OS REFORÇOS CORAIS NO MEIO DO CAMPEONATO CEARENSE DE 2001

Alex Costa, Rogério Carioca, Gilsinho, Hílton e Sandro apresentados no Ferrão na temporada de 2001

Depois do quase rebaixamento estadual na temporada de 2000, o Ferroviário continuou em crise no ano seguinte. Aquele período foi um dos mais complicados da história coral, considerando os fatos graves transcorridos na vida do clube, que vão desde o suicídio de um diretor de futebol até três presidentes comandando a agremiação numa mesma temporada. Quando 2001 começou, havia esperança de dias melhores com Walmir Araújo na presidência e José Fernandes na diretoria de futebol. Porém, o que se viu foi a continuidade da crise política e dificuldades que levaram à renúncia do presidente no meio do Campeonato Cearense, assumindo William Braga como novo gestor, ele que respondia pelo Conselho Deliberativo. Antes da renúncia da direção coral, cinco novos jogadores foram apresentados, sendo que dois deles sequer chegaram a atuar: o zagueiro Alex Costa e o meia atacante Gilsinho, que já havia passado pelo clube no ano 2000. Quem se deu bem foi o atacante Rogério Carioca e o lateral direito Hílton, que acabaram indo pro Ceará depois do vexame coral no Estadual de 2001, juntamente com o talentoso meio campista Edinho, ex-Vasco/RJ, que chegou pouco tempo depois dessa fotografia em destaque. O atacante Sandro, ex-Botafogo/PB, foi outro anunciado, mas acabou não se destacando. Dezessete anos depois daquela temporada, Walmir Araújo ocupou novamente a presidência para entrar na história como o primeiro presidente campeão brasileiro pelo Ferroviário, ladeado naquela conquista pelo vice Newton Filho, pelo diretor de futebol Francisco Neto e pelo executivo de futebol Jurandir Júnior.

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FERRÃO E TOCANTINÓPOLIS/TO NÃO SE ENFRENTAVAM DESDE 2001

Click do fotógrafo Lenilson Santos registrou o terceiro jogo entre Ferrão e Tocantinópolis na história

O Ferrão continua vencendo em seu retorno à Série D. Depois de passar por Fluminense/PI e Cordino/MA nos seus dois primeiros jogos na competição, ontem o time coral bateu a equipe do Tocantinópolis/TO no PV. Esse foi apenas o terceiro confronto entre ambos em toda a história. Os dois primeiros ocorreram na Série C de 2001, quando o Tubarão da Barra venceu os dois jogos disputados na ocasião. O primeiro, no PV, vitória pelo placar de 1×0, gol de Guedinho. O segundo, por sua vez, no estádio Lauro Assunção, na casa do adversário no estado de Tocantins, também por 1×0, gol do centroavante Kélson. Naquela época, o Ferrão tinha William Braga na presidência e José Oliveira como treinador, que comandava em seu elenco jogadores como o goleiro Zezinho, o volante Dino, o centroavante Rogério Carioca e o zagueiro Lopes, pai do meio campista Cairo, que compõe o plantel coral atualmente em 2023. O lateral direito Roberto Carlos também fazia parte daquela equipe, ele que hoje em dia é treinador do Caucaia/CE e que participa também da Série D do Brasileirão. Ontem, quase 22 anos depois, tivemos o terceiro 1×0 na história dos confrontos entre os dois times, mais um vez favorável a Ferrão. O gol foi do atacante Abner.

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FERROVIÁRIO TEVE O SEU PRÓPRIO RINCÓN NO INÍCIO DOS ANOS 2000

Rincón com a camisa do Ferroviário numa partida contra o Fortaleza nas categorias de base

Um dos avanços na 2ª Edição do Almanaque do Ferrão é a possibilidade de melhor identificação dos quase 2.500 jogadores que defenderam o clube, nos últimos 90 anos, a partir da inclusão de dados como cidade natal e data de nascimento dos atletas. Na imagem acima, você recorda o jogador Rincón, cria das bases corais, que chegou à equipe profissional entre 2000 e 2001. Seu nome de batismo é Francisco Fabrício Pereira Lima. No último dia 7 de maio, ele completou 40 anos de idade. Fabrício herdou o apelido do craque colombiano que defendeu Corinthians/SP e Palmeiras/SP nos anos 1990. Ele nasceu em Fortaleza e chegou a Barra do Ceará aos 12 anos de idade para ser finalmente profissionalizado cinco anos depois. Quando ascendeu para o grupo profissional, o Ferrão contratou um outro jogador chamado Rincón, nascido na Bahia e oriundo do Bandeirante/DF, que ficou conhecido como Rincón Brasiliense. Durante um período, o Tubarão da Barra teve dois Rincóns. Depois de disputar o Campeonato Cearense de 2001, a cria coral passou por times como Atlético/PR, Londrina/PR, Juventus/SC, Guarany de Sobral, 4 de Julho/PI, entre outros. Atualmente, Rincón mora no bairro de Messejana, em Fortaleza, e comanda um programa semanal chamado “Bate Bola com Rincón” no YouTube.

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REGISTRO DO FERROVIÁRIO NO CAMPEONATO CEARENSE DE 2001

Ferroviário Atlético Clube em 2001 – Em pé: Aderson, Hilton, Rogério Carioca, Alencar, Paulo Adriano e Adão; Agachados: Maradona, Zé Carlos Vampeta, Buiú, Dino e Roberto Juazeiro

Mais uma registro do Ferroviário perfilado, dessa vez o time de 2001, antes de um confronto contra o Fortaleza, no PV, em maio daquele ano. Foto diretamente do acervo do preparador físico Fábio Monte, que aparece ao lado do centroavante Adão na imagem. Outros integrantes do clube aparecem também, como o preparador de goleiros Pepe, o roupeiro Aldir, o massagista Fran, agachado, e o diretor de futebol Oliveira, todos situados à esquerda na fotografia. Do lado direito, é possível ver ainda o preparador físico Clovandi Costa. Trata-se de um registro de uma época bastante complicada para estes profissionais, que conviviam com atrasos de salários constantes, greves e falta de uma melhor estrutura para disputar as competições. A prova disso é que o Tubarão da Barra terminou o campeonato cearense de 2001 apenas na sexta colocação, com 23 pontos conquistados. Na temporada anterior, o Ferrão havia lutado contra o rebaixamento no Estadual pela primeira vez em sua história, fato este que se repetiu algumas vezes pelos próximos treze anos.