FOTO HISTÓRICA PUBLICADA NO INSTAGRAM OFICIAL DO CRAQUE ZICO

Zico sobe pra cabecear acossado pelo zagueiro Júlio e sob o olhar atento do lateral Paulo Maurício

Zico foi um dos maiores jogadores que o futebol brasileiro já produziu. Vestindo a camisa do Flamengo/RJ, ele enfrentou o Ferroviário em 3 jogos oficiais, deixando uma marca expressiva de cinco gols marcados nas redes corais. Foram dois confrontos pelo campeonato brasileiro de 1982 e, antes, um jogo pelo brasileirão de 1980. Ontem, o ídolo brasileiro publicou em sua conta oficial no Instagram a foto acima, registrada no Maracanã em janeiro de 1982. Nela, podemos observar dois jogadores corais na partida: o zagueiro Júlio e o lateral direito Paulo Maurício. Os 3 jogos do Ferrão contra o Flamengo na história já renderam algumas postagens aqui no blog. A vitória rubro-negra por 2×1, no Rio de Janeiro, em 1980, já mereceu postagem especial e o VT completo da vitória por 3×0, também no Maracanã, em 1982, já apareceu por aqui há mais de 5 anos, assim como o vídeo da vitória do Flamengo por 2×1 no Castelão, no jogo da volta de 1982. Temos também em nosso acervo o áudio dos três gols desse jogo em Fortaleza. Qualquer dia a gente publica essa raridade também. Dos atletas corais na fotografia, os dois passaram pelo Tubarão da Barra também como treinador em temporadas posteriores. Paulo Maurício trabalhou como o técnico coral em 2001 e Júlio Araújo atuou entre o fim de 2011 e o começo de 2012, ambos sem sucesso.

ÁUDIO RARO DE UM DOMINGO DE FUTEBOL COM VITÓRIA CORAL EM 1978

Babá puxado pela camisa pelo defensor do Tigre

Saudade dos domingos de futebol? Em tempos de pandemia mundial, o negócio é reprisar antigos momentos e aguardar dias melhores com a volta da bola aos gramados. Hoje é dia de viajar no tempo e lembrar em áudio de um domingo de 1978. O Ferrão pegava o Tiradentes pelo 2º turno do campeonato cearense e o endiabrado ponta esquerda Babá era um dos destaques da competição. Ele jogou muito bem na vitória coral por 3×1 naquela tarde. Foram dois tentos do artilheiro Paulo César e outro do lateral direito Paulo Maurício. Dedé descontou para o Tigre. Na ocasião, Ceará e Fortaleza prometeram bicho extra para os atletas do Tiradentes pelo menos empatarem o jogo, já que o Tubarão da Barra marchava célere para a conquista do turno, o que acabou não acontecendo após uma decisão emocionante contra o Tricolor do Pici dias depois. O técnico Lucídio Pontes utilizou naquela vitória a seguinte formação: Gilberto, Paulo Maurício, Lúcio Sabiá, Arimatéia e Ricardo Fogueira (Jorge Henrique); Doca, Jacinto e Jorge Bonga (Luizinho); Marcos, Paulo César e Babá. O treinador Tenente Castro lançou o Tiradentes com Tarcísio Abelha, Carlito, Nilo, Luís Augusto (Adão) e Cafifa; Citó, Nilsinho e Oliveira (Marcos); Dedé, Alves e William. Atenção no ótimo público no PV: 7.189 pagantes. Não à toa, já foi abordado aqui ser justamente a temporada de 1978 aquela como maior média de público do Ferrão em toda a história. Abaixo, você recorda a narração dos gols daquele jogo nas vozes de Gomes Farias, Edvaldo Pereira e do saudoso comentarista Paulino Rocha na Rádio Verdes Mares.

A PRIMEIRA E ÚNICA VEZ DO FLAMENGO/RJ NO CASTELÃO

Hoje tem Flamengo/RJ jogando no Estádio Castelão. Infelizmente, seu adversário não será o Ferroviário, como em 1982. Os dois times se enfrentaram duas vezes no campeonato brasileiro daquele ano. O primeiro jogo, realizado no Maracanã, já até mereceu postagem especial aqui no blog em dezembro de 2014, inclusive com a exibição histórica dos dos 90 minutos na íntegra. Agora é a vez de recordar a segunda partida naquela temporada, em Fortaleza, com a vitória do rubro-negro carioca por 2×1. Assista o vídeo acima e recorde os gols de um dos confrontos mais emblemáticos da história coral. Foi a primeira e única vez que as duas equipes se enfrentaram no Castelão até hoje.

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Zé Limeira e Júnior no gramado

Diante de um público de 47.936 pagantes que foram ao Castelão na noite daquela quarta-feira, dia 10 de fevereiro de 1982, Ferrão e Flamengo/RJ fizeram um grande jogo. Dessa vez, o craque Zico passou em branco, mas Tita e Nunes marcaram para o time carioca. O lateral direito Paulo Maurício, de falta, marcou um belíssimo gol em cima do lendário goleiro Raul. A vitória não veio, mas o Tubarão da Barra vendeu caro a derrota. Sob o comando de José Oliveira, ex-atacante coral na década de 70, o Ferrão jogou com Barbiroto, Paulo Maurício, Goes, Zé Carlos e Jorge Henrique; Augusto (Almir), Meinha e Vicente Cruz; Paulo César Cascavel (Peres), Roberto Cearense e Alberto. O Flamengo, do treinador campeão mundial Paulo César Carpegiani, atuou com Rau, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Vítor e Zico; Tita, Nunes e Adílio. O jogo marcou a estreia oficial do veterano meia Peres, ex-São Paulo/SP, e do ponta esquerda Alberto, oriundo do Moto Clube/MA. Marcou também uma foto histórica de Zé Limeira, torcedor símbolo do Ferrão, com o lateral esquerdo Júnior do Flamengo. Obviamente não poderíamos deixar esse registro passar em branco no Almanaque do Ferrão, exatamente quando temos novamente o time de maior torcida do país na cidade.

LANÇADO DOCUMENTÁRIO SOBRE ASCENSÃO E QUEDA DO FERROVIÁRIO

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Gustavo Linhares (de azul) e a banca que atribuiu nota máxima ao documentário sobre o Ferrão

O rol de produções audiovisuais sobre o futebol cearense está definitivamente mais rico. Depois de bons vídeos destacando os rivais Ceará e Fortaleza, agora é o Ferroviário que acaba de ganhar um belo e interessante documentário. A produção partiu do jovem Gustavo Linhares, que utilizou sua obra como trabalho de conclusão do curso de Jornalismo na Universidade Federal do Ceará, sob a orientação do Prof. Dr. Ricardo Jorge. Aprovado com nota máxima, o material intitulado “Descarrilhou… Ferroviário Atlético Clube: da Locomotiva de Glórias à 2ª Divisão do Campeonato Cearense” aborda os principais fatos da história coral desde sua fundação, focando principalmente os acontecimentos que levaram à perda de prestígio coral desde o bicampeonato 94/95 e a saída do presidente Clóvis Dias, culminando com a realização de campanhas pífias, crises políticas, seguidas lutas contra o descenso nos últimos 20 anos e o inevitável rebaixamento estadual em 2014. Em meio a uma elogiável narrativa, o documentário cobre in loco as partidas do Ferrão na segunda divisão estadual de 2015 com imagens dos vestiários, cobertura da campanha e da paixão dos torcedores que não abandonaram o time durante a competição, não obstante uma das mais vexatórias campanhas do clube em todos os tempos, quando terminou de forma vergonhosa na 6ª colocação.

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Documentário ficou pronto na semana passada

A obra de Gustavo Linhares tem o mérito de abordar e ouvir nomes importantes na caminhada do Ferroviário durante os 63 minutos do documentário. Através de imagens de arquivo, personalidades como o já falecido Valdemar CaracasIarley, Zé Limeira e Clóvis Dias, dentre outros, interagem de forma majestosa com a narrativa da história coral, dialogando ainda com depoimentos gravados junto ao eterno ídolo Pacoti, o historiador Airton de Farias, o ex-governador Lúcio Alcântara, dirigentes, ex-jogadores, torcedores e atletas do elenco de 2015, além de membros da crônica esportiva cearense, que expõem suas idéias sobre o declínio do Ferroviário nas últimas décadas, intercalando com memoráveis imagens de craques do passado e vídeos de jogos históricos do clube, entre eles o golaço do lateral direito Paulo Maurício, de falta, contra o Flamengo/RJ de Zico, em 1982, no Castelão. Apesar do tema doloroso, a abordagem sobre o rebaixamento coral teve o mérito de levantar com isenção as várias nuances técnicas e políticas que cercaram aquele episódio, além de evidenciar as agruras, dificuldades de gestão, limitações financeiras, bem como a persistente falta de estrutura identificada durante a tentativa de retorno à 1ª divisão no ano passado. A versão em DVD do documentário traz ainda um material extra que destaca histórias curiosas, a origem do termo Tubarão da Barra e uma bela lembrança e homenagem à torcedora Dona Filó, falecida em 1963, que dá nome à rua onde foi erguido o estádio do Ferroviário.

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Imagem de Clóvis Dias no documentário

A primeira exibição de “Descarrilhou… Ferroviário Atlético Clube: da Locomotiva de Glórias à 2ª Divisão do Campeonato Cearense” ocorreu na semana passada, na própria Universidade Federal do Ceará. Em março, o produtor espera organizar uma nova exibição do vídeo para os curiosos em algum dos auditórios do curso de Jornalismo na UFC. Por enquanto, não existe previsão da chegada do material no YouTube, já que Gustavo Linhares pretende inscrever sua preciosa obra em festivais audiovisuais pelo Brasil afora e estes exigem o ineditismo da película em mídias de exibição pública. Fica a sugestão do Almanaque do Ferrão.

ÚLTIMO GOL DE MIRANDINHA NA ESTREIA CORAL DE 20 ANOS ATRÁS

O Ferroviário estreou no campeonato cearense de 1996 acalentando a conquista do tricampeonato. Era só o que se falava no futebol alencarino. O Almanaque do Ferrão resgata no vídeo acima a estreia coral na competição, no dia 11 de fevereiro daquele ano, jogando contra o Uruburetama no Estádio Antônio de Paula Santos. Foi a partida 2.621 da história coral e marcou o último gol do atacante Mirandinha com a camisa do Tubarão da Barra, ele que havia regressado ao clube para encerrar sua carreira naquela temporada. Não fosse a falha clamorosa do goleiro Birigui no final do jogo, o Ferrão teria conquistado uma vitória de virada atuando fora de casa contra a chamada ´Banana Mecânica`.

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Mirandinha: de jogador à técnico

Treinado pelo bicampeão Ramon Ramos, o Ferroviário estreou em busca do Tri com o futebol de Birigui, Biriba, Batista, Santos e João Marcelo; Sílvio César, Odair, Clayton (Marquinhos) e Gibi (Esquerdinha); Dias (Mirandinha) e Reginaldo. Já o Uruburetama, treinado pelo ex-lateral coral Paulo Maurício, jogou com Potiguara, Paulo Santos, Robinho, Valdercisio (Novinho) e Canhão; Chicão, Cilande, Marquinhos e Ednardo; Moisés e Itamar (Chiquinho). Dacildo Mourão apitou a partida diante de um público de 951 felizardos, que testemunharam o último gol de Mirandinha pelo time que o lançou no futebol cearense, pela primeira vez, na segunda metade dos anos 70. O volante Sílvio César, outro que já havia passado pelo Ferrão em anos anteriores, estava de volta e marcou o outro gol coral na partida. Menos de um mês depois, Mirandinha pendurou as chuteiras e passou a ser o treinador do Ferroviário dentro do campeonato cearense, iniciando assim um novo ciclo no futebol, função que voltou a exercer no próprio clube na temporada de 2011.

JOGARAM NOS ADVERSÁRIOS E ENCONTRARAM PORTAS ABERTAS

O vídeo acima apresenta o gol da vitória coral contra o Ceará na narração do competente Brenno Rebouças, semana passada, na estreia de ambos na Taça Fares Lopes, competição cearense que movimenta os clubes no segundo semestre. O tento foi marcado pelo atacante Rinaldo, 40 anos de idade, no melhor estilo da velocidade que o caracterizou há poucos anos como ídolo do Fortaleza em mais de 100 gols assinalados. Rinaldo é certamente o jogador de mais idade que passou por Ceará ou Fortaleza e que depois encontrou guarida no Ferroviário. Que brilhe na Barra como vários outros o fizeram. O Almanaque do Ferrão recorda os principais casos. São mais de 50 nomes. Alguns internautas sentirão saudades, outros podem até sentir dor de cabeça ao recordar certos atletas, mas vale a pena a confecção da lista abaixo.

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Artur do Carmo: zagueirão pai d´égua

Por ordem alfabética, recorde alguns jogadores que se destacaram no Ceará e que depois atuaram pelo Ferroviário em suas respectivas temporadas: Aírton (1993), Arlindo Maracanã (2011), Argeu (1993), Artur (1979), Daniel (1972), Djalma (1988), Erandy (1975), Erasmo (2000), Expedito Chibata (1965), Guilherme (1959), Ivanildo (2002), Jangada (1981), Januário (2003), Jéfferson (2006), João Carlos (1967), Jorge Costa (1974), Juju (1951), Luciano Oliveira (1974), Marcos do Boi (1967), Marquinhos Capivara (1993), Mastrillo (1998), Magela (1977), Paulo Tavares (1974), Ramon (1984), Roberval (1994), Samuel (1974), Sérgio Alves (2006), Wanks (1994), Wolney (1987), Zezinho (1970) e Zezinho Fumaça (1971).

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Laterais Paulo Maurício e Rôner

Do Fortaleza, ganharam destaque e depois passaram pelo Tubarão da Barra os seguintes nomes: Adílton (1985), Alexandre (1986), Birungueta (1971), Caetano (1989), Celso Gavião (1979), Cícero Capacete (1979), Da Silva (1988), Eliézer (1997), Facó (1967), França (1939), Geraldino Saravá (1980), Gilmar Furtado (1990), Haroldo (1981), Jombrega (1940), Jorge Pinheiro (1994), Louro (1969), Mano (1968), Maradona (2001), Mozart (1966), Lupercínio (1986), Luizinho das Arábias (1985), Nélson (1985), Paulo Maurício (1978), Rôner (1981), Sérgio Monte (1985), Solimar (1998) e Zé Félix (1939).