Há exatamente 1 ano, o Ferroviário era rebaixado pela primeira vez em sua história para a 2ª divisão do futebol cearense, a exemplo do que já ocorrera em nível estadual com os tradicionais Vila Nova/GO, Atlético/GO, Paraná/PR, Maranhão/MA, Moto Clube/MA, Guarani/SP, América/RJ, Rio Negro/AM, Tuna Luso/PA, Flamengo/PI, CSA/AL, Fluminense/BA, Brasil/RS e América/MG. Os motivos da queda são sempre os mais diversos, porém em todos os citados possuem questões técnicas de campo, financeiras e políticas. O Almanaque do Ferrão enumera abaixo 10 fatores que levaram o time coral ao fracasso no ano passado, desejando que a partir da próxima semana, quando iniciam as disputas da Série B cearense, o clube possa retomar a sua trajetória de credibilidade.
01. Pré-temporada mal conduzida por comissão técnica inexperiente, que pecou na ausência de metodologia de treinos, indicação de reforços e realização de apenas dois amistosos preparatórios, cinco a menos em comparação à temporada anterior.
02. Voto de minerva por uma fórmula inapropriada e curta de campeonato, que durou apenas 49 dias para o Ferroviário com 3 a 4 jogos por semana do início ao fim, sem chances de recuperação ou realização de turno da morte.
03. Abandono das premissas da gestão financeira de futebol em relação ao ano anterior com a chegada de jogadores de nível igual ou inferior aos que já estavam no elenco, contratados com salários maiores e ainda assim não foram titulares.
04. Hostilidade de trabalho com a chegada de novo treinador ainda na segunda semana do campeonato, com perda de critérios de justiça, inobservância à individualidade dos atletas disponíveis e obsoletismo das práticas de treinamento e liderança de grupo.
05. Contratação de vários reforços durante a competição vindos de longos períodos de inatividade e que desciam do avião para entrar na equipe sem o tempo de preparação física adequado, além de inflacionar e estourar o orçamento salarial.
06. Falta de comprometimento da maioria dos principais reforços, refletido em casos de indisciplina, inclusive na noite anterior à viagem decisiva para Quixadá com 3 jogadores chegando embriagados na sede do clube horas antes do embarque.
07. Inabilidade em questões que minavam o grupo como atletas pagos em dia e atletas em atraso, listas de dispensa feitas no calor das derrotas e reviravoltas nas decisões, com destaque para caso de atleta dispensado às 9h e readmitido às 14h.
08. Crise política a partir da ruptura abrupta do modelo de gestão profissional de futebol em vigência até 2013, ocasionando insatisfações internas, desconfiança de investidores, surgimento de alas e extinção de outrora bom ambiente de trabalho.
09. Interferências pessoais na escalação de alguns jogadores em detrimento de atletas com contratos longos que iniciaram a competição como titulares e passaram a ficar em segundo plano por determinações externas à gestão do clube.
10. Ausência de comando em nível técnico e administrativo com lacunas de autoridade, falência política, amadorismo e instituição de boataria gratuita com ondas de denuncismo e demais mazelas inerentes ao ambiente por vezes imundo do futebol.
Já tinha ouvido falar de alguns desses absurdos cometidos no ano passado e juntos com outros fatos discritos que agora tomo conhecimento não é de se espantar que estamos na segunda divisao. rogo ao Pai que ventos soprem a nosso favor na caminhada que comeca pra nos domingo contra o tiradentes da policia militar, mas em se tratando do time atual que sequer a torcida tem conhecimento do 1 ao 11 acho complicado. quem te viu quem te ver ferrao.
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Senhores, é de tirar o chapéu para a qualidade desse espaço sobre o Ferroviário com temas de todas as épocas que nos interessam. Parabéns pela riqueza dos materiais antigos e temas da atualidade colocados com muita clareza. Essa abordagem do nosso fatídico rebaixamento ilustra ainda mais o que estou depondo aqui, estava óbvio para mim que não me parecia a gestão de futebol de 2014 seguir a mesma cartilha de 2013 quando as coisas pelo menos evoluiam gradativamente e nos davam a expectativa de um futuro melhor. Fácil perceber isso de cara pelo perfil dos contratados para o comando técnico e é desnecessário recordar o que veio depois. A mudança de rumos sem planejamento traz ônus caros demais para quase todas as empresas e não poderia ser diferente no futebol. Parabéns e continuem esse belo trabalho em prol do Ferroviario.
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Muito bom ler todas essas informações. Engraçado que quase nada disso foi divulgado na imprensa na época e todos nós ficamos desesperados sem entender as razões de um fato tão ruim na vida do Ferrão. Realmente uma gestão que demite e readmite um jogador em questão de horas mostra que estava perdida. E os 2 treinadores também tem sua culpa era um pior que o outro. Esperar que tenham aprendido a lição e subam o Ferrão esse ano com mais inteligência e menos ações inconsequentes.
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Deu no rádio na epoca que a diretoria tinha raxado porque escolheram uma formula de campeonato e o presidente traiu todo mundo votando nessa que botou o time num rabo de foguete. nao me lembro nunca de ter visto nenhum estadual durar so 49 dias, so no futebol cearense que se nao existssse tinha que ser inventado como diz o homem mal. esse negocio de jogador embriagado nao foi noticiado e eh incrivel como isso ainda tem em pleno seculo 21. muito bom a exposicao dos 10 motivos e realmente ajuda o torcedor a entender o que aconteceu de ruim naquele ano. bola pra frente pq domingo tem jogo e vou pra barra apoiar o meu ferrao. ferrao eoooo ferrao eooo!
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