MEIO CAMPISTA DOCA EM ENTREVISTA NO VESTIÁRIO CORAL

Meio campista Doca em entrevista no vestiário coral ladeado pelo ex-presidente Chateaubriand Arrais

O registro acima aconteceu após algum jogo do Ferroviário na temporada de 1979. O meio campista Doca, famoso jogador do elenco coral na ocasião, concedia entrevista para um repórter que vestia literalmente a camisa do próprio Ferroviário. Ao lado do jogador, vê-se o dirigente Chateaubriand Arrais, que havia sido presidente entre 1975 e 1977. Doca é o terceiro jogador que mais vezes defendeu a camisa coral, totalizando 338 partidas e 17 gols marcados. Seu nome de batismo é Pedro Assis de Souza, nascido em 10 de março de 1953. Doca chegou para o Ferrão na temporada de 1978 e permaneceu até 1985, atuando em todas as posições do meio campo, notadamente como volante na maior parte dos jogos. Oriundo do Quixadá/CE, o jogador fez sua primeira partida com a camisa do Tubarão da Barra no dia 06/04/1978 contra o América/CE, no Castelão, em jogo válido pelo 1º turno da Taça Waldemar Alcântara. Sua partida de despedida ocorreu no PV, no dia 20/12/1985, contra o Fortaleza, pelo Campeonato Cearense daquele ano. Doca conquistou um título estadual pelo Ferrão, em 1979, quando atuou em 42 jogos e marcou 2 gols.

VALDEMAR CARACAS E SUA ETERNA RELAÇÃO COM O FERROVIÁRIO

Recorte de jornal cearense na temporada de 1977 anunciando a visita de Valdemar Caracas ao Ferrão

Essa semana completou nove anos do falecimento de Valdemar Cabral Caracas, o grande articulador da fundação do Ferroviário Atlético Clube. Ele já foi motivo de várias postagens aqui no blog, inclusive quando o assunto foi um documentário produzido especialmente em sua homenagem por uma torcedora do Ferroviário. Hoje, recordamos acima um recorte de jornal do ano de 1977, quando a visita de Caracas ao clube rendeu até matéria especial. Historicamente, o registro é relevante pois marcou o regresso do velho Caracol às hostes corais depois de um período de afastamento. Ele havia se mantido à distância do cotidiano do clube depois que os famosos “Engenheiros da RFFSA” deixaram temporariamente a gestão de futebol da agremiação, sendo ela entregue à personagens da política cearense e a nomes pouco identificados com o Ferroviário, fato este que quase provocou a falência do clube em meados dos anos 1970. A matéria cita o tradicional processo de autodestruição provocado pela existência de alas políticas nos clubes de futebol. E o Ferroviário conhece bem o efeito danoso desse tipo de acontecimento. Felizmente na ocasião, o clube reencontrou o seu caminho a partir daquele período e passou a fazer boas campanhas a partir do revezamento de uma turma boa de dirigentes, que contou inclusive com o retorno do pessoal da RFFSA. O presidente Chateaubriand Arrais, citado na matéria, integrou várias diretorias até a vitoriosa gestão do bicampeonato estadual 1994/1995, se afastando definitivamente do futebol depois do golpe político que culminou com a saída do então presidente Clóvis Dias. Por sua vez, Valdemar Caracas também acabou se afastando com o tempo, mas acompanhou as notícias do clube que fundou até o último dia de sua vida.

LIVE DE PRÉ-LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO “CRÔNICAS CORAIS”

Para quem perdeu a Live de pré-lançamento do livro “Crônicas Corais“, o vídeo acima fica disponível para fazer você se redimir. Em quase uma hora de bate-papo, Evandro Ferreira Gomes e Evaldo Lima, respectivamente autor e prefacista da nova obra sobre o Ferroviário Atlético Clube, discorrem sobre fatos importantes da história do clube que viraram crônicas e que estão agora definitivamente eternizadas na literatura esportiva brasileira. O livro foi lançado pela Editora Primeiro Lugar e a orelha de apresentação foi escrita pelo ex-presidente Chateaubriand Arrais. O lançamento presencial de ´Crônicas Corais` será no dia 9 de dezembro, às 19 horas, no Barbarians Pub, no bairro Benfica, na Rua Waldery Uchôa, Nº 42, que fica próximo ao estádio Presidente Vargas.

BATE-PAPO PROMOCIONAL SOBRE O NOVO LIVRO “CRÔNICAS CORAIS”

O livro “Crônicas Corais” entrou nessa semana em pré-venda no site da Editora Primeiro Lugar e Rafael Morais, editor da companhia, organizou um bate-papo no Instagram com o autor Evandro Ferreira Gomes para promover a ação. Do mesmo autor do Almanaque do Ferrão, a nova obra traz uma coletânea de vinte crônicas históricas sobre o Ferroviário Atlético Clube. Na conversa informal realizada há dois dias, Rafael e Evandro discorrem sobre o conteúdo do livro e também sobre vários outros aspectos que permeiam a sua produção a partir de acontecimentos verificados no passado do autor e na trajetória do próprio Tubarão da Barra, de seus ex-jogadores, conquistas e personagens importantes ao longo do tempo. O novo livro sobre o Ferrão será lançado em dezembro e tem o prefácio assinado por Evaldo Lima, ex-secretário de esportes de Fortaleza e veterano torcedor coral. O texto de apresentação na orelha da obra é do ex-presidente Chateaubriand Arrais, que gentilmente aceitou a missão. Após o lançamento do livro, prevista para a primeira quinzena de dezembro, a obra ficará à disposição dos torcedores e desportistas na loja oficial Ferrão Store.

MOMENTO DE CRISE QUE ORIGINOU A CONQUISTA DE UM TÍTULO ESTADUAL

Jornal O Povo destacava saída de Célio Pamplona da presidência do Ferroviário em 1979

O Jornal O Povo recordou na semana passada uma matéria de 1979 destacando uma crise interna no Ferroviário que culminou com a saída do presidente Célio Pamplona. O clube vinha de uma boa campanha na temporada anterior, quando quase chegou a vencer um turno, perdendo-o apenas numa memorável disputa de pênaltis com o Fortaleza. Ressalta-se ainda que 1978 é até hoje a temporada que registra a maior média de público nos 85 anos de história do Ferrão. A média foi de 3.974 pagantes por jogo. Por motivos diversos, o presidente Célio Pamplona não permaneceu para 1979 e José Rego Filho assumiu a presidência numa diretoria formada por Ruy do Ceará, Chateaubriand Arrais, entre outros. O resto da história todo mundo sabe. Em setembro daquele ano, o Ferroviário sagrou-se campeão estadual depois de nove anos.

CAMPEÃO DE 1988 PELO FERROVIÁRIO ACOMPANHOU JOGO DA FARES LOPES

Evilásio entre duas gerações

Lembra do ex-zagueiro Evilásio? Cria do Quixadá/CE, ele foi contratado para defender o Ferrão no início da temporada de 1988 e permaneceu no clube até 1993. Ontem, ele esteve no estádio Presidente Vargas acompanhando o segundo jogo da semifinal da Taça Fares Lopes entre Ferrão e Horizonte. Bastante simpático, conversou e tirou fotos com torcedores que o viram jogar. Evilásio garantiu que vai torcer muito pelo Ferroviário na final da competição contra o Caucaia e não poderia ser diferente, afinal o ex-zagueiro coral está na lista histórica de jogadores que ultrapassaram a marca de uma centena de jogos com a camisa do Tubarão da Barra. Evilásio, no total, entrou em campo 122 vezes com o uniforme coral e marcou três gols, sendo o primeiro assinalado no Castelão, num clássico à noite contra o Ceará, que terminou com a vitória alvinegra por 3×1. Na ocasião, no dia 17 de Agosto de 1989, o treinador Moésio Gomes lançou Evilásio no decorrer da partida no posto do zagueiro Juarez e ele marcou o gol de honra do Ferrão. Para homenagear o ex-zagueiro, o Almanaque do Ferrão buscou nos arquivos o áudio desse gol na narração de Gomes Farias pela Rádio Verdes Mares AM de Fortaleza. Abaixo, você pode escutá-lo. Em tempo: na foto, Evilásio aparece entre duas importantes gerações de torcedores corais, o ex-presidente Chateaubriand Arrais e sua cria, Chatô Filho.

RUY DO CEARÁ COMPLETOU 80 ANOS DE IDADE NA SEMANA PASSADA

Dr. Ruy: um dos maiores do futebol cearense

Ele é certamente um dos três maiores dirigentes da história do futebol cearense. Na semana passada, Ruy do Ceará, ex-diretor de futebol do Ferroviário Atlético Clube, completou 80 anos de vida. Infelizmente, poucos veículos de comunicação renderam-lhe homenagens. Lúcido e de uma memória invejável, Dr. Ruy participou ao vivo no último domingo de um programa esportivo da Rádio Assunção de Fortaleza, apresentado pelo radialista Paulo Santiago e que antecede à transmissão do jogo de futebol principal da rodada. Como não poderia deixar de ser, Ruy do Ceará recordou os bons momentos de sua trajetória no Ferroviário como os títulos estaduais de 1968, 1970 e 1979, bem como do seu trabalho de construção do patrimônio coral até hoje existente, além de evidenciar nomes de sua geração como Elzir Cabral, José Rego Filho e Chateaubriand Arrais. Foram cerca de 40 minutos de boas narrativas sobre o cotidiano coral de sua época. Disse ainda que costuma ir aos jogos mais importantes com os filhos e citou o clássico Ferroviário x Fortaleza como o tipo de jogo que ele gosta de estar presente. Poucas horas depois, o Ferrão fez 2×0 em cima do Fortaleza para alegria do aniversariante. Dr. Ruy é um dos nomes eternos do Ferrão.

EX-PRESIDENTE EM DOIS MOMENTOS DA HISTÓRIA DO FERROVIÁRIO

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Chateaubriand Arrais na cerimônia de entrega do Pinguim da Antarctica para Celso Gavião

Existem nomes que são históricos e eternamente ligados à equipes de futebol. É o caso do ex-presidente Chateaubriand Arrais, que presidiu o Ferroviário entre 1975 e 1977, além de figurar com destaque em várias diretorias até a vitoriosa gestão bicampeã nos anos 90. Recentemente, ele prestigiou um jantar de confraternização da família coral, ao lado de amigos e do filho que leva orgulhosamente seu nome. Podemos vê-lo aqui em dois momentos, o primeiro na já distante temporada de 1979 em evento da Cervejaria Antarctica, ao lado do premiado zagueiro Celso Gavião e do radialista Gomes Farias. Abaixo, a foto mais recente de Chateaubriand Arrais no jantar desse mês de janeiro. Sem dúvida, um nome eterno na história coral e que mais uma vez é lembrado aqui no blog.

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Chateaubriand Arrais, pai e filho em pé, no jantar da família coral antes do campeonato cearense

AO MESTRE MANOELZINHO, O RECORDISTA EM NÚMERO DE JOGOS

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Manoelzinho: 403 jogos pelo Ferrão

Mestre é aquele que é versado na ciência ou na arte. Não são todos que alcançam tal condição na peculiar arte de jogar bola. Manoelzinho chegou para o Ferroviário ainda menino. Pequenino na estatura, agigantava-se em campo diante dos atacantes adversários. Defendeu as cores corais no auge do futebol cearense, durante dezesseis anos, sempre encantando os torcedores. O pequeno Manoel David Machado era respeitado até pelos rivais. Dono de um futebol eficiente, tinha sempre seu nome lembrado nas convocações da Seleção Cearense. O lendário Elba de Pádua Lima, o Tim, sabia bem disso. No último mês de agosto, Manoelzinho comemorou ao lado da família seus 88 anos de idade. São muitas histórias para contar. Certa vez, ao encontrar com o ex-presidente coral Chateaubriand Arrais, o pequeno-grande piauiense lamentou a falta de memória que assola os mais velhos e a falta de conhecimento que ataca os mais novos. A torcida do Ferroviário jamais poderá esquecer os grandes préstimos do querido Manoelzinho. Pouquíssimos jogadores no futebol mundial tiveram a sorte e a honra de vestir a mesma camisa por tanto tempo. Dezesseis anos não passam definitivamente em dezesseis dias.

Foto de 1949 no Ferroviário

Ao conquistar os títulos de 1950 e 1952, Manoelzinho escreveu para sempre seu nome na galeria dos inesquecíveis do Tubarão da Barra. Mais que isso, seu nome será sempre lembrado como exemplo de cidadão e profissional. Homem íntegro, Manoelzinho conciliou as atividades de soldador na antiga RVC com os treinos e embates históricos do futebol daquela época. Venceu nos dois campos, pois de simples soldador transformou-se em mestre da metalurgia e de jogador transformou-se em mestre da bola. Sim senhor, mestre da bola. Homenagens por suas vitórias não faltaram na longa vida de Manoelzinho e estas se confundem com as vitórias do próprio Ferroviário Atlético Clube. Os mais velhos guardam na memória seus grandes momentos nos gramados. Os mais jovens, só por ouvir dizer, sentem saudade daquilo que não viram, mas sabem. Manoelzinho é eterno na história do Ferrão, pois além de vitorioso e longevo, é simplesmente o jogador que mais vezes vestiu a camisa coral em todos os tempos. Foram 403 jogos e 10 gols marcados no total. Manoelzinho é mestre. Mestres são ídolos e ídolos são eternos. Sempre.

REENCONTRO DE PERSONALIDADES NO CASAMENTO DE EX-PRESIDENTE

Ruy do Ceará e Chateaubriand Arrais na sexta

O Almanaque do Ferrão ataca hoje de coluna social, mas é por um motivo justo. Dois dos principais dirigentes da história coral estiveram reunidos na última sexta-feira, dia 17 de junho. Estamos falando de Ruy do Ceará e Chateaubriand Arrais. Os dois se encontraram na cerimônia de casamento de Edilson Sampaio, o Chumbinho, ex-presidente do Ferrão no início da década de 1990. Como não poderia deixar de ser, outros corais marcaram presença no evento, como o ex-presidente Moacir Pereira  Lima e o ex-diretor das categorias de base Arimateia Gondim. Momentos de descontração e de reencontro de personalidades que ajudaram a construir a identidade do Ferroviário em diferentes períodos de sua existência.