O MAIOR ROUBO DA HISTÓRIA DO FUTEBOL EM TODOS OS TEMPOS

Adilson Bahia cobra o pênalti e o assistente há poucos metros do lance disse que a bola não entrou

O treinador Francisco Diá declarou: “Estou no futebol há 25 anos e nunca tinha visto um gol de pênalti anulado. A arbitragem de hoje deveria sair aqui do estádio de camburão“. A revolta do técnico coral realça a ira dos torcedores sentida ontem no jogo contra o América/MG pela Copa do Brasil. Após empatar em 1×1 no tempo normal, com um gol do atacante Augusto marcado nos acréscimos do 2º tempo, o Ferrão foi para a disputa de pênaltis com seu adversário. O Coelho mineiro começou convertendo sua primeira cobrança. O centroavante Adilson Bahia efetuou a primeira batida coral e, após se chocar com o travessão, a bola quicou dentro do gol de forma clara e cristalina. O assistente Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e o árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo, ambos da Federação Paulista de Futebol, disseram que a bola não entrou. A sequência de penais prosseguiu e o time mineiro terminou vencendo por 3×2, quando o placar correto seria 3×3, o que obrigaria a batida de pênaltis alternados até se conhecer o vencedor do jogo. O erro custou ao caixa coral a entrada de, no mínimo, 1 milhão e 700 mil Reais. Quem vai arcar com o prejuízo do Ferrão? Lances semelhantes já aconteceram várias vezes no futebol, inclusive em jogos importantes de Copa do Mundo, porém acontecimento assim em cobrança de pênaltis é algo inédito no futebol brasileiro. É o caso de afirmar que testemunhamos simplesmente o maior roubo da história do futebol em todos os tempos.

AUXILIAR TÉCNICO DE FRANCISCO DIÁ JOGOU NO FERROVIÁRIO EM 1990

Ferroviário no dia 28/07/1990 na Barra – Em pé: Romildo, Eleusis, Osvaldo, Naldo, Gilmar Furtado e Toninho Barrote; Agachados: Magno, Junior Piripiri, Rogério Martins, Mazinho Loyola e Evilásio

Lembra do zagueiro Romildo? Ele é atualmente o auxiliar técnico do treinador Francisco Diá, que realiza bom trabalho no comando coral. Na temporada de 1990, Romildo foi zagueiro do Ferroviário e formou dupla de zaga em muitos jogos com Gilmar Furtado. Os jovens Eraldo, Eudes e Ernani, além dos experientes Luís Oliveira e Valdecy, foram também seus companheiros de posição naquele período. Oriundo do Náutico/PE, de onde chegou com o retrospecto de um bicampeonato pernambucano em 1988 e 1989, o potiguar Romildo Freire de Lima atuou em 22 jogos pelo Ferroviário entre março e novembro daquele ano, que acabou abrangendo o Campeonato Cearense de 1990 e, também, a disputa do 1º turno do Estadual de 1991, iniciado a partir de agosto de 1990 em razão de uma atrapalhada adaptação do calendário promovido pela Federação Cearense de Futebol. Na imagem acima, Romildo aparece ao lado do treinador de goleiros Giordano e do lateral direito Eleusis. O registro foi feito antes de um amistoso preparatório para o Campeonato Cearense de 1991, no dia 28 de julho de 1990, contra o Tiradentes. O Tubarão da Barra venceu o Tigre por 1×0, gol de Magno, em partida que ficou marcada pela participação recreativa do ídolo Mazinho Loyola, jogador pertencente ao São Paulo/SP, mas que, emprestado, acabara de sagrar-se campeão pernambucano pelo Santa Cruz/PE. De folga em Fortaleza, Mazinho jogou um tempo daquele amistoso e depois foi substituído por Ademir Patrício. O zagueiro Romildo era titular da equipe coral naquele momento e o registro fotográfico não deixa mentir. Depois que deixou o Ferrão, Romildo foi campeão potiguar no ano seguinte pelo América/RN. Jogou ainda no ABC/RN, onde foi pentacampeão estadual. Que a experiência de ganhar títulos dentro de campo possam fazê-lo também vitorioso em sua passagem pelo Ferrão ao lado de Diá.