Lembra de uma postagem de junho de 2015, na qual divulgamos, em primeira mão, que a prisão de todo o time do Ferroviário numa final de campeonato seria pauta de uma importante revista de circulação nacional? Pois bem, quinze meses depois, a matéria foi finalmente concretizada e a publicação já está nas bancas de todo país. Esse fato pitoresco nos anais do futebol brasileiro está nas páginas da edição de novembro da conhecida ´Aventuras na História`, revista que hoje faz parte da Editora Caras, cujo texto foi escrito pelo jornalista José Renato Santiago. Os colecionadores das coisas corais já podem correr para as bancas, então. A fotos do Ferroviário na matéria foram cedidas pelo Almanaque do Ferrão. Devido a baixa qualidade da única imagem existente da prisão dos jogadores no gramado, está não pôde ser veiculada na versão impressa da revista.
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REVISTA DE CIRCULAÇÃO NACIONAL VAI FALAR DA PRISÃO DO FERRÃO
Ainda é segredo o nome da revista, mas já se sabe que em breve o Ferroviário Atlético Clube vai merecer destaque em uma das publicações mais importantes da Editora Abril e não estamos falando da Placar. A matéria será assinada por um grande colunista da revista e estampará uma foto raríssima na história do clube: o momento da prisão de todo time coral em 22/2/48, no Estádio Presidente Vargas, exatamente no jogo final do campeonato cearense de 1947. A imagem acima foi cedida para a publicação nacional diretamente do acervo do Almanaque do Ferrão. Aguardem.
A prisão de todos os jogadores do Ferroviário em 1948 é até hoje lembrada no futebol cearense e marcou a história do clube como uma prova indelével das artimanhas extra-campo que terminaram afetando os resultados esportivos dentro das quatro linhas ao longo das décadas. Na ocasião, o Ferrão vencia o Fortaleza por 3×1 e garantia o título. O árbitro Edson Oliveira passou a promover uma sucessão de equívocos, expulsou jogador, transformou tiro de meta em escanteio, validou gol irregular e o adversário chegou aos 3×3 em questão de minutos. Os corais se revoltaram e saíram de campo, recebendo voz de prisão ainda no estádio, sendo os jogadores submetidos a caminharem a pé, em fila indiana, até o xilindró mais próximo, que ficava no centro da cidade.
Sob o comando do técnico Baiano, o Ferroviário foi ´assaltado` e preso naquela tarde com o futebol de Zé Dias, Manoelzinho e Expedito; Benedito, Vicente Trajano e Raimundinho; Néo, Manuel de Ferro, Decolher, Ruivo e Pipi. Como o jogo não prosseguiu, o Fortaleza foi declarado campeão com Juju, Zé Sérgio e Stênio; Natal, Torres e Arrupiado; Jombrega, Paulinho, França, Pipiu e Piolho. Os gols foram de Decolher, Manuel de Ferro, Néo, França, Jombrega e Torres. Era apenas o jogo de número 241 na história coral, cujo imbróglio que o envolveu certamente será bem retratado na publicação que chegará às bancas de todo país. Avisaremos aqui.