GOLEIRO BICAMPEÃO CEARENSE PARTICIPOU DE PODCAST

O goleiro do Ferroviário no histórico bicampeonato estadual 1994-1995 falou ontem sobre sua passagem no futebol cearense. O alagoano Roberval foi o convidado do podcast “Mano a Mano”, dos irmãos Daniel Silvio e David Barbosa, que vai ao ar no YouTube às sextas-feiras no horário noturno. Durante mais de uma hora, o ex-arqueiro do Ferrão recordou sua passagem pelo futebol cearense desde que foi contratado pelo Ceará em 1989. Chegando para o Tubarão da Barra cinco anos depois, ele vivenciou um momento ímpar na história coral até o fim da temporada seguinte, sagrando-se bicampeão estadual. Somado aos poucos jogos que fez no final de 1998, quando voltou a Barra do Ceará com o propósito de encerrar a carreira, Roberval defendeu o arco do Ferrão em 59 partidas. Vale a pena recordar as memórias de Roberval e conferir o bate-papo de ontem à noite, que contou ainda com a participação do Almanaque do Ferrão, entre outros convidados e participantes que enviaram perguntas, mensagens e comentários durante a gravação.

JOGO CONTRA O REMO EM BELÉM TERMINOU EMPATADO EM 1995

Nesse domingo, dia 16 de agosto, o Ferroviário volta a jogar contra o Remo/PA na cidade de Belém depois de 25 anos. Á última vez que isso aconteceu foi no dia 10 de março de 1995 em partida válida pela primeira fase da Copa do Brasil. Acima, resgatamos as imagens de pré-jogo no treinamento ainda na Barra do Ceará, com direito à entrevistas com o goleiro Roberval e com o lateral direito Biriba. Em seguida, os gols do jogo. As imagens foram veiculadas na TV Verdes Mares de Fortaleza. O Remo abriu 1×0 com o veterano Luis Muller, numa falha da defensiva coral, porém o meia Borges marcou um golaço, de falta, e decretou o empate no jogo. O goleiro do time paraense era o ex-coral Clemer. No jogo de volta, o Remo eliminou o Tubarão da Barra, dentro do Castelão, vencendo por 3×1 numa sexta à noite. Ao todo, até hoje os dois times se enfrentaram apenas sete vezes na história, nas temporadas de 1940, 1952, 1971, 1980 e 1995. A única vez que o time coral bateu o Remo na capital paraense foi num amistoso em 1971, placar de 2×0 com dois gols de Amilton Melo. Em 1980, pelo campeonato brasileiro da Série A, o Remo bateu o time coral por 2×1 em Belém, também no estádio Evandro Almeida, conhecido popularmente como Baenão. Amanhã, quando se enfrentarem novamente, será a primeira vez na história que o Ferroviário se apresentará no Mangueirão, principal estádio da cidade de Belém.

RECORDE OS GOLEIROS DO FERRÃO NO INÍCIO DA TEMPORADA DE 1995

Resgatamos o vídeo acima para matar as saudades dos nossos goleiros na vitoriosa temporada de 1995. No início do ano, o arqueiro campeão Roberval, titular na conquista do campeonato cearense de 1994, ainda não havia renovado contrato e três goleiros disputavam a camisa de número 1 na Barra do Ceará, sob o comando do preparador Edmundo Silveira. Com a experiência de quem havia sido campeão como goleiro do próprio Ferroviário em 1979, Edmundo treinava nomes como Birigui e Miguel, ambos egressos da base coral, além do piauiense Jorge Luiz, que voltava de empréstimo ao Itapipoca/CE. Como era de se esperar, o alagoano Roberval renovou contrato e iniciou a temporada como titular, permanecendo assim até meados de setembro, quando Jorge Luiz passou a ser mais utilizado e acabou figurando na meta coral nos jogos mais decisivos da reta final do campeonato cearense, inclusive na grande decisão contra o Icasa, quando o Tubarão da Barra sagrou-se bicampeão estadual. No cômputo geral, Roberval jogou 30 partidas na campanha, Jorge Luiz foi utilizado em 18 jogos e Miguel entrou em duas partidas. Por sua vez, o jovem Birigui acabou não jogando nenhuma partida oficial em 1995, mas obteve uma sequência como titular do Ferroviário, mais maduro, na temporada de 2002. As imagens acima foram veiculadas pela TVC de Fortaleza com reportagem de André Beltrão.

ENTREVISTAS RARAS DENTRO DE CAMPO COM O ABC CORAL DE 1994

Recuperamos o vídeo acima para a posteridade. Trata-se da cobertura da TVC, afiliada da TV Cultura em Fortaleza, mostrando os momentos finais do jogo decisivo contra o Ceará no Castelão em 1994. A narração é de Luciano Vieira de Moraes, que por sinal era irmão do treinador campeão César Moraes. É possível ouvir também na transmissão a voz do comentarista Lima Júnior. Após o apito final do árbitro Dacildo Mourão, a matéria apresenta entrevistas até então desconhecidas da torcida coral, contemplando cinco jogadores ainda dentro de campo: o goleiro Roberval, o craque Acássio, o volante Lima e os atacantes Batistinha e Cícero Ramalho. Na ocasião, o famoso ABC Coral, termo criado em referência às iniciais de Acássio, Batistinha e Cícero Ramalho, terminou justamente apontando os três jogadores que mais fizeram gols na competição, na qual o somatório de tentos assinalados pelo trio registrava mais gols que o elenco inteiro do vice-campeão Ceará. Batistinha foi o principal artilheiro do certame com 21 gols, Acássio com 18 gols foi o segundo maior goleador e Cícero Ramalho com 14 gols, o terceiro, totalizando 53 gols para o ABC Coral, que ficou responsável por 67% da artilharia coral no certame. Ao todo, o Tubarão da Barra marcou 79 tentos no campeonato cearense de 1994. Vale o destaque também para a apresentadora do Jornal da TVC, Ana Villa Real, que parabenizou o Ferrão pelo título.

ENTREVISTAS E DOIS JOGOS DECISIVOS CONTRA O CEARÁ EM 1994

O vídeo acima traz dois jogos decisivos contra o Ceará realizados no intervalo de uma semana na reta final do campeonato cearense de 1994. No dia 27 de novembro, vitória coral por 2×0 em cima do alvinegro e título do 3º turno para o time coral, com gols de Ricardo Lima e Batistinha, este último eternizado na narração lendária de Vilar Marques, sempre lembrada pela torcida do Ferrão. Após os melhores momentos do jogo, confira no vídeo uma entrevista com o volante Lima na TV Verdes Mares, além da cobertura da extinta TV Manchete, com os comentários de Sérgio Redes e entrevistas com o lateral esquerdo Branco, Lima novamente e o treinador César Moraes. O material apresenta também os comentários de Wilton Bezerra na TVC, emissora afiliada à TV Cultura no Ceará. Por fim, os melhores momentos do jogo do dia 4 de dezembro, onde os dois times empataram em 0x0 e o Ferrão conquistou o título de campeão cearense, já abordado aqui no blog com áudios raros da época em postagem anterior. Destaque também para uma defesa sensacional do goleiro Roberval após cobrança de falta do alvinegro, no segundo tempo do jogo, quando só a vitória interessava para o Ceará, além de uma carraca de gols perdidos pelo ataque coral. Recordar é viver. Deleite-se acima com dois grandes jogos envolvendo a Máquina Coral, como ficou conhecido o time que foi bicampeão estadual em 1994 e 1995.

ENCONTRO DE GOLEIROS ANTES DE PARTIDA PELA COPA DO BRASIL

Goleiros para sempre e um capitão

A foto ao lado é de março de 1995 e mostra 3 ótimos goleiros que vestiram a camisa do Ferroviário. Foi tirada no Castelão, antes de uma partida do time coral contra o Remo/PA pela Copa do Brasil. De camisa listrada, o goleiro Roberval, bicampeão estadual 94-95 pelo Ferrão. De branco, seu treinador de goleiros na época, Edmundo Silveira, ex-arqueiro do próprio Ferroviário entre 1978 e 1982, que disputou 19 partidas no título cearense de 79, quando chegou a ser titular durante a competição e teve a felicidade de jogar a finalíssima contra o Fortaleza em razão do terceiro cartão amarelo do titular Cícero Capacete. A seu lado, o grande goleiro Clemer, que vestia a camisa do Remo na época e que, apenas dois anos antes, defendera o Tubarão da Barra vindo do futebol maranhense. Depois de jogar na equipe paraense, Clemer se destacou nacionalmente como goleiro do Goiás/GO, Portuguesa/SP, Flamengo/RJ e Internacional/RS, onde foi campeão mundial. Perceba a altura de Edmundo Silveira diante de Roberval e Clemer, certamente bem acima da média para os padrões dos arqueiros que atuavam na década de 70. De quebra, o capitão Paulo Adriano, o último jogador até hoje a levantar uma taça para o Ferroviário, exatamente no final daquela temporada.

JOGARAM NOS ADVERSÁRIOS E ENCONTRARAM PORTAS ABERTAS

O vídeo acima apresenta o gol da vitória coral contra o Ceará na narração do competente Brenno Rebouças, semana passada, na estreia de ambos na Taça Fares Lopes, competição cearense que movimenta os clubes no segundo semestre. O tento foi marcado pelo atacante Rinaldo, 40 anos de idade, no melhor estilo da velocidade que o caracterizou há poucos anos como ídolo do Fortaleza em mais de 100 gols assinalados. Rinaldo é certamente o jogador de mais idade que passou por Ceará ou Fortaleza e que depois encontrou guarida no Ferroviário. Que brilhe na Barra como vários outros o fizeram. O Almanaque do Ferrão recorda os principais casos. São mais de 50 nomes. Alguns internautas sentirão saudades, outros podem até sentir dor de cabeça ao recordar certos atletas, mas vale a pena a confecção da lista abaixo.

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Artur do Carmo: zagueirão pai d´égua

Por ordem alfabética, recorde alguns jogadores que se destacaram no Ceará e que depois atuaram pelo Ferroviário em suas respectivas temporadas: Aírton (1993), Arlindo Maracanã (2011), Argeu (1993), Artur (1979), Daniel (1972), Djalma (1988), Erandy (1975), Erasmo (2000), Expedito Chibata (1965), Guilherme (1959), Ivanildo (2002), Jangada (1981), Januário (2003), Jéfferson (2006), João Carlos (1967), Jorge Costa (1974), Juju (1951), Luciano Oliveira (1974), Marcos do Boi (1967), Marquinhos Capivara (1993), Mastrillo (1998), Magela (1977), Paulo Tavares (1974), Ramon (1984), Roberval (1994), Samuel (1974), Sérgio Alves (2006), Wanks (1994), Wolney (1987), Zezinho (1970) e Zezinho Fumaça (1971).

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Laterais Paulo Maurício e Rôner

Do Fortaleza, ganharam destaque e depois passaram pelo Tubarão da Barra os seguintes nomes: Adílton (1985), Alexandre (1986), Birungueta (1971), Caetano (1989), Celso Gavião (1979), Cícero Capacete (1979), Da Silva (1988), Eliézer (1997), Facó (1967), França (1939), Geraldino Saravá (1980), Gilmar Furtado (1990), Haroldo (1981), Jombrega (1940), Jorge Pinheiro (1994), Louro (1969), Mano (1968), Maradona (2001), Mozart (1966), Lupercínio (1986), Luizinho das Arábias (1985), Nélson (1985), Paulo Maurício (1978), Rôner (1981), Sérgio Monte (1985), Solimar (1998) e Zé Félix (1939).