O PADRE QUE TIROU A BATINA E COLOCOU A CARTOLA

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Padre Cajuaz no ano de 1973

Quem é torcedor do Ferroviário certamente já ouviu falar do Padre Cajuaz. Foi ele quem rezou a missa de inauguração no campo da Barra do Ceará, no final dos anos 60. Participou com frequência de vários eventos litúrgicos ligados ao Tubarão da Barra e ajudou bastante sempre que solicitado. Porém, pouca gente lembra de sua passagem como diretor do Ferrão, quando literalmente tirou a batina e colocou a cartola de dirigente. Corria o ano de 1974 e o presidente coral, o ex-deputado estadual Aquiles Peres Mota, precisava de alguém para atuar no setor de futebol. Um belo dia, ao chegar na secretaria para pagar sua mensalidade de sócio, encontrou o diretor Haroldo Benevides e dele recebeu o convite para dividir as atribuições. Aos 42 anos, assumiu a função. Ajudou da sua maneira, principalmente trabalhando o psicológico dos atletas, com orientações e palavras de conforto diante dos anseios individuais e de um clima de trabalho que convivia permanentemente com atraso de salários e falta de condições adequadas. Dias difíceis, sem dúvida. Dias históricos. Anos depois, José Cajuaz abandonou de vez a batina. Dedicou-se à profissão de professor. Só uma coisa não mudou, o Ferroviário nunca deixou de ser seu time de coração.