ARTILHEIRO DO FUTEBOL EUROPEU FOI TAMBÉM MASCOTE DO FERRÃO

O retrato de hoje é especial. Voltamos à década de 1980, mais precisamente na temporada de 1984. Na imagem ao lado, vê-se o goleiro Dário ladeado por mascotes corais antes de uma partida no Castelão. Você consegue reconhecer algum desses garotos? Ao lado esquerdo do arqueiro coral, de camisa listrada, vemos um jovem mascote que se consagrou na década seguinte como um dos maiores artilheiros do futebol europeu. Trata-se de Jardel, que algumas vezes já mereceu postagens aqui no Almanaque do Ferrão. Filho de uma família que torcia pelo Ferroviário Atlético Clube, o então garoto Jardel, com apenas 11 anos de idade, entrou no gramado com o time profissional do Ferrão. Sete anos depois, o esguio atacante Jardel chamou a atenção do Vasco da Gama numa competição de base em que o Tubarão da Barra foi um dos destaques. O resto da trajetória de Mário Jardel todo mundo sabe, inclusive o desfecho de sua vitoriosa carreira, quando voltou ao Ferroviário descendo de helicóptero no gramado onde deu os primeiros passos no futebol brasileiro. A imagem acima é o início de tudo, uma verdadeira raridade.

RECORDAÇÕES DE MAIS UM GRANDE CONFRONTO CONTRA O FORTALEZA

O vídeo acima é mais um resgate do Almanaque do Ferrão e corresponde ao registro de um empate em 3×3 entre Ferroviário x Fortaleza no dia 23 de outubro de 1983. Há exatos 36 anos, os dois clubes protagonizavam mais um jogo eletrizante numa tarde de domingo no antigo Castelão, algo comum em se tratando do chamado ´Clássico das Cores` naquele período. O Ferrão sofreu um gol logo no início do jogo, mas chegou a fazer 3×1 no placar ainda no primeiro tempo, porém sofreu o empate nos cinco minutos finais em dois lances infelizes do goleiro Dário. Naquela temporada, o Fortaleza contratou um grupo de jogadores que é apontado pela sua própria torcida como o maior time da história do clube até hoje. O Ferrão tinha a dupla infernal Betinho e Jorge Veras, além de uma série de jogadores eficientes que rendiam bem em suas posições. Treinado por Newton Albuquerque, que era o irmão mais velho do próprio goleiro Dário e do então iniciante árbitro Dacildo Mourão, o Ferrão empatou com o futebol de Dário, Laércio, Israel, Nilo e Fraga; Doca, Edson e Betinho (Barga); Foguinho, Jorge Veras e Paulinho Lamparina (Zé Luís). O Fortaleza, do técnico Paulo Emílio, formou com Salvino, Caetano, Pedro Basílio, Gilmar Furtado (Tadeu) e Clésio; Serginho, Wescley e Marquinho; Edson (Geraldinho), Luizinho das Arábias e Edmar. Jorge Veras marcou dois gols para o Ferrão, com Foguinho completando o placar. Pelo Fortaleza, Marquinho fez também dois gols e o outro foi do meia Wescley. Leandro Serpa foi o árbitro do jogo, que teve um público de 9.562 pagantes. Jogo que o tempo não apaga!

MATÉRIA DE TV COM A CHEGADA DE REFORÇOS EM OUTUBRO DE 1991

Lembra do volante Tinda? Ele até já mereceu destaque aqui no blog em postagem de agosto do ano passado. Agora, você pode vê-lo em vídeo durante sua primeira entrevista no Ferroviário Atlético Clube. Em outubro de 1991, há exatos 25 anos, Tinda era apresentado na Barra do Ceará juntamente com o meia Cássio, ex-jogador do CSA de Alagoas. Sob o comando do treinador Newton Albuquerque, irmão do ex-árbitro Dacildo Mourão e do ex-goleiro coral Dário, o Ferroviário tentava se ajeitar na reta final do Campeonato Cearense daquele ano. O Almanaque do Ferrão foi buscar em seus arquivos a matéria acima do repórter André Beltrão, veiculada na época pela TV Verdes Mares de Fortaleza. Cássio atuou em apenas 5 jogos e Tinda participou de 7 partidas naquela competição. Newton Albuquerque e Cássio já são falecidos. Tinda mora no Acre.