Na noite de ontem, o Ferroviário fez sua segunda partida pela Copa do Nordeste de 2018 e um fato não passou desapercebido aqui no Almanaque do Ferrão. Pela terceira vez na história, uma mulher apitou um jogo do Ferroviário Atlético Clube. A pernambucana Déborah Cecília comandou a partida contra o Vitória/BA, em Salvador, de forma segura e mostrou as credenciais que justificam sua presença no quadro da Fifa. Porém, mais de quatro décadas antes, uma árbitra apitou um jogo do Ferrão pela primeira vez na vida do clube. Foi em 03/11/1971, quando Ferroviário e Fortaleza decidiram fazer um amistoso e convidaram uma mulher para o apito como a grande novidade do jogo. Numa época de extremo preconceito contra o sexo feminino, que vergonhosamente perdura até os dias de hoje em algumas áreas do futebol e da vida, a mineira Léa Campos era conhecida como a primeira árbitra na história do futebol brasileiro. No Clássico das Cores em questão, ela foi acusada como a principal responsável pela pancadaria em campo durante o amistoso, que terminou 0x0 no PV. Era o jogo 1.270 da história coral. Somente em 2009, no jogo de número 3.272, no dia 11 de março, uma outra mulher voltou a apitar um jogo do Ferrão. Foi a cearense Eveliny Almeida, irmã do também árbitro Almeida Filho, que arbitrou a vitória do Ferrão por 2×0 em cima do Quixadá no Elzir Cabral, no confronto que ficou marcado por ser a reestreia em campo do atacante Jardel em sua volta a Barra do Ceará, que inclusive marcou um golaço. Em resumo, são mais de oito décadas de vida e apenas três mulheres apitaram jogos do Tubarão da Barra até a data de hoje. Vale ressaltar também como curiosidade, que um amistoso do Ferrão, em janeiro de 2011, contra a Seleção de Beberibe, teve no apito o transexual Valério Gama.
Arquivo da tag: 2011
EM SUA SEGUNDA PASSAGEM NO FERRÃO, MIMI MARCA NA HISTÓRIA
Veja o vídeo acima. Ele foi extraído da cobertura do Globo Esporte para mais um Clássico das Cores emocionante em 2017. O Ferrão perdia ontem por 1×0 e arrancou o empate com um gol de Mimi aos 48 minutos do 2º tempo. O herói do jogo se emociona na entrevista após a partida. Essa é a segunda passagem de Mimi pelo Ferrão. A primeira foi na Taça Fares Lopes de 2011. De volta ao clube, seis anos depois, o atleta vem fazendo um grande campeonato, tendo crescido de rendimento exatamente nos momentos decisivos. No clássico passado, já havia sido um dos melhores em campo. Ontem, de novo. A emoção de Mimi é o símbolo de um time que não se entrega e vai em busca de uma final de campeonato para o Ferrão quase vinte anos depois. Veja a entrevista histórica com Mimi falando do gol aos 48 minutos finais quando ninguém mais acreditava no Ferroviário.
FERRÃO DESBANCA O LEÃO E QUEBRA JEJUM DE 6 ANOS NO ESTADUAL
A vitória do Ferrão ontem em cima do Fortaleza foi simplesmente grandiosa. Teve olé, alta performance de todos os jogadores e muito empenho. Teve gol histórico – e que golaço – da cria da casa Mota, aos 36 anos de idade, o primeiro dele com a camisa do time que o lançou no futebol. “Mota: com ele não tem marmota“, gritava Anastácio de Castro, narrador da Rádio Cidade AM 860 de Fortaleza. Os melhores momentos no vídeo acima mostra bem toda a emoção da vitória do Ferrão. Não vencíamos o Fortaleza em jogos pelo campeonato cearense desde 2011. A vitória merece ainda mais destaque se levarmos em consideração que foi apenas a quarta vitória coral em cima do Leão nos últimos 10 anos. Sem dúvida, um retrospecto que incomoda se puxarmos pela memória os massacres corais tão comuns nos anos 90. Tudo bem que houve uma vitória coral na Taça Fares Lopes de 2015, mas torcedor gosta mesmo é quando o jogo vale pelo campeonato cearense. É mais gostoso e em se tratando de jogo decisivo, melhor ainda, pois agora vale pela semifinal do Estadual.
Aquele último triunfo em 2011 agora ficou definitivamente no passado. O gol da vitória do Juranílson não tem mais o peso que tinha. Agora, é de se lembrar os tentos de Tony Belém e do grande Mota. Mauro, Gustavo, Tony Belém, Erandir e Jeanderson; Jonathas, Glauber (Moisés Lucas), Mimi e Mota; Assisinho (Valdeci) e Vitinho (Maxuell) foi a nossa escalação nesse memorável jogo de número 3.575 da história coral. Aquele outro, o de número 3.354, de 20 de março de 2011, também teve seus artífices na formação que alinhou com Ari, Arlindo Maracanã, Lúcio, Rafael e Teles; Marcelo Mendes, Glaydstone, Reginaldo (Vinícius) e Piva; Juranílson (Ediglê) e Rômulo (Fábio Lima). Naquele domingo distante, o goleiro Ari defendeu até pênalti, mas Arlindo Maracanã também perdeu o seu. O de ontem, Mauro salvou com os pés na hora mais complicada. São detalhes dos nossos dois últimos Clássicos das Cores mais felizes. Sempre lembrando que tem outro no domingo que vem e a final do campeonato é algo plenamente possível para nós. Enquanto ela não chega, dá uma olhada abaixo só por curiosidade no jogo de 2011. E viva o Ferrão de hoje! Vamos em frente!
TEM CAMPEÃO CEARENSE SENTADO NA MESA DA RESENHA ESPORTIVA
Foto histórica em julho de 2011. Registro de uma boa resenha regada a muitas risadas e memórias contadas sobre o título estadual do Ferrão de 1988. O Boteco do Arlindo, tradicional bar cearense localizado no Bairro de Fátima, foi o ponto do encontro, que teve a presença do capitão daquela conquista, o ex-lateral esquerdo Marcelo Veiga, em companhia de figuras ilustres como o vereador Evaldo Lima, o jornalista esportivo Arthur Ferraz e Joel Cornelli, então treinador do Ferroviário na ocasião. Noite em que o DJ do local, torcedor do Ferroviário desde o campeonato de 1988, perdeu a voz ao se encontrar inesperadamente com seu ídolo da adolescência. Exatos cinco anos atrás.
POR ONDE ANDA ATUALMENTE O GOLEIRO CÉLIO DE 2011?
Lembra do Célio? Ele chegou na Barra do Ceará para disputar a temporada de 2011 pelo Ferroviário depois de compor elencos de times importantes no futebol brasileiro como Palmeiras/SP e Corinthians/SP. Passou ainda por Red Bull/SP e Serra/ES, onde foi escolhido o melhor goleiro do campeonato capixaba de 2010. Apesar de ter atuado antes em dois amistosos contra times de subúrbio, Célio foi apresentado oficialmente à torcida coral na noite de 30 de dezembro de 2010, no Elzir Cabral, num amistoso contra o Baraúnas/RN que terminou empatado em 1×1. O arqueiro chamou atenção pelos seus 1,95m de altura e encheu de esperança os torcedores que o viram em ação na partida. Hoje, ele é um dos destaques do Bangu/RJ no campeonato estadual do Rio de Janeiro.
A passagem do ex-goleiro coral no futebol cearense não foi nada boa. Célio é até hoje lembrado nos estádios pelas falhas e más atuações que decretaram uma sequência de péssimos resultados no início do campeonato estadual de 2011. Foram apenas 9 jogos ao todo com a camisa do Ferroviário, que tratou rapidamente de contratar outro goleiro para assumir a titularidade coral, fazendo com que Célio assinasse sua rescisão de contrato e deixasse o clube após dois meses na cidade. Atuou contra o Crato, Fortaleza, Tiradentes, Quixadá e Itapipoca, totalizando apenas 5 partidas oficiais pelo Ferrão. Ao deixar o Tubarão da Barra, Célio vestiu a camisa do Batatais/SP, Linense/SP e Rio Branco/ES. Ele chegou em setembro do ano passado para o Bangu/RJ, onde é titular desde então, atuando sempre com boa performance. Coisas do futebol, dirão os sábios.