O TIME DE 1969: UMA DAS MELHORES FORMAÇÕES DA NOSSA HISTÓRIA

Ferroviário Atlético Clube na temporada de 1969 – Agachados: Ribeiro, Luiz Paes, George, Gomes, Roberto Barra Limpa e Coca Cola; Agachados: Mano, Fernando Cônsul, Alcir, Edmar e Paraíba

Brilhante campeão invicto em 1968. Em 1970, uma equipe considerada inequecível. Faltou o título na temporada de 1969 – lembrada até hoje pela chegada do homem à lua – para termos um inédito tricampeonato. A fotografia acima recorda uma das boas formações daquele ano. Segundo o zagueiro Luiz Paes, “esse time era melhor que o de 1970“, mas acabou não sendo campeão porque muitas vezes o banco deixava a desejar em termos de opções. Outro fator que certamente contribuiu foi a questão do comando técnico. O Estadual começou com Moésio Gomes como treinador coral, mas o Ferrão teve ainda Luís Veras, que foi muito criticado numa derrota para o Ceará em que substituiu o craque Coca Cola pelo carioca Léo. O jogador Fernando Cônsul também teve sua participação como técnico naquela temporada, além de Esquerdinha, ex-atacante do Flamengo/RJ, Alexandre Nepomuceno e Artagnan Barbosa. Na imagem acima, destaque também para o goleiro George, ex-Calouros do Ar, que fez 46 partidas na meta coral naquele ano. Naquela época, alguns jogadores residiam numa sede localizada na Rua São Paulo, no Centro de Fortaleza. Luiz Paes, Gomes, Roberto Barra Lima, Coca Cola e Alcir eram alguns dos residentes. Fernando Cônsul também passou alguns dias por lá antes da esposa chegar do Rio de Janeiro. Ele era considerado um grande aglutinador e exemplo de liderança.

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A MAIOR GOLEADA CORAL EM CIMA DO GUARANY-S FAZ ANIVERSÁRIO

Time base do Ferrão no campeonato de 1969

Ferroviário e Guarany de Sobral sempre fizeram jogos bastante duros e equilibrados. Raramente é verificado uma goleada a favor de um ou de outro. Porém, no campeonato cearense de 1969, exatamente num 7 de maio como hoje, o Tubarão da Barra humilhou o Cacique do Vale com uma sonora goleada por 8×0. O jogo foi no PV e teve a arbitragem de Adélson Julião, perante 1.395 expectadores. Foi um show de gala coral já no primeiro tempo da partida, que terminou com seis gols marcados. Era a estreia oficial do técnico Luís Veras, substituto em definitivo de um irritado Moésio Gomes, expulso na rodada anterior contra o Quixadá por agredir o bandeirinha Assis Furtado. O novo treinador lançou o Ferrão com o futebol de George, Ribeiro (Breno), Gomes (Wilson Cruz), Luiz Paes e Roberto Barra-Limpa; Edmar e Coca Cola; Mano, João Carlos, Alcy e Paraíba. Treinado por Aracati, o Guarany foi humilhado com Maximino (Pinto), Zé Carlos, Pelado, Zé Quinto e Cabo Dulce; Dajuana e Moisés; Nagibe, Teco Teco, Cabeção e Garrincha. Esse é até hoje o maior vexame do time sobralense diante do Ferrão. O goleador João Carlos foi o goleador da peleja com 3 tentos, acompanhado de Paraíba, que marcou 2 gols. Os outros tentos foram anotados por Alcy, Mano e Coca Cola. O ponto negativo ocorrido depois da goleada foi o protesto dos torcedores do Ferroviário junto à diretoria contra a negociação do atacante João Carlos para o Bahia/BA. Na sequência dos acontecimentos, a direção coral deu uma resposta à altura e investiu pesado. Em seu lugar, foi contratado o atacante Uriel, um dos maiores jogadores do futebol pernambucano. Mas ai já é outra história.