AUXILIAR TÉCNICO DE FRANCISCO DIÁ JOGOU NO FERROVIÁRIO EM 1990

Ferroviário no dia 28/07/1990 na Barra – Em pé: Romildo, Eleusis, Osvaldo, Naldo, Gilmar Furtado e Toninho Barrote; Agachados: Magno, Junior Piripiri, Rogério Martins, Mazinho Loyola e Evilásio

Lembra do zagueiro Romildo? Ele é atualmente o auxiliar técnico do treinador Francisco Diá, que realiza bom trabalho no comando coral. Na temporada de 1990, Romildo foi zagueiro do Ferroviário e formou dupla de zaga em muitos jogos com Gilmar Furtado. Os jovens Eraldo, Eudes e Ernani, além dos experientes Luís Oliveira e Valdecy, foram também seus companheiros de posição naquele período. Oriundo do Náutico/PE, de onde chegou com o retrospecto de um bicampeonato pernambucano em 1988 e 1989, o potiguar Romildo Freire de Lima atuou em 22 jogos pelo Ferroviário entre março e novembro daquele ano, que acabou abrangendo o Campeonato Cearense de 1990 e, também, a disputa do 1º turno do Estadual de 1991, iniciado a partir de agosto de 1990 em razão de uma atrapalhada adaptação do calendário promovido pela Federação Cearense de Futebol. Na imagem acima, Romildo aparece ao lado do treinador de goleiros Giordano e do lateral direito Eleusis. O registro foi feito antes de um amistoso preparatório para o Campeonato Cearense de 1991, no dia 28 de julho de 1990, contra o Tiradentes. O Tubarão da Barra venceu o Tigre por 1×0, gol de Magno, em partida que ficou marcada pela participação recreativa do ídolo Mazinho Loyola, jogador pertencente ao São Paulo/SP, mas que, emprestado, acabara de sagrar-se campeão pernambucano pelo Santa Cruz/PE. De folga em Fortaleza, Mazinho jogou um tempo daquele amistoso e depois foi substituído por Ademir Patrício. O zagueiro Romildo era titular da equipe coral naquele momento e o registro fotográfico não deixa mentir. Depois que deixou o Ferrão, Romildo foi campeão potiguar no ano seguinte pelo América/RN. Jogou ainda no ABC/RN, onde foi pentacampeão estadual. Que a experiência de ganhar títulos dentro de campo possam fazê-lo também vitorioso em sua passagem pelo Ferrão ao lado de Diá.

VITÓRIA, TAÇA, MINISTROS, LAMBADA E TUDO MAIS NO ESTÁDIO CASTELÃO

Recentemente, o estádio Castelão completou 43 anos de inauguração, porém isso pouco foi falado na mídia cearense. Em homenagem ao principal estádio de Fortaleza, batizado de Arena Castelão após grande reforma para a Copa do Mundo no Brasil, o Almanaque do Ferrão recupera acima as imagens de uma vitória coral que lhe valeu uma taça alusiva ao aniversário de 17 anos daquele equipamento esportivo. Aconteceu no dia 11 de novembro de 1990 e o adversário foi o Ceará pelo campeonato cearense do ano seguinte, que começou adiantado ainda em 1990, em razão da falta de calendário nacional para as equipes locais. Os gols do Ferrão foram de Gilmar Furtado, Ademir Patrício e Magno. Era a época da lambada como febre nacional e o centroavante coral arriscou uns passos com o lateral direito Jaime após a marcação do terceiro gol do Tubarão da Barra.

Zélia Cardoso de Mello e Bernardo Cabral: o que essa foto tem a ver com os gols do Ferroviário?

O jogo teve a arbitragem de Dacildo Mourão, que expulsou o meio campista Lira após falta em Toninho Barrote. Apenas 5.495 pagantes prestigiaram a partida no Castelão naquela tarde de domingo. Confira a escalação ofensiva do Ferroviário sob o comando do técnico Humberto Maia: Robinson, Jaime, Valdecy, Gilmar Furtado e Soares (Evilásio); Toninho Barrote, Cantareli e Basílio; Magno, Ademir Patrício (Jacinto) e Jorge Veras. O Ceará, do treinador Walmir Louruz, perdeu com Sérgio Monte, Caetano, Aírton, Oliveira Canindé e Paulo César; Carlos Alberto Borges, Gilmar Paggoto (Gerson Sodré) e Lira; Aloísio (Dadinho), Hélio e Claudemir. Aloísio foi o autor do gol alvinegro logo no início da partida. A vitória coral foi de virada e os três gols do Ferrão saíram ainda no primeiro tempo. Ao final do vídeo, assista entrevistas ainda no gramado com o jogadores Cantareli, Jorge Veras, Magno e Gilmar Furtado, que recebeu a taça como capitão. Na entrevista de Magno após o jogo, o polêmico atacante dedicou seu gol ao casal ´Bernardo Cabral e Zélia Cardoso de Mello`, ambos ministros do então governo do presidente Collor, que viviam um caso amoroso apesar dele ser casado, fato amplamente explorado pela imprensa na ocasião. Anos depois, ela tornou-se a esposa do saudoso simpatizante coral e consagrado humorista Chico Anysio. Tempo de um futebol nada politicamente correto.