FOTO DO GOL DE JORGE VERAS CONTRA O FORTALEZA EM 1982

ídolo Jorge Veras chuta e vence o goleiro Salvino em jogo decisivo do Campeonato Cearense de 1982

O gol do registro fotográfico acima já mereceu postagem aqui no blog com a recuperação histórica da imagem em vídeo do referido lance. Corria o dia 5 de dezembro de 1982 e o Fortaleza precisava só de um empate para ser campeão estadual naquele domingo. Na etapa final, o atacante Jorge Veras aproveitou um vacilo do atacante Edmar e roubou-lhe a bola, avançando para marcar o gol da grande vitória coral no Castelão. O adversário ainda perdeu um pênalti na partida. O resultado forçou a realização de uma “melhor de quatro pontos” para apontar o grande campeão da temporada. A bela imagem acima foi devidamente publicada no dia seguinte nos jornais da capital cearense que estamparam o triunfo coral.

FAMOSO GOLEIRO ADO FAZIA SUA ESTREIA HÁ EXATOS 40 ANOS

Experiente goleiro Ado ajeita a barreira coral no histórico “Jogo do Terremoto” contra o Ceará

Foi num 9 de outubro como hoje. Faz 40 anos que o tricampeão mundial Ado vestiu a camisa do Ferroviário pela primeira vez, num total de apenas cinco oportunidades. Reserva de Félix na Copa do Mundo de 1970, ele entrou no segundo tempo de um jogo contra o Tiradentes, no PV, aos 34 anos de idade, no posto do titular Salvino. A partida era válida pelo campeonato cearense de 1980. O time coral formou naquela oportunidade com Salvino (Ado), Jorge Henrique, Jorge Luís, Celso Gavião e Luís Augusto; Zé Maria, Nilsinho e Jacinto; Osni, Sousa (Serginho) e Marco Antônio. Treinado por João Batista, o Tigre foi goleado por 4×0 com Gilmar, Milton, Totô, Júlio e Adão; Jodecir, Vanderley (Maciel) e Aucélio; Eci, Da Silva e William. Os gols foram de Jacinto, Celso Gavião, Osni e Serginho. Depois de repetir a substituição em alguns jogos na reta final da competição, contra Quixadá e Guarani de Juazeiro, o treinador Lanzoninho optou por utilizar o experiente Ado na reta final do Estadual nos jogos decisivos contra o Ceará, inclusive no famoso “Jogo do Terremoto“, em que o arqueiro coral foi um dos melhores em campo e o Ferrão bateu o Ceará por 1×0, com um gol de placa de Bibi. Ado foi vice-campeão cearense com o Ferrão naquela temporada.

O DIA QUE O PONTA ESQUERDA DO FERRÃO TERMINOU JOGANDO NO GOL

Marco Antônio virou goleiro

Ferrão e Fortaleza faziam mais um Clássico das Cores pelo campeonato cearense de 1980, quando o árbitro Emanuel Gurgel observou o goleiro Salvino retardando o jogo, aos 42 minutos finais, e o expulsou do gramado. Como o treinador Lanzoninho já tinha efetuado as duas substituições permitidas, coube ao ponta esquerda Marco Antônio, ex-Corinthians/SP, colocar a camisa de goleiro e as luvas, ir para as traves e defender a meta coral nos minutos restantes. Esse jogo aconteceu, no PV, há exatos quarenta anos. O jogo foi 1×1. Ricardo Fogueira marcou para o Tubarão da Barra e Odilon empatou para o Fortaleza. Após a reclamação pelo expulsão do arqueiro coral, todo o banco de reservas terminou expulso. O Ferroviário sustentou o empate, apesar da pressão do Fortaleza, e faturou um ponto no hexagonal decisivo do 1º turno. Além de Corinthians e Ferrão, Marco Antônio defendeu o Londrina/PR e Atlético/GO. Depois que parou de jogar, o ex-atacante infelizmente teve envolvimento com drogas e acabou assassinado em 2 de outubro de 1994, aos 43 anos de idade, chegando a ser enterrado com indigente. Segundo o site Terceiro Tempo, do jornalista Milton Neves, foi graças à amiga Célia Maria Martins, que ele teve o corpo reconhecido posteriormente e pôde ser sepultado com dignidade no Cemitério da Vila Formosa, na zona leste de São Paulo.

GRANDE VITÓRIA DO FERRÃO EM CIMA DO LEÃO NO ESTADUAL DE 1981

Os gols acima aconteceram há quase 40 anos. Foi no dia 8 de novembro de 1981, quando Ferroviário e Fortaleza jogaram pelo campeonato cearense no Castelão. O ponta direita Jangada, recentemente falecido, e o ponta esquerda Babá marcaram os gols do Ferrão. Essa vitória foi muito comemorada pois sacramentou a vaga do time coral no campeonato brasileiro do ano seguinte, já que a derrota tirou as chances do Fortaleza de conquistar a vaga para a competição nacional. O goleiro Salvino, atuando pelo Tubarão da Barra, foi o grande nome do jogo. De curioso, Moésio Gomes e Lucídio Pontes, dois renomados treinadores do futebol cearense, em lados opostos. Identificado com o Fortaleza, Moésio era o técnico coral nesse jogo, enquanto que Lucídio, de profunda identificação com o Ferroviário, treinava o Leão na ocasião. Confira as escalações: o Ferrão alinhou com Salvino, Jorge Henrique, Paulo César Piauí, Nilo (Paulo Maurício) e Roner; Doca, Meinha e Sima. Jangada, Roberto Cearense (Paulo César Cascavel) e Babá. Já o Fortaleza perdeu com Washington, Alexandre, Lineu, Luiz César e Clésio; Nélson, Jadir e Brás (Chinesinho); Izone (Viegas), Evilásio e Dudé. O jogo foi válido pelo hexagonal decisivo do 3º turno e teve Luís Vieira Vila Nova no apito, diante de 3.467 pagantes. No vídeo acima, destaque para o golaço de Babá, de falta, em cima do goleiro Washington, que cinco anos depois jogaria no Ceará. No Ferrão, o meia Sima, o maior craque da história do futebol piauiense, vestia a camisa de número 10 do Tubarão da Barra.

EX-GOLEIRO SALVINO FALECEU NESSE FIM DE SEMANA EM FORTALEZA

Goleiro Salvino no Castelão em 1980

O ex-goleiro Salvino, um dos nomes mais conhecidos do futebol cearense, faleceu na noite do último sábado em Fortaleza. Há alguns anos, ele lutava contra problemas de saúde e sua situação complicou após uma parada cardíaca no início da semana. Depois de atuar por Sport/PE e Botafogo/PB, o Ferrão foi sua porta de entrada no futebol cearense. Contratado para a Série A do campeonato brasileiro de 1980, o goleiro coral manteve-se como titular praticamente durante toda a temporada, perdendo apenas a titularidade na reta final do Estadual de 1980 para o famoso tricampeão mundial Ado. No ano seguinte, reassumiu a condição de titular em outra edição da Série A nacional e no campeonato cearense. Em dois anos de clube, Salvino Damião Neto foi duas vezes vice-campeão estadual com a camisa do Ferrão, atuando 111 vezes pelo Tubarão da Barra. Sua primeira partida ocorreu no dia 26/01/1980 num amistoso contra a equipe suburbana do Santa Cruz de Fortaleza. Seu último jogo ocorreu exatamente na finalíssima do campeonato cearense de 1981, em 26 de novembro daquele ano, quando o Ceará marcou 1×0 na prorrogação e ficou com a taça de campeão. Depois, Salvino foi negociado com o Fortaleza, onde entrou para a história com títulos, à exemplo de sua vitoriosa passagem pelo Ceará em 1986. Em 1988, foi campeão do 2º turno do Estadual com a camisa do Tiradentes em cima do próprio Ferroviário. Na Barra do Ceará, Salvino será sempre lembrado como o goleiro que defendeu o clube nos confrontos mais memoráveis do Ferrão pela Série A nacional entre 1980 e 1981,  titular da meta coral contra times como Santos/SP, Ponte Preta/SP, Internacional/RS, Flamengo/RJ, Atlético/MG, Fluminense/RJ, São Paulo/SP, Cruzeiro/MG, entre outros. Que Deus acolha Salvino agora no reino dos céus porque na terra definitivamente ele  escreveu seu nome na história.

JORNALISTA CELSO UNZELTE VESTE CAMISA RETRÔ DO FERROVIÁRIO

Aconteceu na semana passada! Em mais um programa do Canal 3Loucados no You Tube, o jornalista Celso Unzelte prestou uma homenagem ao Ferroviário Atlético Clube. Ao lado do companheiro Marcelo Duarte, ele vestiu a camisa retrô coral alusiva à temporada vitoriosa de 1979. A camisa foi um presente da direção coral ao jornalista, que visitou Fortaleza em janeiro de 2011, para uma série de reportagens do extinto programa Loucos por Futebol, veiculado durante vários anos na ESPN Brasil. No vídeo acima, Celso Unzelte reviveu lembranças registradas por ele próprio no prefácio da versão impressa do Almanaque do Ferrão, falando inclusive o nome do meia Jacinto, campeão em 79, e do goleiro Salvino, que chegou ao clube na temporada seguinte, ano em que o Ferrão continuou utilizando suas camisas no padrão das três listras horizontais. Confira!

LENDÁRIO EMBATE CONTRA A PONTE PRETA E CONSAGRAÇÃO DE SALVINO

1980_102233

Foi num 2 de março como hoje. Em 1980. Treinado pelo cearense Aristóbulo Mesquita, ex-jogador do Flamengo/RJ, o Ferroviário enfrentou a Ponte Preta/SP dentro do seu estádio em Campinas e arrancou um empate com gosto de vitória, numa tarde que consagrou o goleiro Salvino, com pelo menos 6 defesas de pagar o ingresso dos 8.336 expectadores. O 0x0 no placar foi heróico diante de um adversário que naquela época tinha grandes jogadores, costumava figurar entre os finalistas do campeonato paulista e que fazia boa campanha naquela edição na elite do campeonato brasileiro. Foi apenas o jogo 1.740 da história coral e olhe que hoje já se vão quase 3.550 embates, razão pela qual o Almanaque do Ferrão resgata detalhes daquela partida que faz aniversário.

nilo

Nilo: grande partida

Foi a primeira partida oficial do zagueiro Nilo, contratado junto ao Tiradentes/CE. Ele, que ficou vários anos no clube e chegou a 244 jogos com a camisa do Ferrão, atuou de forma primorosa. Teve também o zagueiro paid´égua Artur, ex-Ceará, improvisado de volante, e um centroavante chamado Hélio Sururu, que brilhou no futebol paraibano, mas que na Barra não foi lá essas coisas todas. No time de Campinas, treinado por Zé Duarte, o goleiro era Carlos, titular da seleção brasileira na Copa de 86, além dos craques Osvaldo e Marco Aurélio na meia cancha e do lateral Edson, que também chegou a vestir a camisa da seleção canarinha. Foi um jogo difícil, no qual o lateral Jorge Henrique foi um dos maiores nomes em campo, ao lado do arqueiro coral que definitivamente roubou a cena naquela tarde.

salvino2

Salvino com a camisa do Ferrão

A atuação espetacular de Salvino lhe valeu um bicho extra de 2 mil cruzeiros por parte do diretor Moacir Pereira Lima, além dos outros 3 mil cruzeiros pagos para cada jogador que participou daquele jogo inesquecível. O goleiro coral foi parabenizado até pela diretoria da Ponte Preta. Repare na formação do Ferroviário: Salvino, Jorge Henrique, Nilo, Celso Gavião e Ricardo Fogueira (Doca); Artur, Bibi e Jacinto (Hélio Sururu); Ari, Almir e Nilsinho. O adversário atuou com Carlos, Toninho Oliveira, Orlando Fumaça, Eugênio e Odirlei; Humberto, Marco Aurélio e Osvaldo; Parraga (Edson), Ademir e João Paulo. Giose do Couto apitou a partida no estádio Moisés Lucarelli, naquela que deve ter sido a maior apresentação de Salvino Damião Neto defendendo o futebol cearense, ele que vestiu ainda as camisas do Fortaleza, Ceará e Tiradentes. O ex-goleiro ficou no clube até o final de 1981 e conquistou dois vice-campeonatos estaduais pelo Ferrão, totalizando 111 jogos com a camisa  coral. Salvino trabalhou até ano passado como treinador de goleiros do Fortaleza. Atualmente, aos 60 anos de idade, ele passa por sérios problemas de saúde e conta com a torcida de todos os desportistas cearenses.

EDMUNDO, SALVINO, GIORDANO E BARBIROTO JUNTOS EM 1981

goleiros 1981

Da esquerda para direita: Edmundo, Salvino, Giordano e Barbiroto em treino no PV

Será que o Ferroviário estava mal de goleiros no início de 1981? Prestes a enfrentar times como Atlético/MG, São Paulo/SP, Fluminense/RJ, entre outros, eis uma foto histórica com os quatro bons arqueiros do elenco no início daquela temporada. Todos foram titulares da meta coral em algum momento de suas carreiras. Giordano, contratado junto ao Quixadá, foi entre eles o que mais vezes atuou com a camisa coral. Foram 135 partidas entre 1976 e 1983. Em segundo, o goleiro Salvino, ex-Botafogo/PB, com seus 111 jogos em apenas duas temporadas, de 1980 a 1981. Por sua vez, Edmundo, ex-goleiro da Desportiva/PB, teve chance em 36 partidas entre 1978 e 1982. Apesar da foto acima, Barbiroto não permaneceu para o Brasileiro 81, mas acabou retornando para o campeonato nacional de 1982 e brilhou pelo Ferrão com grande atuações, voltando depois para o futebol paulista para ser titular do São Paulo/SP, dono de seu passe, na continuidade de sua carreira. Sete anos depois, em 1989, voltou ao Ferroviário para jogos do Estadual e para ser o goleiro na primeira participação coral na Copa do Brasil, totalizando 21 partidas em suas duas curtas e rápidas passagens pelo Tubarão da Barra.

CAMPEÃO NA SELEÇÃO, NUNCA NO TIMÃO E QUASE NO FERRÃO

1980_39222

Foto histórica do goleiro Ado defendendo o arco do Ferroviário em 1980 contra o Ceará

Eduardo Roberto Stinghen era o reserva imediado de Félix na Seleção Brasileira tricampeã do mundo em 1970 no México. Numa época onde apelidos no futebol faziam a diferença na identificação dos jogadores, adotou a alcunha de Ado e ficou famoso no futebol nacional defendendo as cores do Corinthians/SP exatamente na época que o time paulista amargava um jejum histórico de títulos. Depois de jogar no América/RJ, Atlético/MG, Portuguesa/SP e Santos/SP, chegou para o Ferroviário em 1980 aos 34 anos de idade. Por descaso com a história e em razão de sua curta passagem, muitos esquecem que o experiente goleiro foi muito bem no arco coral nos jogos que participou.

ado1

Goleiro Ado

A trajetória de Ado no Ferroviário começou a ser escrita com a sua entrada, no segundo tempo, em três partidas substituindo o goleiro Salvino contra o Tiradentes, Quixadá e Guarani-J. Em 19/11/80 veio a chance de entrar como titular contra o Ceará e ele não decepcionou. Pelo contrário, fez pelo menos 3 defesas sensacionais que garantiram a vitória coral por 1×0, uma delas numa cabeçada fulminante do jogador Nei que ele mandou para escanteio e outra na cobrança magistral de falta de Zé Eduardo que Ado voou e espalmou. Voltou a brilhar e pegar tudo na grande final uma semana depois, novamente contra o Ceará. Só não pegou um chute forte do lateral João Carlos, aos 11 minutos do 2º tempo, que fez escapar das mãos de Ado e do Tubarão o então inédito título de bicampeão diante de 41.434 pagantes. Foram apenas 5 jogos com a camisa coral, mas o suficiente para marcar a passagem de um nome nacional pelo Ferrão.

A única imagem em vídeo do goleiro Ado defendendo as cores corais é exatamente o gol do título do Ceará. Foi o único chute que ele não conseguiu defender enquanto goleiro do Ferroviário. O Almanaque do Ferrão resgata abaixo esse momento da história do clube.