HÁ EXATOS 45 ANOS, O ÚLTIMO JOGO CONTRA O FAMOSO MAGUARI

Erandy: autor do gol coral

Foi num feriado de 1º de maio como hoje, mais precisamente na temporada de 1975, que o Ferroviário enfrentou oficialmente o Maguari pela última vez na história. Completam-se exatos 45 anos desde aquele empate em 1×1 em que Erandy marcou para o Ferrão e Danilo Baratinha empatou. Confrontos contra a tradicional equipe cearense foram comuns entre 1937 e 1946. Depois de um intervalo de 25 anos, o Maguari voltou a disputar o campeonato cearense da primeira divisão em 1972, abandonando para sempre a divisão de elite da competição em 1975. No último confronto contra o Clube dos Príncipes, o Tubarão da Barra era treinado por William Campos e foi a campo com Pedrinho, Nonato Ayres (Marinho), Lúcio Sabiá, Cândido e Eldo; Aucélio e Oliveira; Vanderley, Erandy, Lula e Jeová (Almir). Nota-se uma equipe bastante jovem, com vários jogadores egressos das categorias de base. Já o adversário, treinado pelo ex-goleiro coral Gilvan Dias, jogou com Mundinho, Ademir Feitosa, Luiz Paes, Wilkson e Valdecir; Zé Augusto (Dedé) e Nilsinho; Carlinhos (Cláudio), Danilo Baratinha, Navarro e Piçarra. Percebe-se um time experiente, com alguns garotos como o meia Danilo, emprestado pelo próprio Ferroviário. O jogo aconteceu no PV e, sem saberem, 1.415 pagantes prestigiaram aquele momento histórico. O falecido Cid Júnior foi o árbitro do jogo. 33 anos depois daquele feriado com cheiro de despedida, aproveitando o espólio histórico do tradicional Maguari, a equipe cintanegrina retomou suas atividade com a escrita de Maguary em 2008. Desde então, o Ferroviário fez 3 amistosos contra a renovada equipe: 10×0 em 2009, 2×1 em 2010 e 11×0 em 2013. Melhor lembrarem dos confrontos do passado, então.

RECORDE DO GOLEIRO MARCELINO COMPLETA 45 ANOS NO DIA DE HOJE

Um dos arqueiros mais conhecidos da história do Ferroviário comemora 45 anos de seu recorde

10 de Junho de 1973. Foi nessa data, há exatos 45 anos, que um ex-juvenil do Ferroviário desferiu um chute defensável e o goleiro coral naquele domingo acabou traído pela trajetória da bola. O lance foi histórico, apesar de estranhamente a mídia cearense quase sempre fazer questão de não lembrar. O gol de Ibsen, pelo Maguary, derrubou uma marca de 1.295 minutos sem sofrer gols do goleiro Marcelino, um carioca que marcou época na Barra do Ceará entre 1969 e 1976. Até hoje nenhum outro goleiro chegou sequer a ameaçar o posto de recordista do ex-arqueiro coral, que merecia uma estátua pelo feito. Foram 170 partidas com a camisa do Ferrão, o terceiro arqueiro em número de jogos nas estatísticas corais, atrás apenas de Zé Dias e Jorge Luiz, os dois recordistas na posição. Marcelino viveu altos e baixos no clube, mas será sempre lembrado como um dos goleiros mais importantes da história coral, não apenas pelo recorde cearense, que dificilmente um dia será quebrado, mas também pelo longo período de tempo que atuou como titular do arco do Ferrão. Naquele dia, o Maguary venceu o jogo por 2×1, quebrando uma invencibilidade do Ferrão, que não perdia desde outubro do ano anterior, além de quebrar a hegemonia particular de Marcelino. Nascia ali um recorde histórico. Hoje, aos 71 anos de idade, Marcelino continua vivendo em sua residência na cidade de Fortaleza. Há cinco anos, a direção de marketing do Ferroviário promoveu um vídeo com o ex-goleiro coral e nós aproveitamos para resgatá-lo abaixo em homenagem ao aniversário do grande feito.

FERRÃO NA INAUGURAÇÃO DO ESTÁDIO MURILÃO EM MESSEJANA

Estádio Murilão, em Messejana, um dos bairros de maior densidade demográfica em Fortaleza

Messejana é hoje um dos bairros mais populares de Fortaleza. Nem sempre foi assim, é verdade, mas em 1967, exatamente num 8 de julho como hoje, o Ferroviário aumentou o número de pessoas naquela área urbana, levando um bom número de torcedores para a inauguração do conhecido estádio do bairro, denominado de Murilão, na partida contra a equipe profissional do Messejana. Coube ao atacante João Carlos marcar o primeiro gol na nova praça esportiva, com a vitória final sendo coral pelo placar de 1×0. Repare na escalação do Ferrão do treinador Ivonísio Mosca de Carvalho: Miltão (Edilson José), Veto (Sátiro), Vadinho, Gomes (Gavillan) e Roberto Barra-Limpa (Barbosa); Coca Cola e Edmar; Ivanildo (Edilson), João Carlos (Dunga), Paraíba e Géo (Peu). O Messejana alinhou com Romualdo, Figueiredo, Caboré (Zé Preguinho), Wilkson e Ricardo; Chico José e Chiquinho (Valdomiro); Leonel (Alírio), Bava (Ribeiro), César (Dedé) e Mimi (Enílson). Raimundo Damasceno foi o árbitro, naquele que representou o jogo de número 1.025 na história coral. Destaque para a presença ilustre de José Walter Cavalcante, prefeito de Fortaleza e presidente de honra do Ferroviário Atlético Clube, na inauguração. A última vez que o Ferrão se apresentou no Murilão foi em 2013, amistoso contra o Maguary, preparatório para a Taça Fares Lopes daquele ano.

A ÚLTIMA VEZ QUE FERROVIÁRIO E MAGUARI LOTARAM O ESTÁDIO

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Ferroviário x Maguari: clássico nos anos 70

Hoje é o Dia do Trabalho e o Almanaque do Ferrão faz uma viagem no tempo até o dia 1º de maio de 1972. Há 44 anos, no PV, Ferroviário e Maguari, tradicionais adversários no futebol cearense, levaram pela última vez na história um grande público ao estádio. A disputa pela Taça 1º de Maio foi uma promoção gratuita para o trabalhador e 35.000 pessoas prestigiaram a vitória coral por 2×0 naquele feriado, gols de Zé Maria Paiva e Simplício. Nas cadeiras do estádio, a presença do Governador César Cals e do Prefeito Vicente Fialho. Foi o jogo 1.298 da trajetória coral, que teve Aldo Batista como árbitro. Treinado por Lucídio Pontes, o Ferrão atuou com Jurandir (Marcelino), Daniel, Hamilton Ayres, Gomes (Assis) e Vila Nova; Coca Cola e Zé Maria Paiva (Lucélio); Ilídio, Simplício (Luciano Amorim), Luizinho (Edilson Lopes) e Oliveira. O Maguari perdeu com Holanda, Wellington, Ivan Limeira, Gilson e Alexandre; Iris (Nilsinho) e Rubens Salim (Didi); Tony (Nei), Lucinho, Carlinhos (Chicletes) e Lalá (Miruca). Será que um dia voltaremos a ter esse antigo clássico revivido na primeira divisão? Atualmente, o Maguary encontra-se na terceira divisão cearense e o Ferroviário segue com boas chances de retornar à primeira divisão em 2017. Façam suas apostas.

INVENCIBILIDADE DE MARCELINO CAIA NUM 10 DE JUNHO COMO HOJE

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Goleiro Marcelino: 170 jogos pelo Ferroviário e recorde de 1.295 minutos sem sofrer gols

10 de Junho. Foi nessa data, há exatos 42 anos, que um ex-juvenil do Ferroviário desferiu um chute defensável e o goleiro coral acabou enganado pela trajetória da bola. Gol do Maguary. Aquele lance de 1973 foi histórico, apesar da mídia cearense quase sempre fazer questão de não lembrar. O gol de Ibsen derrubou uma marca de 1.295 minutos sem sofrer gols do goleiro Marcelino, um carioca que marcou época na Barra do Ceará entre 1969 e 1976. Até hoje nenhum outro goleiro chegou sequer a ameaçar o posto de recordista do ex-goleiro coral. No futebol brasileiro, trata-se da 4ª melhor marca nacional. O fato mereceu destaque inclusive na revista Placar na edição de 15/6/1973. O 1º lugar pertence a Mazaroppi, do Vasco/RJ, com seus 1.816 minutos em 1977. Jorge Reis e Neneca, ambos recentemente falecidos, estão também à frente da marca histórica de Marcelino. No futebol cearense, o ex-goleiro do Ferrão merecia uma estátua pelo feito.

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Marcelino e Ibsen após o gol

Foram 170 partidas com a camisa coral. Marcelino viveu altos e baixos no clube, mas será sempre lembrado como um dos goleiros mais importantes da histórica coral, não apenas pelo recorde cearense, que dificilmente um dia será quebrado, mas também pelo bom período de tempo que atuou como titular da meta coral. Ibsen foi companheiro de Marcelino até 1971, quando deixou o Ferroviário e passou a atuar em outras equipes. O gol que quebrou a marca lendária de seu ex-companheiro pareceu doer no ex-atleta coral. Após o gol, Ibsen correu e pediu desculpas para Marcelino. O Maguary venceu o jogo por 2×1, quebrando uma invencibilidade do Ferrão, que não perdia desde outubro do ano anterior. O recorde de Marcelino já mereceu destaque em outra postagem do Almanaque do Ferrão e merece ser celebrado a cada aniversário. O ex-goleiro é vivo, reside ainda em Fortaleza, onde fixou residência. Nunca mais voltou ao Rio de Janeiro. Mora num apartamento no bairro do Papicu e certamente merece todos os elogios e parabéns possíveis.