
Uma das formações utilizadas pelo Ferrão em 1965: Albano, Adir, Gavillan, Toinho, Marcelo e Vicente Jabuti; Agachados: Raimundo Pipiu, Durand, Moacir, Nílton e Expedito Chibata
Entre 1953 e 1967, o Ferroviário Atlético Clube não conquistou nenhuma das edições do campeonato cearense. Várias foram os times formados e inúmeras foram as tentativas de alcançar o posto máximo do futebol local. Todas em vão. Bons jogadores passaram pelo Ferrão no período, alguns com retrospecto de terem jogado em grandes equipes do futebol nordestino, como o goleiro Ribamar, ex-ídolo do ABC de Natal, e os atacantes Macrino e Milton Bailarino, ambos ex-Santa Cruz/PE, que defenderam as cores corais no auge daquele jejum de títulos. Em 1966, o papo era ser campeão a qualquer custo e foi contratado o famoso pacote maranhense do Sampaio Corrêa formado por Jarbas, Peu, Sabará, Vadinho e Valfredo, além de outros atletas experientes que representaram um alto investimento para os padrões do clube. Nada dava certo.
O Almanaque do Ferrão resgata hoje uma fotografia histórica de uma das formações que vivenciou aqueles tempos difíceis de ausência de conquistas importantes. É o time de 1965, que entrou em campo no PV, no dia 13 de junho, e foi derrotado para o Ceará por 2×1. Detalhe para a camisa coral, toda branca, sem as tradicionais listras horizontais. Entre alguns nomes consagrados no futebol cearense como Expedito Chibata, ex-Ceará, e Toinho, ex-Usina Ceará, dois grandes destaques naquela temporada vieram diretamente do Botafogo/RJ: o volante Nilton e o meia Moacir davam um maior toque de qualidade ao time coral. Recorde acima aquele time de meados da década de 1960 que muito tentou, mas não conseguiu entrar para a galeria histórica de campeões pelo Ferrão.