O CARNAVAL DAVA A DICA DE O QUE SERIA CAPAZ DE PARAR JOMBREGA

Bloco ´Cordão das Coca Colas` no carnaval de Fortaleza fazia alusão à jogador do Ferroviário

O carnaval desse ano passou, mas deixou resgatado essa foto histórica de meados dos anos 40. O aviso foi do pesquisador Ciro Câmara, jornalista cearense apaixonado por futebol e, em particular, pela pesquisa esportiva. Era o ´Cordão das Coca-Colas`, antigo bloco carnavalesco de Fortaleza onde os homens se vestiam de mulher. Um dos rapazes ou das moças, como queiram, segura um placa com a frase: “Detefon para Jombrega“. Estaria ele se referindo ao grande artilheiro cearense Jombrega? Ciro Câmara aposta que sim e é muito provável que esteja certo. Jombrega chamava-se Francisco José Róseo de Oliveira e jogou no Fortaleza, Maguary, Ferroviário e até no Corinthians/SP, segundo dados do Almanaque do Timão, de autoria de Celso Unzelte. No Ferrão, Jombrega acumulou passagens entre 1940 e 1946, disputando 38 jogos e marcando 26 gols. Conquistou 2 títulos pelo Ferroviário: o Torneio Início e a Taça General Mascarenhas, ambos na temporada de 1940. Segundo interpretações, a placa indica o que poderia parar Jombrega, um verdadeiro fenômeno dentro dos campos de Fortaleza. Talvez só mesmo o Detefon, um dos principais e mais famosos inseticidas da época, muito comum na boca do povo até a década de 80. Lembrou do Detefon? Dá uma olhada na publicidade abaixo.

RECORDE O PONTA ESQUERDA MARCO ANTÔNIO NO FERROVIÁRIO

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Ferrão em 1981: Marco Antônio é o último jogador agachado da esquerda para a direita

Um dos jogadores mais famosos do futebol brasileiro que já vestiram a camisa do Ferroviário foi o ponta esquerda Marco Antônio, também conhecido como Marco Antônio Visgo nos tempos que defendeu o Corinthians/SP. Ele chegou a Barra do Ceará no ano de 1980, fez sua estreia  no mês de junho, e permaneceu exatamente um ano no clube. Ao todo foram 55 partidas e 11 gols com a gloriosa camisa coral segundo o Almanaque do Ferrão. O ex-atleta coral teve uma morte trágica, em outubro de 94, assassinado. Nunca se soube quem o matou. Sabe-se apenas que Marco Antônio se envolveu com drogas após sua aposentadoria nos gramados e, desde então, passou a viver uma vida não muito regrada abatido pelo ócio cotidiano. Chegou a ser enterrado como indigente e, posteriormente, reconhecido dignamente com a ajuda de amigos, entre eles, o ex-lateral Zé Maria, do Corinthians e da Seleção Brasileira.

47267O grande momento da carreira do ex-ponta coral foi no Corinthians/SP. Segundo o Almanaque do Timão, do jornalista Celso Unzelte, Marco Antônio disputou 160 partidas com a camisa do clube paulista entre 1970 e 1976. Jogou também no São Bento/SP, Londrina/PR e no Atlético/GO. No Ferrão, Marco Antônio esteve na grande maioria das vezes como titular no tempo que defendeu o clube. Na foto acima, num clássico contra o Ceará em maio de 81, ele aparece perfilado no time coral que tinha o uruguaio Juan Álvarez como técnico e que formou com Procópio, Jorge Henrique, Lúcio Sabiá, Paulo César Piauí, Roner e Baltazar; Jangada, Ednardo, Roberto Cearense, Meinha e ele próprio.