VOCÊ SABIA QUE TÉCNICO FAHEL JÚNIOR FOI GOLEIRO DO FERRÃO?

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Treinador Fahel Júnior deixou recentemente o comando técnico do Confiança de Sergipe

Você conhece esse treinador? Ele foi demitido recentemente do Confiança/SE. Trata-se de José Herbert de Jesus Fahel Júnior, que nasceu em São Paulo, no dia 25 de novembro de 1963. A trajetória do técnico começou do outro lado do mundo. No Japão, foram 12 títulos em 11 anos. No Brasil, impediu que o Santo André/SP fosse rebaixado para a série C do Brasileiro e, em seguida, conquistou o Campeonato Paulista da Série A-2, em 2008, o que deu ao time o acesso à Série A-1. No futebol sergipano, Fahel  Júnior comandou também o River Plate entre 2011 e 2012. Ele foi goleiro do Ferrão. Você sabia?

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Vila Olímpica Elzir Cabral nos anos 80: palco do único jogo de Fahel Júnior no arco coral

Corria o ano de 1989 e o Ferroviário buscava um goleiro para rivalizar com o titular Albertino. A direção coral foi buscar Fahel no São Luiz/RS e ele foi apresentado à torcida coral, no PV, exatamente no dia que o Ferroviário foi campeão do Torneio Ciro Gomes, com direito a uma histórica entrevista do então prefeito de Fortaleza registrada aqui no blog há cerca dois anos. Duas semanas depois, Fahel estreou pelo time coral na primeira partida oficial do Ferrão em seu próprio estádio, no dia de São José, numa goleada de 6×0 em cima do Guarani de Juazeiro. Fahel entrou no segundo tempo quando o placar já estava definido. Foram os seus únicos momentos em campo com a camisa coral. Depois disso, nunca mais jogou. Ficou no banco em alguns jogos e depois rescindiu o contrato. Foi definitivamente uma passagem meteórica na Barra do Ceará, mas o Almanaque do Ferrão não deixa o registro passar em branco. Fique por dentro!

TORNEIO CIRO GOMES: EMPATE HISTÓRICO E CONQUISTA NOS PÊNALTIS

Ferroviário e Ceará fizeram há exatos 26 anos um dos jogos mais emocionantes entre todos os seus confrontos. Era a final do Torneio Ciro Gomes, competição organizada pelos clubes que se encontravam em litígio político com o comando da Federação Cearense de Futebol. O alvinegro vencia por 1×0 até os 43 minutos do 2° tempo e sua torcida já comemorava o título. O Ferrão empatou com o zagueiro Arimateia, após um passe do meia Zé Carlos Paranaense e um toquinho de cabeça do atacante Mardônio, levando a decisão para os pênaltis. Uma bola na trave e uma defesa do goleiro Albertino, recentemente falecido, selaram a conquista coral por 4×2. Vitória dos comandados de Erandy Pereira Montenegro. O Almanaque do Ferrão resgata agora as imagens daquele domingo, dia 5 de março de 89. Confira o gol de empate, a decisão nos penais, a invasão e violência provocada pela torcida derrotada, a opinião do então prefeito Ciro Gomes, uma entrevista com o ponta esquerda Paulinho, eleito o melhor em campo, e os comentários de Sérgio Pinheiro da TV Verdes Mares.

EX-GOLEIRO ALBERTINO FALECEU NA ÚLTIMA SEXTA EM FORTALEZA

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Albertino em 2/4/89 contra o Fortaleza, num Ferroviário que perfilou com Marcelo Veiga, Juarez, Caetano, Arimatéia e Paulinho; Jacinto, Alves, Joãozinho Paulista, Evilásio e Luis Carlos Gaúcho

Mais um ex-jogador do Ferroviário foi jogar no time do céu. Depois de levar o ex-atacante Raimundinho no mês passado, a equipe divina resolveu agora convocar um ex-goleiro coral. Na última sexta-feira, dia 13, véspera de carnaval, Albertino passou dessa pra melhor depois de lutar bravamente nos últimos meses contra um câncer.

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Albertino em foto recente

Albertino ganhou notoriedade no futebol brasileiro na equipe do Sergipe quando conquistou títulos estaduais e disputou edições do campeonato nacional no início dos anos 80. Chegou para o Ferroviário em janeiro de 89, já experiente, e dois meses depois foi campeão do Torneio Ciro Gomes com destacada atuação na final contra o Ceará. Naquele mesmo ano foi vice-campeão cearense pelo Ferrão. Nas temporadas seguintes defendeu as cores do Tiradentes e do Guarani de Juazeiro.

O ex-goleiro coral lamentava bastante o ostracismo vivido pelos atletas que penduram a chuteira. Mesmo distante da mídia, frequentava sempre que possível a Barra do Ceará para ver os treinos e matar as saudades do supervisor Chicão, falecido no ano passado. Nos últimos anos, era visto com frequência perto de casa vestindo a camisa do Ferroviário, prova do carinho eterno que tinha pelo time coral. Vida que segue. Fique em paz, Albertino.