FOTO RARA DO FERRÃO NO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1991

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Ferroviário no Elzir Cabral em 1991 – Em pé: Jaime, Celso Gavião, Naldo, Valdecy, Guará e Toninho Barrote; Agachados: Magno, Basílio, Cacau, Ademir Patrício e Arnaldo.

A foto acima não é nada comum. Voltemos até 1991. Repare no patrocínio verde em cima das listras corais. Era da tradicional loja varejista ´A Esmeralda`, de propriedade do ex-presidente Moacir Pereira Lima. Nela, vê-se o vitorioso zagueiro Celso Gavião já no final de sua carreira, além dos experientes jogadores Valdecy, ex-Guarany de Sobral, e Ademir Patrício, ex-Ceará. Perceba também o goleiro piauiense Guará, irmão do também goleiro Jorge Luiz, bicampeão no Ferrão em 1995. Também do Piauí, mais precisamente do Tiradentes/PI, o ponta esquerda Arnaldo. Favor não confundir com o paulista Arnaldo, campeão em 1988 e que também chegou a jogar na temporada de 1991. O registro foi feito no Elzir Cabral, antes de um jogo contra o Moto Clube/MA pelo Campeonato Brasileiro.

REENCONTRO DE PERSONALIDADES NO CASAMENTO DE EX-PRESIDENTE

Ruy do Ceará e Chateaubriand Arrais na sexta

O Almanaque do Ferrão ataca hoje de coluna social, mas é por um motivo justo. Dois dos principais dirigentes da história coral estiveram reunidos na última sexta-feira, dia 17 de junho. Estamos falando de Ruy do Ceará e Chateaubriand Arrais. Os dois se encontraram na cerimônia de casamento de Edilson Sampaio, o Chumbinho, ex-presidente do Ferrão no início da década de 1990. Como não poderia deixar de ser, outros corais marcaram presença no evento, como o ex-presidente Moacir Pereira  Lima e o ex-diretor das categorias de base Arimateia Gondim. Momentos de descontração e de reencontro de personalidades que ajudaram a construir a identidade do Ferroviário em diferentes períodos de sua existência.

LENDÁRIO EMBATE CONTRA A PONTE PRETA E CONSAGRAÇÃO DE SALVINO

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Foi num 2 de março como hoje. Em 1980. Treinado pelo cearense Aristóbulo Mesquita, ex-jogador do Flamengo/RJ, o Ferroviário enfrentou a Ponte Preta/SP dentro do seu estádio em Campinas e arrancou um empate com gosto de vitória, numa tarde que consagrou o goleiro Salvino, com pelo menos 6 defesas de pagar o ingresso dos 8.336 expectadores. O 0x0 no placar foi heróico diante de um adversário que naquela época tinha grandes jogadores, costumava figurar entre os finalistas do campeonato paulista e que fazia boa campanha naquela edição na elite do campeonato brasileiro. Foi apenas o jogo 1.740 da história coral e olhe que hoje já se vão quase 3.550 embates, razão pela qual o Almanaque do Ferrão resgata detalhes daquela partida que faz aniversário.

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Nilo: grande partida

Foi a primeira partida oficial do zagueiro Nilo, contratado junto ao Tiradentes/CE. Ele, que ficou vários anos no clube e chegou a 244 jogos com a camisa do Ferrão, atuou de forma primorosa. Teve também o zagueiro paid´égua Artur, ex-Ceará, improvisado de volante, e um centroavante chamado Hélio Sururu, que brilhou no futebol paraibano, mas que na Barra não foi lá essas coisas todas. No time de Campinas, treinado por Zé Duarte, o goleiro era Carlos, titular da seleção brasileira na Copa de 86, além dos craques Osvaldo e Marco Aurélio na meia cancha e do lateral Edson, que também chegou a vestir a camisa da seleção canarinha. Foi um jogo difícil, no qual o lateral Jorge Henrique foi um dos maiores nomes em campo, ao lado do arqueiro coral que definitivamente roubou a cena naquela tarde.

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Salvino com a camisa do Ferrão

A atuação espetacular de Salvino lhe valeu um bicho extra de 2 mil cruzeiros por parte do diretor Moacir Pereira Lima, além dos outros 3 mil cruzeiros pagos para cada jogador que participou daquele jogo inesquecível. O goleiro coral foi parabenizado até pela diretoria da Ponte Preta. Repare na formação do Ferroviário: Salvino, Jorge Henrique, Nilo, Celso Gavião e Ricardo Fogueira (Doca); Artur, Bibi e Jacinto (Hélio Sururu); Ari, Almir e Nilsinho. O adversário atuou com Carlos, Toninho Oliveira, Orlando Fumaça, Eugênio e Odirlei; Humberto, Marco Aurélio e Osvaldo; Parraga (Edson), Ademir e João Paulo. Giose do Couto apitou a partida no estádio Moisés Lucarelli, naquela que deve ter sido a maior apresentação de Salvino Damião Neto defendendo o futebol cearense, ele que vestiu ainda as camisas do Fortaleza, Ceará e Tiradentes. O ex-goleiro ficou no clube até o final de 1981 e conquistou dois vice-campeonatos estaduais pelo Ferrão, totalizando 111 jogos com a camisa  coral. Salvino trabalhou até ano passado como treinador de goleiros do Fortaleza. Atualmente, aos 60 anos de idade, ele passa por sérios problemas de saúde e conta com a torcida de todos os desportistas cearenses.