A INCRÍVEL MALDIÇÃO DOS ÍNDIOS KARATIS NA VIRADA DO MILÊNIO

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Um esquisito calção vermelho foi usado pelo Ferroviário no 3×3 contra o Crateús em 2012

No dia 30/12/2000, o Ferroviário fazia seu último jogo antes da virada do milênio. Foi um amistoso contra a Seleção de Crateús, fora de casa, no Estádio Juvenal Melo. O empate em 3×3 já preconizava o que seria a ridícula campanha coral no ano seguinte no campeonato cearense. Era o quarto confronto contra o selecionado local na história. Antes disso, duas vitórias em 1951 e um empate em 1981 garantiam o retrospecto de invencibilidade a favor do time coral contra o representante do Vale dos Inhamuns, uma das regiões mais secas do estado. Veio então a chegada no novo milênio e com ele a fundação do Crateús Esporte Clube, em 2001, sob a proteção do índio Karati, o desbravador e primeiro habitante daquela área geográfica, estampado orgulhosamente no escudo crateuense a partir de 2008.

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Entra em campo o índio da tribo Karati em 2015

Como uma maldição espiritual indígena potencializada pela incompetência de gestões corais, nunca mais o Ferroviário derrotou o novo time da cidade de Crateús. Sob a presidência do deputado estadual Vanderley Pedrosa, justamente em seu curral eleitoral nos Inhamuns, o primeiro confronto aconteceu em 14/1/2012, amistoso vencido pelo Crateús por 2×0. Onze dias depois, o primeiro jogo oficial entre ambos, válido pela 1ª divisão do futebol cearense, nova vitória crateuense por 2×1 novamente no Juvenal Melo. Em 28/3/2012, dessa vez no PV, empate em 3×3, a melhor performance coral até hoje. A partir dali, o confronto entre as duas equipes se deu no tapetão. O Crateús lançou jogadores irregulares na competição e o Ferroviário se beneficiou da incrível falha administrativa do adversário, vencendo uma batalha jurídica que terminou no STJD no Rio de Janeiro. O resultado foi o Crateús rebaixado para a Série B cearense na corte desportiva e o Ferroviário, rebaixado dentro de campo, salvo pelo gongo com o direito de permanecer na divisão de elite local por mais um tempo. Parece que aquele episódio transcendeu a lógica humana e provocou a ira e a maldição dos índios Karati.

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Ferrão, de dourado, no último dia 11

O Ferroviário foi novamente rebaixado em 2014, dessa vez sob a batuta de Edmilson Alves Júnior, que sucedeu o deputado na presidência. Nos últimos 5 dias, o Ferrão reencontrou o Crateús em mais duas partidas oficiais, agora na melancólica 2ª divisão cearense, e conseguiu o feito de perder novamente, tanto em Fortaleza como em Crateús, pelo mesmo placar de 2×1. Maldição aliada à má gestão, eis a grande questão. O fato é que o Tubarão da Barra se apequenou diante do Guerreiro do Poty, uma das simpáticas alcunhas do representante dos Inhamuns. Depois daquele primeiro 3×3 na véspera da chegada do novo milênio, nada mais parece ter sido como antes. Já se vão quase 15 anos e um doloroso tabu amarga a paciência do torcedor ao se deparar com momentos como os registrados no último sábado eternizados na tela abaixo. Até quando?

Uma resposta em “A INCRÍVEL MALDIÇÃO DOS ÍNDIOS KARATIS NA VIRADA DO MILÊNIO

  1. TEXTO GENIAL QUASE QUE UMA CRÔNICA ASSOCIANDO OS MAUS RESULTADOS A MALDICAO DO INDIO DEPOIS DA BRIGA NA JUSTICA QUE REBAIXOU O CRATEÚS. ALEM DE INFORMACAO DO ULTIMO JOGO DO MILENIO E RESGATE DE TODOS OS JOGOS CONTRA A SELECAO DE CRATEUS E CRATEUS ESPORTE CLUBE. PARABENS ALMANAQUE DO FERRÃO. ESSE BLOG É MARAVILHOSO.

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