Depois da última postagem sobre o lateral direito Lionn, chegaram alguns pedidos para destacar a quebra do tabu contra o Fortaleza, ocorrida no Campeonato Cearense de 2007. O Tubarão da Barra não vencia o Tricolor do Pici desde o dia 27 de Junho de 1999 e ainda não havia derrotado o velho rival no Século XXI. Com um time cheio de garotos da base, formados na geração de atletas preparada pelo treinador Jorge Veras, o Ferrão quebrou o tabu no dia 1º de abril de 2007, jogando no Castelão. Naquele domingo, o Ferroviário venceu a partida com o futebol de Cássio, Lionn, Jaílson, Nemézio e Leonardo; Dedé, Guto, Róbson e Everton (Jarbson); Danúbio (Carlinhos) e Valmir (Léo Jaime). O técnico era Daniel Frasson. Treinado por Paulo Bonamigo, o Fortaleza perdeu o jogo com Tiago Cardoso, Bileu (Léo Gago), César, Santiago e Guto; Válter, Cocito (Cleverson), Jean (Igor) e Rogerinho; Rinaldo e Adriano Chuva. Confira os gols acima, principalmente o golaço do jovem Leonardo, que era originariamente meia esquerda, mas atuou improvisado na lateral. Danúbio e Valmir marcaram os outros gols, enquanto Cleverson descontou para o Fortaleza. A gurizada coral só entrou em campo contra o Fortaleza porque, na véspera, a diretoria dispensou 13 jogadores do elenco profissional. Foram quase 8 anos sem derrotar o Fortaleza, mais precisamente 2.830 dias, mas a vitória veio nos pés de um time que era praticamente todo Sub-20 e em cima da equipe que, pouco tempo depois, sagrou-se campeã cearense de 2007. Daquela formação que quebrou o tabu, os jogadores que tiveram maior destaque no futebol foram Lionn, Léo Jaime e Everton, que posteriormente foi campeão brasileiro vestindo as camisas do Fluminense/RJ e do Cruzeiro/MG.
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REGISTRO FOTOGRÁFICO DE UM JOGO PELA TEMPORADA DE 2013

Ferroviário Atlético Clube em 2013 – Em pé: Kleyton, Fernando Júnior, Anderson Borges, Cleylton, Giancarlo e Lima; Agachados: Everton, Leandro Sobral, Foguinho, Tinga e Ted.
Acima, belo registro do Ferroviário, vestindo uniforme preto, no segundo jogo do campeonato cearense de 2013, no PV. Foi no dia 09 de janeiro daquele ano. Depois de vencer o Crato na estreia, com um gol de Giancarlo no final do jogo, o time coral dominou as ações naquela quarta-feira à noite, mas ficou no empate em 0x0 com o Horizonte. Depois de utilizar um uniforme preto, pela primeira vez na história entre as temporadas de 2008 e 2010, a temporada de 2013 marcou o retorno daquele belo material de jogo, produzido pela Siker. Em grave dificuldade financeira, o Ferrão tinha a menor folha de pagamento dentre os dez participantes da primeira divisão cearense e a base do time era o grupo de jogadores que, três meses antes, havia sido vice campeão cearense Sub-20. Cinco jogadores dessa foto já penduraram as chuteiras: Kleyton, Fernando Júnior, Anderson Borges, Lima e Tinga. O lateral direito Everton, o zagueiro Cleylton, o meio campista Foguinho e o artilheiro Giancarlo foram os que obtiveram maior projeção, atuando em times importantes do país e até do exterior.
VITÓRIA DE VIRADA EM CIMA DO TREZE/PB NO BRASILEIRÃO DE 2006
Doze anos antes de decidirem um título nacional, Ferroviário e Treze/PB fizeram um jogo tenso pelo campeonato brasileiro de 2006. O vídeo acima recorda a vitória coral por 2×1, de virada, conquistada no Presidente Vargas, em Fortaleza. Os gols foram de Everton e Stênio para o Ferrão, enquanto Alisson marcou para o time paraibano. Apesar de não ter conquistado o acesso, aquela formação coral é considerada uma das melhores em todos os tempos. A vitória, conquistada na base da garra, selou a classificação coral para a segunda fase da competição. O jogo teve confusões dentro de campo. Os jogadores Nemézio, Fernandinho e Cristiano sofreram sangramentos durante os noventa minutos. Treinado por Arnaldo Lira, o Tubarão da Barra venceu com Jéfferson, Marcos Pimentel, Nemézio, Tiago Gasparetto e Guarilha; Horácio (Marcelo Mendes), Glaydstone, Claudeci (Róbson) e Everton; Stênio (Fernandinho) e Cristiano. O Treze jogou com Érico, Leandro Carlos, Alisson, Kiko e Marcos Paulo; Raminho, Viola (Calmon), Rogério Costa (Renatinho) e Leandro Diniz; Moisés e Paulinho Macaíba (Lenílson). O treinador era Celso Teixeira. O jogo foi disputado numa quarta-feira à noite, dia 2 de agosto de 2006, com um público de 1.344 pagantes. O árbitro foi Suélson Medeiros da Federação do Rio Grande do Norte. Com a vitória, o time coral passou para a segunda fase e pegaria Confiança/SE, Porto/PE e Vitória/BA, passando depois para a terceira fase e indo até o octagonal final da competição.
COMO A VIDA SEGUIU PARA O ELENCO CORAL DA TEMPORADA DE 2013

Fernando Junior, Kleyton, Cleylton, Anderson Borges, Lima, Giancarlo e Caíque; Foguinho, Maico Motta, Tinga, Everton, Sami, Luisinho, Leandro Sobral, Romário, Bruno e Márcio.
O time do Ferroviário em 2013 foi certamente o último a dar alguma alegria à torcida coral na primeira divisão do campeonato cearense. Por muito pouco a equipe coral não conseguiu uma vaga para a Copa do Brasil ao brilhar no 1º turno da competição mesmo com a menor folha de pagamento entre todos os participantes, mas tendo que amargar uma queda brusca de produção no 2º turno em razão de uma série de situações, entre elas a perda de foco de alguns atletas, a saída do treinador Gilson Maciel e o elenco reduzido de opções, formado basicamente por uma equipe Sub-20, em razão de uma política orçamentária seguida à risca com limites e restrições. Daquele elenco, alguns já pararam até de jogar futebol, outros estão bem em plena atividade, inclusive atuando no futebol do exterior. Você lembra da escalação do time base naquele início de temporada? Fernando Junior, Everton, Cleylton, Lima e Tinga; Vágno Pereira, Foguinho, Leandro Sobral e Kleyton; Ted e Giancarlo. Por onde andam os principais atletas daquele elenco?
Depois de uma passagem pelo Boa Esporte/MG no ano passado, o goleiro Fernando Júnior hoje é titular do Benfica Luanda, uma das principais equipes do campeonato angolano – o famoso Girabola – que está em plena disputa. Morar em Angola é mais uma experiência na carreira do ex-arqueiro coral, que está atualmente com 26 anos. Por outro lado, alguns atletas daquele elenco já penduraram as chuteiras. O lateral esquerdo Tinga, ex-Cruzeiro/RS, se aposentou há dois anos, assim como o meia Maico Motta, que mesmo jovem, preferiu trocar o futebol e apostar na carreira de educador físico.
Tem até jogador daquele elenco que hoje atua no futebol inglês, é mole? Seguindo os passos do desbravador Mirandinha, cria coral, que abriu as portas do futebol britânico para o jogador brasileiro em 1987, o meia gaúcho Kleyton está atualmente na pré-temporada do Whitehawk, da segunda divisão da Inglaterra, morando na bela cidade costeira de Brighton. Já o meio campista Leandro Sobral, um dos destaques daquela equipe de 2013, sagrou-se campeão paraibano recentemente pelo Campinense/PB e disputa atualmente a Série D do campeonato brasileiro. Outro que joga a mesma competição é o ex-zagueiro coral Cleylton, adquirido por 120 mil reais pelo Grêmio/RS no final daquela temporada, e que hoje defende as cores do São Paulo/RS.
Quem está bem em sua nova equipe é o lateral direito Everton, escolhido o melhor da posição no campeonato cearense de 2013. Depois de se destacar recentemente no Guarani de Juazeiro, onde foi eleito novamente o melhor do Estadual, o atleta acertou contrato com o América de Natal, onde é titular desde o mês de maio e disputa atualmente o campeonato brasileiro da Série C. Por outro lado, o goleiro reserva Caíque largou o futebol profissional e trabalha atualmente com Futsal, tento passado inclusive uma período disputando competições na França. Os zagueiros Lima e Anderson Borges, crias da base coral, também penduraram as chuteiras diante da incerteza que é a profissão de jogador de futebol no Brasil, com cada vez menos clubes em atividade por longos períodos durante a temporada, talvez a maior aberração de um futebol falido, envolto à escândalos, que consegue perder por 7×1 em partida de Copa do Mundo.
O artilheiro Giancarlo é outro que sofre com a limitação de times em atividade. Ele esteve, esse ano, no Glória de Vacaria, onde disputou o campeonato gaúcho, porém retornou para sua cidade no Mato Grosso do Sul a espera de novos convites. Seu companheiro de ataque, o maranhense Ted, chegou a vestir a camisa do Remo/PA. Por outro lado, o meia Sami, que atuou várias partidas em 2013, esteve ano passado no Flamengo do Piauí, e recentemente disputou o campeonato carioca da segunda divisão pelo Itaboraí/RJ, que certamente conseguiria o acesso para a divisão de elite, porém o campeonato caiu nas barras da justiça em razão de eventuais combinações de resultados envolvendo o Americano/RJ. Alguma semelhança com a Série B cearense? O volante Foguinho defende atualmente o Aparecidense/GO na Série D brasileira, já o baixinho Vágno Pereira retornou para o interior do Maranhão. As crias corais Márcio e Luisinho esperam clube para continuar suas carreiras. Por sua vez, o atacante reserva Romário cansou de esperar e largou o futebol. Lembra do atacante Índio, contratado na reta final do campeonato cearense de 2013 e que marcou um golaço no jogo contra o Tiradentes, em Horizonte? Ele defendeu recentemente o Costa Rica/MS, na primeira divisão do futebol do Mato Grosso do Sul. Basicamente, eis o destino dos principais atletas naquele ano. E a vida continua seguindo para todos daquele bom time.
A ÚLTIMA VEZ DO FERRÃO NUMA FINAL DAS CATEGORIAS DE BASE

Vice-campeão cearense Sub-20 de 2012- Em pé: William Mardoch, Samuel Guerra, Del, Murillo, Cleylton, Marcelo, Everton, Lima, Lucas, Fernando Abade, Anderson Borges e Caíque; Agachados: Fábio, Neto, Adilton, Bruno, Damásio, Romário, Cléo, Léo, Márcio, Luisinho e Maico Motta.
O tempo tem sido implacável com o Ferroviário. Há muitos anos o clube não chega nas finais das principais competições estaduais de categorias de base. Uma das únicas exceções ocorreu exatamente há 3 anos, infelizmente a última vez, quando o time coral disputou o título do Sub-20 contra o poderio financeiro e estrutural do Ceará. O placar de 0x0 garantiu o título ao alvinegro, que jogava pelo empate por ter somado 1 ponto a mais na fase classificatória. Foi um duro golpe na meninada coral, que ainda viu um gol lícito do atacante Luisinho ser anulado pelo árbitro César Magalhães, após cobrança de escanteio do lateral direito Everton. Vários garotos foram às lágrimas após o jogo.
Apesar do gosto amargo, o vice-campeonato dava a certeza do caminho certo a partir da profissionalização do setor de futebol, fundamentada na captação financeira oriunda de negociações legalmente garantidas de parte dos direitos econômicos de atletas junto à potenciais investidores e apoiadores, algo até então inédito na história do clube. Seria a aposta no futuro promissor da reestruturação de um Ferroviário que já vinha há 17 anos sem resultados expressivos, e que pouco a pouco sucumbia em importância na revelação de atletas. Dentro de campo, o treinador Gilson Maciel, um ex-goleador de destaque do Grêmio/RS e do Tigres do México, entre outras equipes, ministrava treinamentos de alto nível baseados em periodização tática, a mesma metodologia que consagrou o trabalho do português José Mourinho, um dos principais técnicos da história do futebol. Os críticos de plantão, invariavelmente leigos no assunto, desconheciam por completo a metodologia técnico-tática dos treinamentos do Sub-20 coral, que seria implementada em todas as categorias de base do clube com o passar do tempo.
Antes da finalíssima contra o Ceará, a meninada coral pegou o Fortaleza na semifinal. Estranhamente, a Federação Cearense de Futebol colocou o jogo na preliminar de um partida do Leão pela Série C do campeonato brasileiro, algo inédito até então na competição. Diante de um PV lotado para o jogo principal, os jovens valores corais encararam o adversário e sua torcida de igual pra igual. O Ferrão ainda teve um gol anulado – este corretamente – assinalado pelo ala esquerdo Maico Motta, em impedimento. Diante da necessidade de levantar a auto-estima do clube com a chegada numa final depois de tanto tempo, a direção de futebol conquistou algo raro para as categorias de bases do clube dentro do quase sempre combalido e delicado contexto coral, uma premiação de 10 mil reais para os jogadores despacharem o Fortaleza. A captação ocorreu na véspera da partida junto a um dos investidores do projeto e a notícia, dada ainda na concentração, motivou mais ainda a garotada do Ferrão, que conquistou o direito de ir à final com o 0x0 no placar. Depois, todo o grupo foi levado para uma justa e merecida comemoração no restaurante do ex-jogador coral Solimar, um dos principais entusiastas do projeto. Em meio à euforia, uma tristeza, o capitão Foguinho tomara o terceiro cartão amarelo num lance à beira do gramado e ficaria de fora da grande final.
Na decisão contra o Ceará, o Ferrão entrou em campo com Maico Motta como capitão e escalado com Murillo, Everton, Cleylton, Marcelo e Maico Motta; Márcio (Bruno), Lima, Fernando Abade (Léo) e Cléo; Luisinho e Romário (Damásio). Treinado pelo ex-coral Sérgio Alves, o Ceará foi campeão com Gian, Reginaldo (Matheus), Dener, Potiguar e Fábio; Dassayev, Ernesto, Diego e Luiz Henrique (Bruno Rafael); Beberibe (Gabriel) e Sanchez. Mais 10 mil reais foram colocados como gratificação pelo título, uma repetição do aporte oriundo do mesmo investidor da semifinal. O gol não saiu e o único que foi feito foi anulado. O título não veio. O elenco vice-campeão Sub-20 de 2012 serviu de base para o time profissional que disputou o campeonato cearense do ano seguinte. Em reestruturação financeira, o Ferroviário tinha a menor folha de pagamento entre os participantes, apenas 35 mil reais, algo inimaginável para os parâmetros competitivos do futebol moderno. Dentro de campo, o time coral terminou a primeira fase em 2º lugar, com uma vitória a menos que o Horizonte, que contava com verba pública de prefeitura e uma folha 5 vezes superior. Por muito pouco, a garotada do Ferrão não conquistou uma vaga para voltar a disputar uma Copa do Brasil nove anos depois.
Com o passar do tempo, o trabalho de gestão profissional do clube foi sofrendo boicotes e a viciada cultura organizacional e política, que minaram o time coral nas últimas duas décadas, voltou a fazer seus estragos. O projeto sucumbiu, gerando prejuízos financeiros e pessoais para investidores e profissionais que dele participaram. A velha imundice do futebol falou mais alto com a clássica estratégia de boatarias e fofocas, apesar dos mais de 200 mil reais de terceiros investidos no clube em 18 meses de trabalho. O Ferrão seguiu sua vida, de forma trôpega até então, mas a bravura daquela geração vice-campeã em 2012 deixou laços de amizade e respeito entre seus participantes. O gol anulado de Luisinho, artilheiro coral no certame com 7 gols, nunca saiu da cabeça de ninguém. Poderia ter sido um título para aqueles jovens, mas a arbitragem não permitiu. Três anos depois, o Almanaque do Ferrão resgata um raro vídeo daquele lance e apresenta abaixo em caráter exclusivo. E que o exemplo daquela geração possa ser seguido nas atuais categorias de base do clube.
HÁ 9 ANOS QUEM ENFRENTAVA O BRASIL DE PELOTAS ERA O FERRÃO
Atualmente as atenções na cidade de Fortaleza estão voltadas para o mata-mata entre Fortaleza e Brasil de Pelotas pela Série C do campeonato brasileiro. Um dos dois conseguirá o tão sonhado acesso para a segunda divisão nacional. Em 2006, esse mesmo Brasil de Pelotas foi um dos adversários do Ferroviário Atlético Clube no octogonal decisivo da própria Série C. Os 4 primeiros colocados conseguiram o acesso. O Tubarão da Barra terminou na 5ª colocação na mais acirrada edição da terceira divisão em todos os retrospectos da competição. Foram duas partidas entre o time coral e o representante do interior gaúcho. Coincidentemente, uma vitória para cada lado pelo mesmo placar: 3×0. O Almanaque do Ferrão recorda abaixo os fatos de ambos os jogos, as duas únicas vezes que os dois se enfrentaram em toda a história do futebol brasileiro.
O vídeo acima traz imagens do jogo realizado em Pelotas, no Estádio Bento Freitas, no dia 28/10/2006. Foi o embate 3.181 da história coral. O placar de 3×0 para o time da casa foi modesto diante da supremacia gaúcha em campo. Pra completar, Nemézio e Sérgio Alves terminaram expulsos pelo árbitro capixaba Wallace Nascimento. Os gols do Brasil foram assinalados por Everton Severo e pelo uruguaio Cláudio Milar, duas vezes, este simplesmente o maior ídolo da história xavante, falecido no trágico acidente de ônibus que envolveu a delegação do time em janeiro de 2009, no episódio que ficou conhecido como ´A Noite Que Não Acabou`. O Ferrão atuou nessa primeira partida com o futebol de Jéfferson, Nemézio, Tiago Gasparetto e Robinho (Claudeci); Marcos Pimentel, Glaydstone, Marcelo Mendes, Everton e Fernandinho (Tales); Cristiano (Sérgio Alves) e Stênio. O Brasil/RS formou com Rodrigo Silva, Júlio, Régis, Alex Martins e Evaldo; Dario, William (Fabrício), Everton Severo (Luiz André) e Dudu; Cláudio Milar e Elivelton (César).
Por sua vez, o segundo vídeo resgata os 3 gols da vitória coral no jogo da volta, no PV, no dia 08/11/2006, naquela que foi a partida de número 3.184 da história do Ferroviário. Contando com uma atuação magistral do atacante Fernandinho, que depois chegou a vestir a camisa do São Paulo/SP e hoje joga no Grêmio/RS, o Tubarão venceu com gols de Cristiano, Glaydstone e Everton. É bem verdade que o time coral contou com a atuação infame do árbitro maranhense Eduardo Barilari, que distribuiu seis cartões amarelos para os jogadores gaúchos e expulsou ainda Bruno, Alex Martins e Régis, este também falecido no mesmo acidente de ônibus de 2009. Todos os gols saíram na etapa final após o esquema tático do Brasil /RS ser completamente esfacelado pela arbitragem.
Com a vitória, o Ferrão retornava para a zona de classificação para a Série B, condição perdida somente na reta final da competição depois de um revés contra o Barueri/SP. Na segunda e última vez que se enfrentaram, os times formaram com Jéfferson, Marcos Pimentel, Carlinhos, Nemézio e Júnior Cearense; Glaydsone, Dedé, Tales (Diego) e Everton; Stênio (Cristiano) e Fernandinho (Danúbio); Rodrigo Silva, Dudu, Régis, Alex Martins e Evaldo; Carlos Alberto, Dario, William e Everton Severo (Bruno); Claúdio Milar (César) e Franciel (Matão). Destaque para um público de mais de 3 mil pessoas presentes no estádio. Após o trágico acidente em 2009, o Brasil de Pelotas foi parar na segunda divisão gaúcha e viveu uma crise que parecia infindável. Há 2 anos, retomou sua trajetória de sucesso na primeira divisão do Rio Grande do Sul, disputou Copa do Brasil e briga novamente por uma vaga para a Série B nacional exatamente como fez em 2006, depois de lograr um primeiro acesso nacional na Série D no ano passado. Em síntese, o Brasil de Pelotas é um excelente exemplo para o próprio Ferroviário.