DIA DE COMEMORAR MAIS UM ANIVERSÁRIO DO TÍTULO DE 1979

Capa do Correio do Ceará em 1979

Em 1979, num inesquecível domingo, dia 16 de setembro, o Ferroviário bateu o Fortaleza por 3×0 e conquistou o seu sexto título estadual na história. Os gols da peleja já mereceram postagens anteriores aqui no blog, tanto na rara recuperação do vídeo, como no resgaste do áudio histórico durante a transmissão da Rádio Verdes Mares de Fortaleza. Em mais um aniversário daquela conquista, quarenta e um anos depois, destacamos hoje a capa do extinto Correio do Ceará, um dos jornais mais tradicionais do estado até aquela década. Com o título “Campeão Merecidamente“, o famoso periódico estampou a foto da formação que entrou em campo naquela decisão, com o goleiro Edmundo substituindo Cícero Capacete, suspenso, e Jorge Henrique no posto do lateral esquerdo Ricardo Fogueira, expulso no jogo anterior. Em 1979, o Ceará tentava o propalado e inédito pentacampeonato, mas acabou encontrando o Ferrão no caminho e o teve como verdadeiro algoz, sobretudo no histórico confronto realizado quatro dias antes da partida decisiva contra o Fortaleza, confronto este que até hoje é lembrado nos estádios do futebol cearense. Vale lembrar que o Ferrão teve quatro treinadores naquela campanha: Pedrinho Rodrigues, 15 jogos, José Oliveira, 6 partidas, Urubatão Nunes, 23 jogos e César Moraes nos 8 últimos jogos da competição, terminando como o grande campeão. Dos 52 jogos no campeonato cearense, os atacantes Paulo César e Dedé, ambos com 46 apresentações, foram os que mais entraram em campo com a camisa coral. Os jovens Edson e Haroldo foram os que jogaram menos. Cada um entrou em campo uma única vez naquela competição. O legendário Paulo César foi o grande artilheiro do certame com 29 gols.

DIRETORIA CORAL CONCLAMAVA A PRESENÇA DA TORCIDA EM 1968

Ninguém duvida que o Ferroviário tem a terceira maior torcida no futebol cearense, mas a lembrança de que um dia esta mesma torcida já foi maior que a do Fortaleza é sempre recorrente. O Almanaque do Ferrão faz um recorte no tempo e vai até 1968, ano em que os dirigentes corais ainda tentavam neutralizar o crescimento vertiginoso da torcida do adversário, que realmente havia ultrapassado a do Tubarão da Barra em anos anteriores. Curioso ver que, naquela época, a direção coral já não andava muito satisfeita com o comparecimento de seus torcedores, razão pela qual não ser muito inteligente repetir a velha ladainha nos dias atuais. É chover no molhado, como dizem os mais antigos. Vale a pena a leitura da matéria abaixo retirada do extinto Correio do Ceará. Vale mais ainda recordar José Rego Filho, um dos maiores dirigentes da nossa linda história. O próprio exemplo de 1968 pode ser seguido atualmente. Não adianta reclamar da própria torcida, ela comparecerá quando achar que deve prestigiar, quando o clube fizer por merecer com atuações competitivas e chances de conquista. Naquele ano, apesar das reclamações durante o campeonato, a torcida decidiu dar o ar da graça na reta final e viu um título estadual inesquecível depois de 16 anos. É que a gente só lembra das coisas boas.

fac 01322