FERRÃO VOLTOU A ENFRENTAR O IGUATU APÓS QUASE 20 ANOS

Veja os gols acima. Apesar da indefectível camisa laranja, é o Ferroviário em campo. Depois do uniforme dourado em 2015, o time coral voltou a inovar e estreou ontem o novo terceiro uniforme. Pelo menos esse ano, podemos chamar o Ferrão de ´Laranja Coral`. Porém, o mais importante foi a terceira vitória em quatro partidas já disputadas pela segunda divisão do campeonato cearense, um passo importante no objetivo maior que é voltar à divisão de elite local. E depois de quase 20 anos, o Tubarão da Barra reencontrou o Iguatu, que andou meio sumido, extinto, fundado novamente e retornou à prática do futebol profissional há apenas seis anos. Foi no campeonato estadual de 1997 que as duas equipes se enfrentaram pela primeira vez, no dia 9 de março, no estádio Morenão em Iguatu. Depois, um novo confronto em 26 de junho daquele ano, no PV. 0x0 no primeiro jogo e vitória coral por 3×1 na segunda partida, gols dos conhecidos Reginaldo, Santos e Dino. Ontem, os talentosos Valdeci e Roney marcaram gols e entraram para a galeria dos confrontos entre Ferrão e Iguatu, naquele que foi apenas o terceiro jogo da história entre os dois times. Uma excelente vitória, sem dúvida. E viva a Laranja Coral.

CLÁSSICO DAS CORES DE 1999: UM DIVISOR DE ÁGUAS NA VIDA CORAL

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Cantareli entre dois jovens torcedores

O Almanaque do Ferrão mergulha no tempo e vai até 4 de julho de 1999. Há exatamente 16 anos, o time coral enfrentava o Fortaleza e fazia sua última partida pelo campeonato cearense daquela temporada. A derrota por 3×2, com todos os gols saindo num primeiro tempo eletrizante, desclassificava o Tubarão da Barra e o fazia terminar a competição numa incômoda 7ª colocação, inaugurando uma trajetória de insucessos que a partir da temporada seguinte seria marcada por sucessivas campanhas onde o Ferroviário passou a brigar mais vezes contra o rebaixamento do que propriamente por posições na parte de cima da tabela, além de ficar 8 longos anos sem derrotar o Fortaleza. Os melhores momentos dessa partida emblemática, um verdadeiro divisor de águas na trajetória do clube, podem ser conferidos no vídeo acima. De positivo, a bela atuação do meia Cantareli, que em uma de suas melhores performances com a camisa coral, marcou 2 gols. Claudinho, Clayton Maranhense e Clodoaldo fizeram os gols do adversário.

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Atacante carioca Bira

Treinado pelo experiente César Moraes, o Ferrão tinha um time com jogadores rodados no futebol nordestino e até internacional, como era o caso do atacante carioca Bira, ex-jogador do Botafogo de Ribeirão Preto e do Atlético Mineiro, com passagens também pelo futebol português, o que não foi suficiente para uma boa campanha no estadual de 1999. Na derrota de 16 anos atrás, o famoso Guri escalou o time coral com Jorge Pinheiro, Dino, Cláudio, Aldemir e Ivan; Vado, Rutênio, Cantareli e Adriano Cearense (Júnior); Pedrinho (Josivan) e Bira (Lau). José Galli Neto, técnico do Fortaleza, comandou seu time com o futebol de Carlos Alberto, Róbson, Horácio, Paulão e Reginaldo; Pires, Anderson (Beto), Clayton Maranhense (Rélber) e Clodoaldo; Eron e Claudinho (João Paulo). Foi o jogo 2.837 da história coral. A arbitragem foi de Dacildo Mourão e o lateral direito carequinha Ivan, improvisado na esquerda, ex-jogador do Moto Clube/MA, foi expulso de campo após falta violenta. Há 16 anos.

MENSAGEM DE DINO NO AUGE DE SEUS 223 JOGOS PELO FERRÃO

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Volante Dino

O resgate de algumas mensagens de Natal gravadas em 2008 para o programa Rádio Ferrão termina com um dos jogadores que mais vezes defendeu a camisa do Ferroviário. Trata-se do piauiense Dino, que durante anos vestiu a camisa de número 5. Sua primeira partida foi em 1996 e a última em 2009, totalizando 223 jogos e 5 gols no Tubarão da Barra, o que o qualifica como o 22º jogador na história que mais vezes jogou pelo time coral, nada mal para uma lista que conta com mais de 2000 atletas ao longo de 81 anos de existência. A mensagem de fim de ano de Dino é também a mais longa das veiculadas na época. Foram 45 segundos que o Almanaque do Ferrão tem o privilégio de recordar nessa véspera de Natal.