo Veiga: Xodó da torcida coral no título de 1988, quando foi o capitão da equipe. Veio do Santo André/SP. Fez 13 gols em 79 jogos. Ficou até o ano seguinte e depois conseguiu projeção nacional no Santos/SP. Obteve 65% dos votos.

7 – Mazinho Loyola: Cria das categorias de base que brilhou no título de 1988. Foi negociado com o São Paulo logo em seguida. Jogou 55 vezes e marcou 16 gols pelo profissional. Encerrou a carreira no próprio clube em 2004. Obteve 47% dos votos.

8 – Coca Cola: Jogador lendário na fase áurea dos títulos de 1968 e 1970. Jogou em 324 partidas e fez 71 gols. Oriundo do Campinense/PB. Depois de atuar pelo Ferrão, jogou no futebol português. Obteve 51% dos votos.

9 – Pacoti: Um dos jogadores mais emblemáticos do futebol cearense. Jogou ainda no Sporting de Portugal. Jogou 78 vezes em duas passagens pelo clube. Fez 51 gols pelo Ferrão. Oriundo do Nacional/CE. Obteve 35% dos votos.

10 – Acássio: Principal jogador coral no bicampeonato no 94/95. Defendeu o clube 132 vezes e marcou 74 gols. Veio do Fluminense/BA. Sempre deixava sua marca de goleador em clássicos. Chegou depois a defender a camisa do Vasco/RJ. Obteve 53% dos votos.

11 – Jorge Veras: Goleador coral entre 1982 e 1984. Também sempre deixava sua marca nos clássicos contra Ceará e Fortaleza. Fez 65 gols em 155 jogos com a camisa coral. Conseguiu projeção nacional no Grêmio/RS. Obteve 35% dos votos.

Técnico – César Moraes: Conhecido como Guri, foi um dos nomes mais simpáticos do futebol cearense até hoje. Campeão estadual pelo Ferrão em 1979 e 1994. Passou sete vezes pelo clube e levantou 4 títulos ao todo. Obteve 52% dos votos.