Imagem dos Arquivos Ferroviários Camocim Ribeiro com jogadores corais no carro dos bombeiros
O registro fotográfico acima foi tirado na manhã do dia 18 de setembro de 1988. Naquele domingo pela manhã, o Ferroviário Atlético Clube comemorou o título de campeão cearense daquele ano numa carreata pelas ruas da cidade. Boa parte do elenco coral subiu no carro do Corpo de Bombeiros e desfilou com o troféu pela capital cearense. Na imagem acima, é possível identificar o terceiro goleiro Júnior Lemos, segurando a taça e o polivalente Edson, sentado. Atrás, o goleiro reserva Osvaldo aparece de perfil. Posteriormente, outros jogadores subiram no carro, entre eles os ídolos Arnaldo, Mazinho Loyola e Marcelo Veiga. A comemoração coral durou o domingo inteiro, com direito a festa no Clube de Regatas da Barra do Ceará, ao meio-dia, e terminou com um amistoso de entrega de faixas, contra o Ceará, à tarde, no Estádio Presidente Vargas. O Tubarão da Barra bateu o alvinegro por 2×1, com gols de Wiltinho e Beto Andrade para o time coral, descontando Basílio para o Ceará. Dos atletas titulares no jogo decisivo contra o Fortaleza, os zagueiros Arimateia e Juarez, o goleiro Robinson e os meias Alves e Jacinto não atuaram no jogo festivo.
Registro do Globo Esporte no período em que Carlinhos era treinador de goleiros do Sergipe
Carlinhos faleceu no final do mês passado e foi mais uma vítima de Covid no Brasil. Ele aumentou a absurda marca de mais de 500 mil mortos verificados em território nacional e figura na lista de nomes como Marcelo Veiga e Dário, entre outros ex-jogadores corais vitimados pela doença. Foram apenas 4 jogos com a camisa do Ferrão no início dos anos 1990, quando chegou precedido de grande cartaz pelo fato de ser um arqueiro histórico do Central de Caruaru e por ter participado do elenco do Guarani de Campinas durante um período auspicioso da equipe paulista. Na Barra do Ceará, Carlinhos foi o titular da meta coral no primeiro jogo oficial realizado à noite no Estádio Elzir Cabral, contra o Tiradentes, na estreia do Campeonato Cearense de 1990. Depois, ele acabou amargando a reserva do paraibano Pedrinho na competição e deixou a equipe. Nascido em Caruaru, Antônio Carlos de Oliveira trabalhou em várias comissões técnicas como preparador de equipes nordestinas quando pendurou as luvas. Abaixo, cabe recordar uma matéria da TV Verdes Mares onde Carlinhos aparece como uma das opções para a meta coral. Descanse em paz.
Semana passada, o goleiro Roger fez grandes defesas na vitória do Ferrão por 1×0 em cima do Crato, no PV. O jogo foi válido por mais uma rodada da segunda divisão cearense. A grande atuação de Roger mereceu um vídeo particular no canal oficial do clube no Youtube. Ele teve seu nome ovacionado pela torcida coral ao final do jogo. Formado nas categorias de base do Corinthians/SP e com boas passagens no futebol do Mato Grosso do Sul, Roger é o 195º goleiro da história de 83 anos do Ferroviário. Hoje, no dia do goleiro, o Almanaque do Ferrão homenageia o atual arqueiro coral, lembrando outros nomes que defenderam o clube, uns com muito sucesso, outros nem tanto.
Alexandre Pavão em 2004
Que tal começar com Alexandre Pavão? O ex-goleiro do Figueirense/SC chegou em 2004 para o Tubarão da Barra. Fez apenas um jogo, tomou 4 gols, todos eles decorrentes de suas falhas em campo. Ficou tão constrangido com a atuação que pediu pra ir embora no dia seguinte. Por outro lado, como não lembrar de Marcelino, goleiro coral em 170 partidas entre 1969 e 1976, dono da maior marca de um arqueiro até hoje no futebol cearense, com seus 1.295 minutos sem sofrer gols, no ano de 1973. Dia de recordar ainda os lendários Ado e Wendell, consagrados no futebol brasileiro, assim como Clemer, que tiveram a oportunidade de vestir a gloriosa camisa do Ferroviário Atlético Clube.
Fernando Lira: reserva em 1982
Dia do goleiro também é uma boa oportunidade para lembrar de nomes que não fizeram tanto sucesso, de passagem apagada, que faz os torcedores sequer lembrarem que jogaram no clube. Um exemplo é o Fernando Lira, ex-Sport/PE, reserva de Hélio Show no campeonato cearense de 1982. Foram apenas 3 jogos com a camisa coral. E Osvaldo, Carlinhos e Pedrinho, os três que brigaram pela titularidade no estadual de 1990? Certa vez, o Almanaque do Ferrão até resgatou um vídeo com os três. Lembra? Jorge Hipólito, nos anos 70, foi outro goleiro que também mereceu postagem especial no blog. Houve também o experiente Duílio, ex-Ríver/PI, que atuou em apenas 4 partidas em 1984.
Walter: titular em 1987
Nesse dia do goleiro, daria até pra fazer uma crônica com todos os 195 ´guarda-valas´ corais, porém é preferível não adotar nenhum critério para mencionar os nomes dessa postagem. A intenção é citá-los apenas de forma aleatória, homenageando todos eles, os campeões, titulares ou não: Alderi, Zé Dias, Gumercindo, Juju, Cavalheiro, Douglas, Edilson José, Aloísio Linhares, Paulinho, Cícero Capacete, Giordano, Edmundo, Serginho, Robinson, Roberval, Miguel, Luís Sérgio, Dênis e Jorge Luiz; os quase nunca lembrados: Jorge Carioca, em 1992, Renato, em 1977, Zenga, em 2000, o indefectível Satanaz, em 1947, Banana, em 1991, Guanair, em 1993, Célio, em 2011, entre tantos outros. Podemos ainda citar Walter, ex-Tiradentes/CE, reserva entre 1985 e 1986, porém titular com grande atuações em 1987. No título estadual do ano seguinte, foi ele quem jogou as primeiras partidas. Enfim, o blog citou apenas alguns nomes entre os 195 goleiros que atuaram nos mais de 3.500 jogos da história coral. Sintam-se todos lembrados e homenageados. Feliz dia do goleiro!
O Almanaque do Ferrão volta no tempo e resgata uma matéria da TV Verdes Mares de janeiro de 1990. O time coral se preparava para as disputas do campeonato cearense sob a presidência de Vicente Monteiro. Três goleiros disputavam o posto de titular do Ferroviário: os experientes Carlinhos e Pedrinho, bem como o cearense Osvaldo, reserva no título coral estadual dois anos antes. A briga pela titularidade prometia e gerava uma expectativa positiva, bem diferente da campanha coral dentro de campo durante a competição, uma das mais pífias da história, quando conquistou apenas 6 vitórias no campeonato inteiro, sendo 3 delas em cima do fraco Calouros do Ar.
O goleiro Carlinhos foi contratado para o certame, mas não ficou muito tempo na Barra do Ceará após algumas falhas nos treinos e apenas 1 jogo oficial, exatamente o da estreia coral com derrota para o Tiradentes, no Elzir Cabral. Por sua vez, Pedrinho era remanescente da temporada anterior e trazia na bagagem titularidades no Botafogo/PB e Náutico/PE. Jogou 17 partidas pelo Ferrão. Já Osvaldo, que tinha passado pelo Ceará e pelo Calouros, foi o que mais atuou. Foram 41 jogos entre 1988 e 1991. Um detalhe curioso na época é a média de altura de 1,79 m dos três goleiros, uma estatura totalmente inaceitável para o mercado futebolístico nos dias de hoje. Confira a matéria e recorde esses três atletas que passaram pelo Tubarão da Barra.