Não poderíamos deixar de registrar as condolências pelo falecimento do ex-treinador Argeu dos Santos. Na imagem acima é possível ver o então técnico coral no comando da equipe vice-campeã cearense de 1998. Argeu faleceu nesse mês de outubro depois de lutar muito tempo contra um câncer de próstata. Depois de passagens gloriosas como zagueiro de Ceará e Fortaleza, Argeu chegou pela primeira vez no Ferroviário como jogador para disputar o campeonato cearense de 1993. Já veterano, fez parte de um elenco fraco e esteve na zaga coral, ao lado de Evilásio, na vexatória derrota por 9×1 para o Ceará em fevereiro daquele ano. Foram apenas 11 jogos com a camisa coral em três meses de clube. Cinco anos depois, retornou como técnico do Ferrão e levou sua equipe ao vice campeonato estadual de 1998, tendo ainda uma polêmica passagem na temporada de 2002 durante apenas dois jogos no campeonato brasileiro da Série C. Após vencer River/PI e Maranhão/MA, ambos fora de casa, foi demitido da equipe por problemas na viagem de retorno de São Luis para Fortaleza. Comandou o Ferrão em 49 partidas, sendo 31 vitórias, 9 empates e 9 derrotas, o que lhe valeu a expressiva performance histórica de 63% de resultados vitoriosos enquanto esteve à beira do gramado no comando coral. Sem dúvida, um percentual bastante positivo, poucas vezes visto no esporte, que só evidencia as qualidades que Argeu dos Santos teve enquanto treinador de futebol. Que sua alma possa descansar eternamente.
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JOGARAM NOS ADVERSÁRIOS E ENCONTRARAM PORTAS ABERTAS
O vídeo acima apresenta o gol da vitória coral contra o Ceará na narração do competente Brenno Rebouças, semana passada, na estreia de ambos na Taça Fares Lopes, competição cearense que movimenta os clubes no segundo semestre. O tento foi marcado pelo atacante Rinaldo, 40 anos de idade, no melhor estilo da velocidade que o caracterizou há poucos anos como ídolo do Fortaleza em mais de 100 gols assinalados. Rinaldo é certamente o jogador de mais idade que passou por Ceará ou Fortaleza e que depois encontrou guarida no Ferroviário. Que brilhe na Barra como vários outros o fizeram. O Almanaque do Ferrão recorda os principais casos. São mais de 50 nomes. Alguns internautas sentirão saudades, outros podem até sentir dor de cabeça ao recordar certos atletas, mas vale a pena a confecção da lista abaixo.
Por ordem alfabética, recorde alguns jogadores que se destacaram no Ceará e que depois atuaram pelo Ferroviário em suas respectivas temporadas: Aírton (1993), Arlindo Maracanã (2011), Argeu (1993), Artur (1979), Daniel (1972), Djalma (1988), Erandy (1975), Erasmo (2000), Expedito Chibata (1965), Guilherme (1959), Ivanildo (2002), Jangada (1981), Januário (2003), Jéfferson (2006), João Carlos (1967), Jorge Costa (1974), Juju (1951), Luciano Oliveira (1974), Marcos do Boi (1967), Marquinhos Capivara (1993), Mastrillo (1998), Magela (1977), Paulo Tavares (1974), Ramon (1984), Roberval (1994), Samuel (1974), Sérgio Alves (2006), Wanks (1994), Wolney (1987), Zezinho (1970) e Zezinho Fumaça (1971).
Do Fortaleza, ganharam destaque e depois passaram pelo Tubarão da Barra os seguintes nomes: Adílton (1985), Alexandre (1986), Birungueta (1971), Caetano (1989), Celso Gavião (1979), Cícero Capacete (1979), Da Silva (1988), Eliézer (1997), Facó (1967), França (1939), Geraldino Saravá (1980), Gilmar Furtado (1990), Haroldo (1981), Jombrega (1940), Jorge Pinheiro (1994), Louro (1969), Mano (1968), Maradona (2001), Mozart (1966), Lupercínio (1986), Luizinho das Arábias (1985), Nélson (1985), Paulo Maurício (1978), Rôner (1981), Sérgio Monte (1985), Solimar (1998) e Zé Félix (1939).
ÁUDIO DE CAETANO BAYMA SOBRE A COMPRA DO PASSE DE SERGINHO
João Sérgio Rêgo Filho, pernambucano de Surubim, chegou para o Ferroviário em agosto de 1985, emprestado pelo Central de Caruaru. Cria do Sport/PE, o goleiro passou a ser chamado de Serginho ainda na época da categoria de base e tinha no vitorioso irmão Lulinha, de grandes passagens por Fortaleza e Ceará, uma excelente referência debaixo das traves. Em grande forma, Serginho foi a sensação coral no último trimestre do campeonato cearense, realizando grandes defesas. Permaneceu em 1986, foi emprestado no ano seguinte para Alagoas e retornou em 1988 quando foi titular do Ferroviário nos dois primeiros turnos, antes de ser negociado em definitivo com o o Asa de Arapiraca.
Em sua primeira temporada no Tubarão da Barra, Serginho salvou o Ferroviário em várias partidas. Era frequentemente escolhido pelas equipes esportivas como o destaque dos jogos e faturava prêmios com suas belas defesas. Em 23/10/85, uma defesa monumental numa cabeçada certeira do zagueiro Argeu valeu ao goleiro coral o Pinguim de Ouro da promoção ´Grande Lance Antarctica` e garantiu o 0x0 no placar diante do Ceará. Contra o mesmo adversário em 17/11/85, mais uma grande defesa de Serginho e a vitória coral por 2×0. O Almanaque do Ferrão recuperou a transmissão radiofônica desses dois lances e apresenta abaixo com exclusividade. Além das narrações na voz de Vilar Marques e Júlio Sales, o torcedor coral pode ouvir o presidente Caetano Bayma, que comenta em entrevista a sua intenção de angariar recursos para comprar o passe do goleiro junto ao Central/PE, fato este que se concretizou meses depois para a alegria dos admiradores de Serginho. Já se vão 30 anos dessas gravações, mas o blog recupera o material para a nação coral.